Passado e presente.

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Thranduil observou Legolas se aproximar com um semblante não muito acalentador, o príncipe se aproximou e analisou por alguns segundos. Fazia algum tempo que o rei se recolherá, e ficou muito feliz por Naila ainda estar jantando, pois, o filho entrou sem bater, e poderia terem sido flagrados.

- O que houve íon nîn?

- Eu estou ajudando Taelin com as pesquisas – ele deu de ombros- posso abraça-lo?

O rei franziu o cenho, e se aproximou.

- Mas que pergunta é essa? Sempre pode me abraçar sem precisar de permissão, sou seu pai, estou aqui para o que precisar, e o amo muito apesar de odiar essa sua mania humana de contato desnecessário – ele sorriu, mas o filho não demonstrou nenhum humor pelas suas palavras e apenas o abraçou tão forte quanto poderia.

Ele beijou os lados do rosto de seu filho, e apertou um pouco mais contra o peito.

- Aconteceu alguma coisa? – ele questionou preocupado.

- Eu o amo ada, e haverá uma guerra em nossas terras é uma catástrofe.

- Eu sei, minha pequena folha – ele sussurrou – estamos tentando alguma forma de não precisar lutar.

- Não queria que dependesse de Naila – o príncipe sussurrou – posso imaginar a tristeza que irá sentir ada, se isso não for impedido, não queria que perdesse outro amor.

- Vamos rezar aos Valar, meu filho, talvez eles tenham piedade dela.

- Eu estou ao seu lado.

- Eu sei, íon nîn, e o amo por isso – ele sorriu – vamos não deixe que este assunto tome todo o controle de nossas vidas, vamos resolve-los.

- Não é muito fácil impedir – ele sorriu ainda abraçado ao pai.

- Desculpe, eu não queria atrapalhar – disse Naila abrindo a porta.

- Está tudo bem – disse Legolas soltando-o o rei.

- Alguma coisa que eu possa fazer?

- Não Naila, está tudo bem – o príncipe respondeu e sorriu para a princesa.

- Boa noite, para os dois.

Thranduil observou enquanto o seu filho deu um rápido abraço na princesa antes de se retirar, ela o olhou meio confusa, depois sorriu.

- Desculpe não queria atrapalhar vocês – ela disse enquanto andava em sua direção.

- Não atrapalhou nada, mela – ele sorriu e inclinou-se – venha até aqui.

Ela se sentou em seu colo, abraçando-o.

- Então, você parece um pouco tenso.

- Não é nada mela – ele sussurrou e a beijou, aninhando-a ao seu corpo.

Não queria pensar em perde-la, não agora, o mero pensamento o aterrorizava, mas não queria lidar com isso agora.

- Eu a amo, mela nîn.

**

Enquanto estava estudando alguns livros sobre magia a procura de uma alternativa para o dilema da princesa mestiça, a única coisa que soava dentro da cabeça de Agalardiel era uma música, e toda vez que olhava para o elfo sentado à sua frente as notas ficavam mais altas, mais agudas a ponto de perfurar sua carne como adagas.

Como posso dizer isso sem desmoronar?

Como posso dizer isso sem assumir as consequências?

A eternidade e a MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora