• ¥ O melhor amigo do meu irmão ¥ •

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Terça

     Acordamos no dia seguinte sem a menor vontade de ir para a faculdade, bom... eu acordei sem vontade, Bryan parecia rejuvenecido de tanto que dormiu no dia anterior, ele estava em uma animação que estava começando a me deixar irritada. Talvez seja a TPM chegando, mas o que sei é que eu não estava nessa felicidade toda que ele estava.

⁃ Bryan, segura a emoção, por que se tem uma coisa que eu não estou é animada.- disse seguindo até meu quarto para pegar minha roupa.

⁃ por que?- ele me segue.

⁃ TPM BRYAN.- revirei os olhos.- se não quer receber patada hoje nem se aproxima.

⁃ eu não ligo.- ele adentra meu quarto e se joga na minha cama.

⁃ mas eu sim.- cruzei o braços e me encostei no meu armário.

⁃ posso fazer algo para esse seu mal humor?- ele apoia sua cabeça em sua mão e me encara fixamente.

respirei fundo.

⁃ me deixar sozinha.- disse e adentrei o banheiro.- é para o seu bem. acredite...

⁃ qual é Agnes?- ouço os passos do mesmo se aproximando da porta.

⁃ vá tomar seu banho.- disse ligando o chuveiro.

    Ele não responde, ouço o bryan dar um saquinho na porta e logo passos se distanciam da mesma. Adentro o box e retiro toda minha roupa e me enfio embaixo da água quente, eu simplesmente odiava essa época, minha TPM sempre foi muito forte e agressiva, eu não consigo controlar, a sorte é que sei quando ela vem. Não gosto de tratar o Bryan mal, mas ele tem que entender.

    Simplesmente esse período para mim é um inferno e eu odeio, eu tento me segurar, mas tudo o que fazem me deixa irritada. Se você respirar alto, mastigar de boca aberta, ou qualquer coisa besta dessa eu já fico irritada. Acredite, não é algo do qual me orgulhe, mas eu não tenho total culpa.

       Assim que sai do banho me enrolei na toalha e segui até meu closet, pegar minha roupa. Enquanto procurava alguma calça para vestir, já estava de lingerie, ouço o barulho da porta bater e passos se aproximarem.

⁃ nem tenta.- disse alto e sem olhar diretamente para a pessoa que tinha certeza ser o Bryan.

⁃ acho que tem algo sim que eu possa fazer para te ajudar...- ele se aproxima e susssura em meu ouvido.

⁃ Bryan...- suspirei.

⁃ peguei uma pequena fase desse seu mal humor, porém naquela época não podia fazer isso...

     Ele me vira bruscamente de frente para ele, colando nossos corpos com agilidade e arrogância. Vindo do Bryan para mim, estava surpresa, porém talvez seja disso que eu precise...

eu sou mulher... sou de carne e tenho desejos e vontades, então não me enchem.

     ...selei nosso lábios em um beijo desesperado, Bryan sem exitar me pega no colo, entrelaço minhas pernas em seu tronco e sou prensada contra os armários. Acabamos por derrubar algumas coisas, ele com certeza arrumaria isso depois.

      Bryan me afastou da parede e caminhou comigo até meu quarto, se sentou na cama e me manteve em seu colo com as pernas afastadas.

⁃ ver você assim é algo incrível...- ele sussurra e mordisca minha orelha.

⁃ aproveite, são poucos dias em que me sinto tão aberta.- sorri e puxei seu rosto de encontro ao meu.

⁃ aproveitarei bastante.- ele sorri e sela nossos lábios.

⁃ sinto lhe informar, mas nessa época também tem coisas ruins... como a minha bipolaridade.- me afastei dele e levantei.

⁃ por que?- ele cruza os braços.- por que, me instiga a te querer e faz isso?

⁃ gosto de ver sua carinha implorando por mim...- sorri e corri até o closet.

⁃ desde quando é tão provocativa e impulsiva?- ele pergunta do quarto.

⁃ para ser franca...- me apoiei na porta e o encarei.- eu sempre fui, só que depois de algumas quebradas de cara, me reservei mais...

⁃ então continue provocativa e impulsiva, porque eu estou gostando muito.- ele se levanta.

⁃ gostou?- mordi os lábios.

⁃ você não tem ideia.- suas mãos deslizam sobre a lateral do meu corpo.- e eu achando que você não poderia ser melhor... não cansa de me surpreender marrentinha?

⁃ nem um pouco.- sorri.- e se acostume, isso é apenas o começo meu amor.

    Depositei um selinho no Bryan e me virei para voltar a me arrumar, pois com certeza já estava atrasada. Tudo o que falei ao Bryan agora é a mais pura verdade, eu não era tão envergonhada e insegura comigo quando o assunto era garotos, eu era tímida, claro sempre fui, porém eu era um pouco menos.

    Após o ocorrido do Havy eu me fechei e não me permiti ser assim com outras pessoas, e embora eu fosse menos tímida e insegura demorei a perder minha virgindade. E foi devido à ela que mudei e me tornei bastante insegura em relação a relacionamentos e intimidades.

      Porém com o Bryan eu me sinto segura e protegida, sinto que posso ser eu mesma que ele não vai me julgar, que posso perder o juízo de vez enquando e me arriscar às vezes. Por que ele não vai me julgar por isso, talvez dessa vez eu tenha começado certo, talvez dessa vez possa dar certo.

***

⁃ sinto pelo atraso.- disse adentrando rapidamente a sala.

     Sinto o olhar do meu querido professor me guiar até a minha carteira, me sentei e abri o caderno. Ele explicava algo, me perdi por completo e acabei dormindo na aula, já não estava entendendo nada, o que mudaria?

     Acordei com a Liv gritando no meu ouvido, ninguém merece, depois de um belo cochilo ouvir essa louca berrando no seu ouvido e com certeza queimando todos seus neurônios de uma vez. Me levantei contra a minha vontade, enquando passava pela porta ouço meu nome, meu professor me chamava. Disse a Liv que já encontraria ela.

⁃ vi que a senhorita dormiu minha aula inteira, isso não é algo que esperava de você Srta.Cooper.- ele diz com os braços cruzados.

⁃ péssima noite de sono.- disse sem enrolação.

⁃ precisa descansar mais, para que isso não volte a se repetir.- ele se aproxima.- não quero perder minha aluna favorita.

⁃ me esforçarei para que não se repita.- dei um passo para trás.- até mais.

⁃ até.- ele segura minha mão.- caso não esteja com problemas no sono, posso te ajudar...

⁃ obrigada, mas não precisa.- soltei minha mão da sua e segui até à porta.

⁃ precisando de algo não exite em chamar Srta.Cooper.

     A maneira como ele projetou as sílabas do meu nome, a maneira como ele me olhava, me deixava completamente desconfortável. E o pior disso tudo é que não tinha ninguém para quem pudesse contar, apenas pelo fato de não ter certeza se é algo da minha cabeça ou não.