O esquilo

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Thranduil tomou um gole de vinho de seu cálice enquanto observava Taelin entrar em sua sala.

- Bom dia – ele provocou sabendo muito bem o motivo do amigo chegar tarde aos seus deveres.

- Desculpe-me, aran nîn – o elfo disse com um pouco de vergonha.

- Não, eu lhe dei dois dias de folga para saciar sua esposa, não há motivos ou desculpas para atrasos – ele provocou novamente.

- Que tal não colocarmos minha esposa em nossos assuntos? – o conselheiro soprou, seu semblante era calmo, mas o tom de sua voz denunciava seu descontentamento.

- Não se preocupe, o que sentia por Logel é passado, você sabe disso, sempre foi meu amigo, sabe muito bem que amo somente a Cellin, nada nem ninguém poderá mudar isso – ele suspirou – é a mãe de meu filho, é minha rainha, e mesmo que não me ame, não poderei deixar de ama-la.

- Eu entendo, me perdoe por isso – o conselheiro lamentou um pouco envergonhado de seus ciúmes bobo.

- Não se preocupe, eu entendo .

- A princesa Naila parecia um pouco aborrecida essa manhã – o conselheiro disse casualmente.

- O que eu tenho com isso? 

- Ela é sua hospede, Hîr nîn, é princesa de Erebor um dos nossos maiores aliados – ele disse – príncipe Legolas e Gimli foram caçar e deixaram a moça para trás.

- Logel, não pode estar com ela? Eu sei que vocês são amigos.

- Minha esposa precisa descansar – ele sorriu orgulhosamente – mas os outros não são tão amistosos com a princesa.

- Uma anã, uma meio sangue, quem seria amistoso com ela?

- Alguém que consegue ser superior a todos esses rótulos.

- Não – o rei respondeu rapidamente tomando outro gole de seu vinho.

- Alguém que a mãe dela tenha salvado a vida? – ele tentou – o senhor sabe que isso pode gerar murmúrios tanto em nosso reino quanto em Erebor.

- Deixe-me ser.

- O senhor não é mais o príncipe, faz tempo que é o rei, tem que zelar por nossos aliados, e o senhor tem a agenda vazia hoje.

- Vou apenas ver se está bem, se não estiver não vou fazer companhia a ela.

- O senhor vai caçar, por que não a levar? – ele sugeriu – assim poderemos arrancar algo dela, coisas sutis que possa nos ajudar com nosso novo contrato.

- Eu o odeio Taelin – ele resmungou ganhando um sorriso do amigo enquanto se levantava.

**

Thranduil caminhou em direção a varanda onde aconteceria uma manhã de chá com biscoitos e crochê para as donzelas élficas filhas de nobres que moravam no palácio. Como uma hospede nobre, provavelmente alguém arrastou a princesa anã para esse encontro, o rei não tinha a menor vontade de salvar a pequena bruxa dos insultos que provavelmente estava enfrentando das elleths, quando encontrou o corredor oeste pode ouvir claramente a conversa das donzelas na varanda.

- Você não se parece com uma princesa, talvez um lenhador, ou um guarda de calabouço – Lestil zombou ganhando risadas de suas amigas.

- Meus pais não me educaram para ser fútil, e sim útil, ajudar com o conselho, a dar aula para crianças, a defender meu reino – a princesa respondeu com tom de voz suave – eles me ensinaram a ser alguém com valores e responsabilidades.

A eternidade e a MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora