Thranduil olhou para extensão da sua sala de estudos por cima de sua mesa, os livros estavam nas estantes, os pergaminhos nos lugares certos, os documentos na gaveta, sentia-se estranhamente sozinho desde que Taelin voltou para a própria sala, ele nem mesmo veio pegar sua pena, ou o carimbo com seu nome. Estupido, era isso que realmente era, o conselheiro não olhava em seu rosto, Legolas lhe olhava com desaprovação constante, e Naila...não via a princesa a dois dias, mas sabia que estava no palácio, provavelmente o odiava também, seus olhos mudaram-se para a porta quando ouviu uma batida.
- Hîr nîn?
- Entre – ele disse voltando a uma postura seria e dura, enquanto Agalardiel entrava, ele parou diante dele e sorriu.
Idiota, odiava como ele se agradava com a tristeza de Taelin, tudo o que o entristecia era a felicidade do Sindar sem coração.
- Taelin me pediu para pegar o livro que o senhor revisou, sobre as fadas, aquele que eu mesmo escrevi – ele disse com orgulho.
- Realmente sente orgulho de tê-lo escrito?
- Não aran nîn, mas também não me arrependo.
O rei o olhou tentando entender como funcionava a mente doentia daquele elfo, as vezes era um elfo bom, as vezes um demônio, seu pai adorava ele, como pessoa, como guerreiro, o que ele via? Thranduil por precaução já tinha diversas vezes vasculhado o coração e seus desejos, mas nunca encontrava nada que pudesse faze-lo prender o elfo ou enforca-lo.
- Nunca pensei que seria capaz – ele sussurrou ainda sorrindo.
- Sobre o que? – o rei questionou e pegou o livro que o elfo tanto queria.
- Sobre falar sobre o passado de Taelin.
- Você sabe o que aconteceu? – ele questionou confuso.
- Cada maldita palavra.
Thranduil juntou as sobrancelhas em confusão.
- Desde de quando sabe disso?
- Desde de o início – a resposta do conselheiro o fez rezingar e ranger os dentes.
Ótimo! Era tudo o que precisava, descobrir que nem mesmo Agalardiel com toda sua frieza e seu ódio por Taelin nunca usou tal informação.
- Nunca faria isso.
- Claro! Porque você o ama – o rei rosnou e moveu-se sobre seu assento prendendo entre os dedos o livro.
- Sim, o amo – a expressão do conselheiro tornou-se seria – por isso mesmo procuro deixar esse assunto fora de questão. Pensei que também o amava.
Ótimo! Ainda poderia melhorar, descobrir que era pior que Agalardiel.
- Não me teste – ameaçou.
- Obrigado, hîr nîn, por disponibilizar o livro – o conselheiro sorriu estendendo a mão.
Thranduil entregou o livro, e colocou a mão sobre rosto, talvez não fosse culpa de Cellin tudo que perdeu, e sim de si mesmo.
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A eternidade e a Morte
Fiksi PenggemarDepois da Guerra pelo Anel, Thranduil receberá em seu palácio hospedes ilustres amigos de seu filho, e um deles irá revirar seu mundo e o deixar completamente confuso, a mortalidade pode completar a eternidade? Uma continuação da minha fanfic já po...