• ¥ O melhor amigo do meu irmão ¥ •

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- e foi basicamente isso...- disse após soltar tudo o que estava preso na minha garganta.

- tá... você tem razão, a vontade de acabar com ele tá bem forte.- ele me encara fixo.

- eu acho no momento certo a vida vai lhe dar o troco... afinal o que ele fez não foi nem um pouco gentil, e sem contar que não fez o menor sentido.- franzi o senho.- já que um dia antes ele havia me pedido em namoro.

- olha... essa história está bem mal contada, você tentou saber melhor o que aconteceu?- ele pergunta curioso e confuso.

- eu estava lá, eu presenciei tudo... e não estou enganada e nem esquecida, pois me lembro perfeitamente de cada palavra que ele me disse... inclusive a frase que mais me machucou.- baixei o olhar.

- posso saber qual?- ele levanta meu queixo.

- "tudo foi uma mentira..." e o covarde não teve a coragem de me encarar nos olhos...- suspirei frustrada me lembrando daquele dia.

- o que mais ele falou...

- ele disse que esperava que eu perdoasse ele... mas eu não entendi, ele joga essas palavras na minha cara e espera que eu possa perdoa-lo?- balancei a cabeça negativamente.

- eu já disse e vou dizer de novo... essa história toda está mal contada, você não disse que tinha uma garota lá... e tudo mais, e se ela chantageou o mesmo?- ele indaga.

- com o que? Bryan... pelo o que eu sabia sobre ele, não cederia as chantagens da Tina, mesmo que ele não gostasse de verdade de mim... e tudo o que disse foi mentira, ele não voltaria para a Tina. Ela foi um completo pesadelo para ele.

- você me disse que ela é capaz de tudo... ouvindo o que fala dela, eu não duvido que ela tenha feito algo muito sério para te atingir.

- para falar a verdade nem eu... mas não consigo pensar em nada que ela pudesse fazer que colocasse me risco meu namoro com o Bryan... isso também não entra na minha cabeça.

- bom... pode acontecer tudo, tem diversos fatores que podemos não saber.- ele diz.

- eu sei... isso que me preocupa, o fato dele estar sendo chantageado.- mordi os lábios, em sinal de nervosismo.

- mas, olha, se acalma. Não se culpe ou se preocupe com isso, se for chantagem uma hora ela vai ceder...

- e se não ceder?

agora eu estava preocupada.

- vai chegar uma hora que ela ou o Bryan vão cansar.- Dylan me assegurou.- confia em mim.- ele segura minhas mãos.

- eu espero. E espero que tudo volte a ser como antes...- suspirei triste.

- vai sim!- ele sorri.

Permanecemos ali durante um tempo apenas curtindo a companhia um do outro, eu gostava de conversar com Dylan, nos afastamos devido à minha mudança, mas eu sempre considerei muito ele.

      Enfim, comecei a ficar cansada e com sono. Me despedindo Dylan e subi para dormir, tá aí... esse é o pior momento do meu dia, o fato de pensar no Bryan na parte da manhã e à tarde eu até posso suportar... mas chegar à noite e perceber que ele não está ali, e que não vou dormir ao seu lado. É sem dúvidas a pior sensação.

     Me deitei, revirei na cama durante alguns minutos e demorei a pegar no sono. Cada vez que fechava os olhos, eu acordava minutos seguintes com medo. Estava tendo pesadelos. Ontem a noite, que foi quando cheguei, eu dormi... mas foi devido ao cansado ter me ganhado, eu estava complemente exausta e esgotada.

     Mas agora não, eu já havia descansado, nem que tivesse sido um pouco. E agora que o choque havia passado eu me vi sozinha, sem a pessoa que eu mais amava... e apenas com aquelas palavras rudes e frias rodando em minha cabeça.

que seja, não vou conseguir dormir.

     Me levantei, desisti de tentar, olhei no relógio e passava das três da manhã. Eu estava cansada, com sono, mas era só eu fechar os olhos que pensamentos horríveis tomavam conta da minha cabeça. Não sei quanto tempo vou aguentar isso.

      Desci as escadas cuidadosamente e segui até a cozinha, tudo estava um breu total. Peguei um copo de leite e sai para o quintal dos fundos, me sentei no banco de havia de frente para a piscina e me encolhi ali, não estava tão frio, mas a brisa leve da noite batia contra meu corpo me causando arrepios.

     Permaneci ali, até o sol nascer, sem conseguir pregar os olhos um minuto se quer. Meus olhos estavam vermelhos, cansados, minhas olheiras fundas e marcadas, eu estava péssima. Precisava encontrar algo para me ajudar a esquecer tudo aquilo, caso contrário eu enlouqueceria.