Capítulo 1 ........... Encruzilhada

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E aí, galerinha, espero que curtam esse primeiro capítulo que saiu quentinho do forno direto pra vocês rs Gente, eu preciso mesmo, muito, da opinião de vocês, nem que seja pra criticar. Então, se puderem comentar, nem que seja um "Up", eu já ficaria imensamente feliz. Lembrando que, caso alguém queria participar do grupo no whatsapp, é só deixar o número aqui ou clicar no link que há no meu perfil, abaixo da minha descrição. Bijundas


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Laura Narrando



Ás vezes, o destino nos preparava camas que, querendo ou não, teríamos que deitar, ou bombas que, em alguns momentos, teríamos que desarmar. No meu caso, era uma bizarra mistura de ambos.

A boate estava cheia, como sempre. Musica alta, luzes piscando para todo e qualquer lado, pessoas bêbadas e risonhas. Desde um longo tempo, eu batia meu ponto severamente neste lugar. Todo sábado, após ás dez, para ser mais específica, eu me encontrava ali, cercada de pessoas, e, no entanto, indubitavelmente sozinha. Contudo, muito embora eu me sentisse solitária, estava sempre acompanhada dos meus amigos. Ao som da Dj, eles rebolavam e pulavam na pista de dança, suando seus corpos e divertindo-se uns com os outros. Alguns, atracados em seus interesses amorosos de uma noite, enquanto outros tentavam conquistar seus respectivos crushs. Da mesa onde eu estava sentada, bebendo, era possível tanto observá-los quanto flertar com algumas garotas que por ali passavam. Estando perto da entrada, de frente para o bar e de um ângulo favorável a pista, meus olhos podiam ter o controle de quem entrava e de quem saía, de quem iria dançar, e de quem acabava de voltar da pista de dança. Por um momento, eu tentei não fazer outra coisa do que beber gole atrás de gole da minha long neck, tentando não pensar no desastre que se encontrava a minha vida. Eu estava indo muito bem na faculdade de designer, isso, se não for levar em consideração a época de provas que estava começando a chegar. Também tinha absoluto controle sobre o trabalho, e até conseguia postar vídeos com certa regularidade no canal, agora que comecei a obter mais views. Então, apesar de toda essa correria entre me dividir na agência, concentrar e estudar para as provas, investir em minha carreira como influencer, e meio que comparecer com frequência aos meus treinos de Muay Thai, eu estava até que levando bem. A única coisa a qual eu não conseguia lidar, eram meus sentimentos. E, justamente por isso, eu me dedicava tanto as minhas atividades. Sempre que me via parada, os tormentos me assolavam; a culpa, a raiva, a saudade, a dor. Uma ansiedade tremenda tomava conta de mim, e, para dar vazão a ela, procurava por sexo, fosse nas boates LGBTQI que eu frequentava, ou em minha lista de contatos. Também tinha alguns flertes nas redes sociais. Então, não, não era como se fosse difícil arrumar alguém com quem eu pudesse extravasar. A questão era que, mesmo cercada de opções, só havia uma pessoa que eu de fato queria, e, ainda que eu estivesse com outra, me via desejando-a. E, para o meu tormento, todo dia, eu era obrigada a olhar para ela, admirá-la, porém, não tê-la. Não havia castigo maior. O pior de tudo, é que não havia nada que me impedisse de me render a ela a não ser o meu próprio orgulho, e as dores que ela havia me infligido não muito tempo atrás.

Enquanto bebia meu último gole, meus olhos passaram por sobre a entrada da boate, despretensiosos, e tal foi a minha surpresa ao ver Ludmila passar pela porta. Um sorriso faceiro surgiu automaticamente em meu rosto, enquanto que, no piloto automático, eu me colocava de pé para ir de encontro a ela, que parecia tanto sem jeito quanto fora do seu habitat.

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