• 16 •

13.1K 674 107
                                    


    •    no campo

Cheguei e logo cumprimentei todos e começamos a jogar. Estava meio aéreo, muita coisa havia acontecido. Eu tava namorando, quando que eu iria imaginar algo assim, justo agora.

Não notei o tanto de gente que se formou nas arquibancadas para assistir aquele jogo, que estávamos fazendo apenas por diversão, sem nenhum propósito.

Ouvi diversos gritos estéticos das arquibancadas, olhei na direção do barulho e diversas garotas pararam para assistir ao jogo.

Bryan... lembra, "uma bola fora e me esquece."

Eu preciso fazer de tudo para ficar longe daquelas garotas, conheço bem, ela vão pular em cima. Como sempre fizeram. Não estou me gabando ou algo do gênero mas é que eu dava bola para elas, por isso essa atitude esperada.

***

    ⁃    acho que já vou galera.- disse sentado na grama do campo.

    ⁃    Por que? Não íamos para o bar? Tem algum compromisso.

    ⁃    Não... só que estou exausto, a gente marca outro dia.- disse me levantando.

    ⁃    já vai Bryanzinho.- uma das garotas se aproxima.

Não vai dar certo. Bryan se impõe, mas sem falar demais.

    ⁃    Foi mal Luana.- disse me virando para ela.- estou cheio de coisa para fazer e algumas coisas sobre a minha mãe.

    ⁃    O que tem sua mãe?- ela franzi o senho.

    ⁃    Ela está doente.

    ⁃    Isso não é algum tipo de fora que inventou agora, né?- ela cruza os braços.

    ⁃    Garota, acha mesmo que eu iria brincar com a saúde da minha mãe?- franzi o senho.

    ⁃    Calma Bryan...- ela tenta se aproximar.

    ⁃    Não é calma. Pensa antes de falar, tenha um pingo de bom senso.- bufei.- até galera.

    ⁃    Qual é Bryan? Fica aí irmão.- Peter se levantou.

    ⁃    Tenho que ir, cuidar da falsa doença da minha mãe.

    ⁃    Você é burra em garota.- ouço Peter falar com a Luana.

    ⁃    Credo, vocês que são muito estressados.- ela sai batendo o pé na direção oposta à minha.

Entro no carro e sigo para casa, no caminho meu celular toca e me surpreendo quando olha no visor e era meu pai. Fazia semanas que ele não me ligava, cheguei a ficar preocupado.

_ oii pai.
_ oii filho, tudo bem aí?
_ tudo ótimo e aí? Como está a mãe?
_ ela piorou meu filho...

Dei um soco no volante. Droga.

_ o que houve pai? Disseram que ela estava instável.
_ pois estava, mas de uns tempos para cá anda sentindo muita dor.
_ ela precisa urgente desse pulmão, certo?
_ os médicos estipularam um período de um mês e meio.
_ porra pai, vou para aí.
_ você está em período de aula na faculdade, não é bom perder aula.
_ pai é a minha mãe, ela é mais importante do que a droga de uma faculdade.
_ então vem, traga o Tyler, faz tempo que não o vejo e sua mãe também. Ela gosta dele.
_ vou falar com ele.

Me despedi do meu pai e desliguei o telefone, aquela merda não poderia estar acontecendo. E se meu pai queria que eu levasse o Tyler, teria de levar a Agnes.

***

    ⁃    eu sinto muito Bryan.- Agnes me abraçou assim que contei o que aconteceu.

    ⁃    Agnes... meus pais sempre gostaram muito do seu irmão, ele vivia em casa e... eles pediram para que ele fosse comigo, mas não quero te deixar aqui sozinha. A menos que queira... mas se não, você iria comigo?

    ⁃    Mas é claro que eu vou.- ela sorri.

Eu já disse o quanto o sorriso dela é lindo?

    ⁃    lá mora, meus tios, meus primos e meu irmão. Então vai conhecer a família inteira.- sorri.

    ⁃    Eu adoraria.

    ⁃    Por isso que eu te amo.- beijei ela.- posso certo?

    ⁃    Claro que sim Bryan.- ela me puxa para um outro beijo.

Nos afastamos quando o ar se fez presente. Eu queria continuar ali, mas Tyler poderia entrar a qualquer momento e definitivamente não seria nada legal.

    ⁃    vou dormir, estou cansada.- ela diz se espreguiçando.

    ⁃    Mais já?

    ⁃    Como é manhoso...- ela faz carinho na minha nuca.- boa noite amor.

    ⁃    Ahhh... boa noite amor.- dei um selinho nela e ela segui para o seu quarto.

Fiquei ainda na sala assistindo a um programa, apenas para esperar o Tyler chegar e contar a ele o que havia acontecido e marcar a viagem.

Assim que ele entrou, pareceu surpreso ao me ver ainda acordado. Contei a ele tudo sobre minha mãe e ele disse que iria sim.

    ⁃    eu sinto muito irmão.- ele me abraça.

    ⁃    Obrigada irmão.- sorri.- até doente minha mãe lembra de você, acho que não da para me livrar de você mais.

    ⁃    Certeza que não.- ele ri e me dá um aperto de mão.- falou com a Agnes que nós vamos viajar?

E agora?

    ⁃    Então... pensei se ela não poderia ir, não confio deixar ela sozinha neste apartamento.- juro que comecei a inventar de tudo.- capaz de chegarmos aqui e encontrarmos de tudo.

    ⁃    Tem razão.- ele da de ombros.- você fala ou eu falo?

    ⁃    A irmã é sua.- dei um tapinha no seu peito rindo.

    ⁃    Está bem.- ele ri.

• ¥ O melhor amigo do meu irmão ¥ •Onde histórias criam vida. Descubra agora