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    Depois da conversa com a minha mãe estava de certa forma mais calmo, mas ainda precisava falar com a Agnes, a cara dela não estava nada boa quando a vi pela manhã à mesa.

     Ela estava sentada na grama, quieta e calma. Me aproximei calmamente e me sentei ao seu lado, ela nem se quer me olhou, ficou mexendo em seus dedos e encarando o chão.

⁃ ei.- chamei.

⁃ Fala.- ela responde seca.

⁃ Por que está assim?- pergunto sem entender.

⁃ Assim como? Estou normal.- ela responde e me encara.

⁃ Qual é Agnes... você acha que eu estava com a Tina?- encarei a mesma.

⁃ O que acha? Os dois não estavam a mesa.- ela bufou.

⁃ Quer que eu te conte o que aconteceu?- cruzo os braços.

⁃ Por favor.- ela me encarava fixamente.

⁃ Assim que você saiu do meu quarto eu fui tomar banho, quando sai do banheiro ela estava na minha cama. Eu falei com ela e a mandei embora, ela disse que me amava, eu disse que não... e que amava outra pessoa.

⁃ Hmm...- ela me encarava.

⁃ Você Agnes.- deslizei meus dedos sobre seu rosto.- eu amo você, e nada... nem ninguém vai mudar isso. Por que você desperta o melhor que pode existir em mim e me sinto a pessoa mais feliz do mundo, em saber que te tenho ao meu lado.

⁃ Bryan... eu, te amo tanto.- enquanto ela dizia seus olhos marejavam, ela estava quase chorando.- sei que quando nos conhecemos, eu não fui tão gentil e legal com você... espero que entenda o momento em que estava passando, mas eu agradeço por ver que não desistiu de mim e... continuou me irritando.- em meio ao choro ela abriu um sorriso, que sorriso...

⁃ Acha que eu deixaria de te irritar minha marrentinha, ver você irritada é minha segunda coisa favorita...

⁃ Qual a primeira?- ela me encara com aquele sorriso.

⁃ Isto.- apontei para os seus lábios.- seu sorriso.

⁃ O motivo é ainda mais lindo.- ela segura delicadamente minha mão.

⁃ Tenho certeza que é.- sorri convencido.

⁃ Nada convencido esse menino.- ela revira os olhos.

⁃ Mais lindo que isso... só seus lábios nos meus.- descansei minhas mãos em sua nuca a puxando para mais perto.

⁃ Desde quando é tão meloso.- ela mordi os lábios delicadamente, enquanto seus olhos estavam fixos nos meus.

⁃ Desde que você entrou na minha vida.- aproximei nossos lábios selando os mesmos.

    Era um beijo calmo, delicado, com certeza repleto de amor de ambas as partes. Deslizei minhas mãos delicadamente por toda a extensão de seu pescoço, queria
tê-la em minhas mãos, para sempre. Essa sensação era única, não sei o que ela fez comigo, mas eu agradeço tanto por ter sido escolhido.

     Afastamos nossos lábios quando o ar se fez presente, ainda com as mãos em sua nuca e os polegares fazendo carinho em suas bochechas, seus olhos fechados e um sorriso aos poucos foi se formando em seus lábios. Nossas testas coladas, sentia uma faísca transitar entre nossos corpos, queria não ter que sair dali nunca.

      Estávamos ali, parados, próximos e curtindo a companhia um do outro. Sozinhos. Não tinha a intenção de sair dali tão cedo, mas infelizmente fomos atrapalhados por um flash forte em nossos rostos, Agnes aproxima seu rosto de meu peito na intenção de cobri-lo do brilho forte.

     Levantei minha cabeça e encarei minha mãe, que estava com as mãos na boca, sabia que havia feito besteira. Meus olhos fixos no dela esperando alguma explicação plausível para aquela atitude repentina, ela apenas me olhava e finalmente se manifestou:

⁃ desculpa queridos...- foi o que saiu da sua boca.- eu queria apenas uma foto, vocês estavam tão lindos aqui. Mas andem, esquece que eu apareci.

     Ela disse rápido e apressou os passos para dentro de casa. Agnes estava com seu rosto em meu peito ainda, depositei um beijo no topo de sua cabeça e a puxei para um abraço, ouço sua risadinha breve contra meu peito.

     Ela se afastou um pouco e me encarou, fiquei triste com sua atitude e ela notou minha expressão e abriu um sorriso. Quando estou com ela não preciso de palavras para expressar algo, nos entendemos apenas com sorrisos e olhares.

Eu sei que estou muito meloso e não sei o que deu em mim... mas até que estou gostando.

⁃ Espero que esse "novo" Bryan fique mais... esse Bryan fofo e delicado.- ela diz alternando o olhar no meu e em meus lábios.

⁃ Aproveite, ele é um pouco raro.- brinquei com ela.

⁃ Tudo bem, também gosto do Bryan irritante.- ela revira os olhos e se levanta.- anda, não podemos ficar aqui para sempre.

⁃ Podemos, se quisermos.- dei de ombros.

⁃ Não prefere um sofá... ou algo do gênero?- ela abre um sorriso malandro no rosto.

⁃ Agora sim falou minha língua.- sorri e me levantei.

⁃ Idiota.- ela ri.

⁃ Cansei daquela frase, me chama de outra coisa.- larguei os ombros, cansado.

⁃ Não, idiota lhe cai muito bem.- ela pula em meus ombros e descansa a cabeça em meu pescoço.

    Revirei os olhos e apenas aceitei, não vale a pena entrar em uma discussão com a Agnes, sei que vou perder... então para que tentar. Seguimos até a sala onde o Tyler, Ben e Fred jogavam video game e Pietra que estava largada no sofá. Os únicos que não estavam eram o Peter e a Tina.
   
Peter não é meu primo, apenas um amigo.

      Acho que a Agnes, no momento, está se perguntando o mesmo que eu. Onde estão os dois, mas não que isso vá mudar algo, acho até bom, assim Tina não fica nos enchendo. Me sentei com a Agnes no sofá ao lado da Pietra, que murmura algo mas se afasta.

• ¥ O melhor amigo do meu irmão ¥ •Onde histórias criam vida. Descubra agora