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POV BRYAN

⁃ vem cá quero conversar com você, antes de irem- minha mãe diz me puxando até o quintal.

    Apenas assenti e a segui, começamos a andar e ela não havia dito nada até então, estava agoniado.

⁃ então...- começo.

⁃ Olha... eu sei que vai ser difícil essa convivência com a Tina, sei que ela não é fácil e que vai fazer de tudo para te separar da Agnes. Mas prometa para mim, que independente de qualquer coisa que ela faça, você permanecerá ao lado da Agnes! Que não vão se distanciar por uma briguinha besta causada, ou não, pela Tina.- Ela para e segura em minhas mãos e me encara firme.- Agnes é uma garota de ouro, não sei se sabe mas ela passou por diversas coisas no passado e eu não quero vê-la sofrendo...- notei os olhos marejados da minha mãe.

    Ela estava quase chorando, realmente ela gosta muito da Agnes e se importa com ela. Como uma filha, eu adoro ver isso, ver que elas se dão bem e que tem esse carinho uma pela outra. Saber que as duas mulheres que mais amo suprem um carinho tão grande uma pela outra, é incrível.

⁃ mãe. Eu amo a Agnes e não faria nada para machucá-la, se depender de mim eu fico com ela para o resto da minha vida.- sorri segurando o rosto da minha mãe.- não vai ser fácil mesmo essa convivência diária com a Tina, mas a gente precisa aprender a conviver, não posso perder a Agnes por ela.

⁃ Isso mesmo meu amor.- ela sorri delicadamente.- é tão lindo ver você todo apaixonado.

⁃ Até eu estou me estranhando.- ri.

⁃ Imagino, eu também estou. Mas gosto de te ver assim.- ela desliza as mãos sobre meu rosto e me puxa para um abraço forte.- eu te amo filho.

⁃ Também te amo mãe.

    Ficamos ali abraçados durante um tempo, logo nos afastamos, enxuguei suas lágrimas e voltamos para a sala abraçados. Sinto saudade da minha mãe, presente todos os dias, não me arrependo de ter saído de casa e nem dela ter seguido outro caminho, oposto ao meu. Mas a saudade é grande, ainda mais em uma época tão delicada para ela como agora, o medo de saber que posso perdê-la a qualquer instante me assusta.

    Pude perceber que ela não foi boa apenas para mim, mas sim para a Agnes, que precisou muito de um figura materna em uma parte da sua vida e minha mãe soube suprir isso muito bem. Eu me orgulho tanto da minha mãe, mesmo com todas suas dificuldades e desafios que precisa enfrentar dia após dia, ela não mede esforços para ajudar ao próximo, seja quem for.

    Tento colocar na minha cabeça de que quando ela partir estará em um lugar mil vezes melhor do que estamos agora, que será cuidada e tratada como a verdadeiro rainha que é. Minha mãe com certeza fará viagem direta para o céu, sem escala, somente graças ao seu bom coração e vontade de ajudar a todos sem exigir ou esperar algo em troca.

     Afasto esses pensamos, afinal não quero pensar nisto agora, minha mãe parecia saudável novamente. Para falar a verdade meu pai havia me dito que ela estava muito mal, talvez nossa visita tenha a deixado nem  que seja um pouquinho melhor. Vou até meu pai conversar com ele sobre isto.

⁃ sua mãe estava mesmo muito mal.- ele diz se sentando na sua poltrona.- mas só de ver você e a Agnes... ela se esqueceu um pouco dos seus problemas e voltou a ser a mulher otimista que sempre foi.

⁃ A Agnes ajudou muito ela...- disse me sentando ao seu lado no sofá.

⁃ Elas se ajudaram, muito.- meu pai abre um sorriso fraco.

Difícil ver meu pai sorrir assim...

⁃ tenho sorte de tê-las ao meu lado, as duas.- levei as mãos a nuca, com os cotovelos apoiados na perna.

⁃ Tem, por isso cuide delas muito bem.- ele me encara.- bom... cuide bem da Agnes, sua mãe pode deixar comigo.- ele da um tapinha em minha perna.

   Apenas assenti com a cabeça e me levantei, estavam todos em seus quartos arrumando suas malas, exceto eu e a Agnes, pois eu havia arrumado ontem à noite quando perdi o sono e a Agnes arrumou hoje pela manhã. Me sentei ao sofá e ela chegou perto, não me esqueci do que ela fez comigo hoje pela manhã.

    Ela chegou perto e se sentou na minha frente, seus olhos fixos em mim e os meus na TV, que mesmo olhando não entendia que programa passará já que meu foco estava na Agnes. Depois de um tempo ela me encarando ela suspira e larga os ombros quebrando o silêncio.

⁃ Poxa Bryan, tá bravo comigo mesmo?- ela bufa.

⁃ Talvez...- provoquei.

⁃ Infantil.- ela fecha a cara e se joga ao meu lado.

⁃ Eu? O que fez comigo lá em cima você chama do que?- perguntei sem me virar para ela.
    Agora era minha vez de irrita-lá, eu não estava mais bravo com ela, talvez um pouco. Queria vê-lá irritada, para que ela prove do seu veneno a maldade que fez, vou fazer ela ficar bem arrependida... se eu aguentar segurar, por que com ela ao meu lado com esse perfume e esse corpo que parecia suplicar pelas minhas mãos, não sei se aguento muito.

⁃ quer desculpas? Tá bom, desculpa Bryanzinho...- ela diz com ironia olhando para mim.

⁃ Agora sem essa arrogância.- abri um sorriso malicioso, ainda sem encara-lá diretamente.

⁃ Para de graça garoto.- ela joga o pescoço para trás.- você venceu, me desculpa. Sei que o que fiz não foi legal.- ela levanta as mãos em rendição.- talvez um pouco...

⁃ Agnes.- a encarei.

⁃ Tá não foi, não foi, calma.- ela ri.- ganho um beijo?

⁃ Será?- disse pensativo.

⁃ Você quer Bryan... não consegue ficar tanto tempo longe.- ela se aproxima segurando meu rosto.

⁃ Acha que não?- seguro suas mãos.

⁃ Acho.- ela diz séria.

⁃ Então você está... completamente correta.

    Segurei seu rosto com agilidade e aproximei nossos lábios com certa arrogância, Agnes tinha um poder sobre mim extremante forte, ela me instigava a milhares de pensamentos e insinuações, começa diversos atos... porém sempre parava na melhor parte, será que é apenas para me provocar ou ela é... virgem. Não acho que não.

• ¥ O melhor amigo do meu irmão ¥ •Onde histórias criam vida. Descubra agora