Capítulo 25 ............ Um Dia Doce

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Laura Narrando

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Eu não fazia a menor ideia de para onde Nice estava me arrastando, mas era fato que ficaria feliz não importando o lugar em que terminássemos pois sua companhia me agradava.

Confesso que não havia levado a sério seu convite de passarmos o dia juntas, afinal, ela era uma mulher tão responsável e séria a maior parte do tempo quando se tratava de sua profissão, que fiquei surpresa da ideia de “matar” serviço tivesse partido dela e não de mim. Ao que tudo indicava, os papeis haviam sido invertidos, já que de nós duas, eu quem havia relutando quanto a isso.

De todo modo, eu gostava de ficar ao seu lado, de tocá-la, de ouvir o som da sua risada e admirar seus trejeitos, ora sexy, ora fofos de uma maneira que me fazia ir a vontade de desejá-la ardentemente a abraçá-la para nunca mais soltar. E, como disse os Tribalistas uma vez, meu riso é tão feliz com ela. Eu me sinto bem ao seu lado, mesmo quando tudo o que ela parece querer às vezes é apenas me provocar e testar meus limites, como fizera no banheiro.

Saber que ela era o tipo de mulher que olhava para o limite entre quatro paredes e dava risada, provocou em mim um lado Badass que nem mesmo eu conhecia.

Será que eu estava preparada para encoxar ela do jeito que eu queria?

Será que ela estava preparada para esse momento?

Há tantas coisas que eu desejo fazer com ela...

Agora, olhando-a dirigir tranquilamente enquanto presta atenção ao trânsito, eu me pergunto se suas palavras no escritório realmente haviam sido verdadeiras. Ela era mesmo essa mulher que topava tudo na hora do sexo, ou só havia dito aquilo para me deixar mais tranquila quanto ao fato de eu me sentir insegura pelos novos pensamentos de ideias bizarras e selvagens que eu tinha de fazer com ela?

Cleo e eu nunca de fato falamos muito sobre sexo, preferências, experiências e etc, e, muito embora eu sinta no meu mais íntimo que ela não tinha mentido, achava difícil crer que ela era tão impura. Não é como se ela tivesse dito que gostava de determinadas coisas. Não. Aliás, foi bastante clara ao afirmar que não traçava limites entre quatro paredes, que tudo valia, inclusive sadomasoquismo.

Como lidar com uma informação dessas?!

Ah, se ela soubesse as ideias que andam passeando pela minha cabeça, certamente não teria me revelado nada. Ou sim, o que tornam as coisas um tantinho mais excitante.

Inconscientemente, meus olhos desceram por seu corpo a medida em que a minha mente gerava pensamentos impróprios sobre o que fazer com ela, indo desde o seu rosto perfeito, de olhos marrons puxados e boca carnuda, até o pescoço bem modelado, à clavícula elegante, o colo portando os seios fartos, à curvatura de sua cintura, as coxas bem torneadas, apertadas pela calça legging e até mesmo o enlouquece tom de cor da sua pele, que me trazia água na boca.

A mulher era o próprio inferno ambulante, de tão quente, e o que fizemos em seu escritório não foi nem um pingo do que eu realmente desejava fazer. Só o mero pensamento de tê-la novamente já me deixava com a calcinha molhada a um estado deplorável para uso. E eu estava me segurando tanto para não cometer alguma loucura, que sentia que se fosse ceder aos meus desejos não seria mais eu quem a teria para mim e sim o meu lado mais profano e sombrio, o que verdadeiramente me assusta, pois este era um lado que eu não conhecia.

Não é como se eu nunca tivesse feito algumas brincadeiras perigosas na cama antes, veja bem. Além do mais, vamos lá, o que de pior poderia acontecer? Eu sabia bem como conduzir um sexo selvagem ao ponto de deixar marcas por dias, e isso não era com o que eu estava preocupada. O fato é que eu não queria machucá-la, mesmo que isso resultasse em um prazer absurdo para ambas, e temia perdê-la caso fosse longe demais.

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