180° Capítulo

9.8K 730 110
                                    

1 SEMANA DEPOIS

Família toda reunida no shopping, eu aproveitei e comprei a roupa de natal e ano novo das crianças, pra mim eu ainda não encontrei algo que me agrade e nem estou esse ano com espírito de mandar fazer. Pelo andar da carruagem eu vou apostar na última hora, esse ano eu nem sei se vou sair de casa... Espírito natalino zero! Se minha família souber me arrasam, eles não aceitam.

Em cima da mesa tinha chopp de vinho e uma torre de Brahma bem russa... Minhas tias estão bebendo à beça, todos estavam presente até quem eu não gostava muito de estar tão perto mas eu as trato com insignificância e desprezo, nem as vejo.
Adry: Já que estamos em família... Quero anunciar quê... -Dizia toda sorridente; fazendo mistério- Serei mamãe e já estou com a data do casamento marcada!!!
Hellen: Até que enfim eu vou ser titia, aê... -Digo fingindo demência, na verdade eu já sabia; minha loira coração gelado derreteu por completo, muito feliz por ela.
Mara: Mais um neto pra mim!!! -Diz em extrema felicidade.
— Ué mais você já tem neto? —Pergunta sorrindo com maldade.
Mara: Sim, dois por sinal, que são lindos e educados. Você não conhece? -Indaga afrontando- Meus netos Richard e Antonella.
Antonella: Que tem eu vovó?
Mara: Nada amor de vó, só apresentando você aos parentes de graus avançados.

Tia Mara não existe! Eu calada estava, quieta continuei.
Ela acha mesmo que faz diferença em nossas vidas, eu fiz da minha dor o meu maior motivo para me livrar de quem me faz mal, de pessoas tóxicas como elas, sangue-suga de energia; demorei mas eu acordei, passei a me importar só com quem realmente se importa comigo.
Jussara: Não comecem, cadê o espirito natalino?
Mara: Esse ano é todos na casa da Hellen. -Anuncia me pegando desprevenida.
Hellen: Am? Na minha casa? Ah sim...é! Esse ano é lá.
Jhenifer: Putaria na base da Hellen!!!
Adry: Aí vó, a sua netinha santinha, que a senhora põe a mão no fogo.
Jussara: Jhenifer está desbocada! É a companhia de vocês. -Brincou.
Adry: Jhenifer é piranha quanto nós, só que ela é piranha discreta!
Hellen: Eu não sou piranha não, sou mãe de família! -Zombei- Já que foi dito, será lá em casa sem problemas.
Jussara: Sério minha filha? A minha menina cresceu! -Diz com orgulho- Então todos pra lá.
— Eu não irei a lugar algum, vou dormir bastante, detesto natal! -Diz e é ignorada; ninguém liga!
Mara: Então é isso família! Todos na humilde residência da minha filha amada. -Anuncia debochada; puxando um brinde.
Me mantive séria desde a notícia, não esbocei nenhum tipo de reação.
Levantei meu copo batendo só no da minha avó
Richard: Mãe, Tonella bebeu ceveja... -Contou incrédulo- Vou falar meu pai, vou falar...
Mara: Seu pai não manda em nada; eu dei à ela pra não aguar, eu acho que você também quer.
Richard: Eu pode mãe, beber ceveja.
Hellen: Mais é claro que não! Nenhum dos dois.
Richard: Eu quero vó povar, meu pai não vai saber.
Todos riram.

Por volta das 21h fomos todos embora, entrei no carro do Uber com as crianças e fomos pra casa, Tontom já estava dormindo e Richard cheio de sono também.

Tudo certo pra dá errado, todos lá em casa reunidos e eu sem animo algum e ainda por cima separada, a única sorte é que a obra do terraço terminou porque pra caber tanta gente só lá mesmo, fiz até um quartinho... Todos os anos passamos juntos na minha tia e na minha avó, juntos mas justo nesse ano, que nos separamos seria aqui em casa. Covardia!

No meu portão estava sentado um garoto que faz serviços para o Sandro de vez em sempre.
— Fala tia Hellen.
Hellen: Se manca, tenho idade pra ser sua irmã mais nova doido! O que me trás?
— Mó tempão te esperando aqui, como tô cheio de fome... Tinem vacilão mandou eu te vigiar.
Hellen: Me vigiar pra quê? Você é bobo que ficou.
— Caô cagona! Vim trazer o bagulho tu. Teu marido tipo como, se eu fosse mulher casava com ele.
Hellen: Anda logo garoto, o que é?
— Tá aí ó, ele falou que é das crianças. —Diz me entregando uma mochila.
Hellen: Fala pro teu chefe que eu mandei ele te dá comida, buscar uma costela do Outback pra você, fazer as coisas em troca do que te faz bem não é o mal não.
— Vou falar mesmo, dona Hellen.
Hellen: Pode falar, que se ele fizer isso pode até dormir aqui. -Digo com sarcasmo- Tchau nego, se cuida aí em, e vai comer.

Tenho tanta pena, eles se prestam a fazer serviço por uma quantidade mínima de droga e é tanto serviço... Fazer o que né, eu não posso mudar o mundo infelizmente.
Entrei em casa cuidando dos meus filhos que logo foram dormir. Tomei um banho e fiquei à toa vendo o que o Sandro tinha mandado. Dois tablets e celulares enrolado em roupas e dentro de sapato. Maluco! Esses dias Antonella pediu um celular da matãzinha, obviamente seria dela.

Celular apitou, olhei pela barra de notificações só e era ele.

Sandro Pai.
Sabe que eu vou dormir ?!😅
Quero conversar contigo mesmo.
___________________________________
⤵ Resp.
____________________________________

Não demorou muito pra eu ouvir o ronco da moto dele, conheço a km de distância. Olhei pela janela do quarto e realmente era ele.
Em poucos segundos estava ele aqui no quarto.
Tinem: Boa noitepp! -Disse animado, afoito.
Hellen: Hmm, boa. -Digo analisando a postura dele.
Tinem: Tão dormindo?
Hellen: Sim, estão exausto; e você, o que tu quer?
Tinem: Conversar com você, trouxe um vinho pra gente.
Hellen: Olha Sandr... -
Tinem: Custa? Toma só uma taça pô, pra gente conversar sem discutir, depois eu vou embora suave.
Hellen: Sei... Sei não. -Digo desconfiada; ele estava muito animadinho pro meu gosto.
Tinem: Acho que tu não vai gostar do que eu tenho pra te falar... -Afirma de forma tensa, criando um embrulho em meu estômago e um ❓ na minha cabeça.

Que papo é esse Sandro?

Amada Amante🔥❥ CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora