Aumentando a família

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- Vamos apenas passar uns dias.

Naila escutou seu pai dizer o porquê estavam no meio de uma floresta, se encaminhando ao antigo lugar que sua mãe vivia.

- Então nada disso tem a ver com a carta do rei élfico? – ela questionou forçando sua égua a acompanhar os trotes do pônei de seu pai.

- Não. Quer me dizer o que está acontecendo antes que eu mesmo descubra? – ele questionou e virou o rosto para encara-la, seus olhos de safira se concentraram nela, analisando seu comportamento.

- Eu duelei com um dos conselheiros do rei. Perdi.

Thorin voltou a encara-la com um pouco de dúvida sobre suas palavras, então levantou uma de suas sobrancelhas, e Naila sabia que estava encrencada.

- Adad, eu sei que não deveria, mas ele me desafiou e eu aceitei – ela acrescentou rapidamente – perdi, estou bem.

- Então porque a carta?

- O rei élfico achou que seu conselheiro foi covarde comigo – ela encolheu os ombros.

- Thranduil? Se ele acha isso é porque foi – o rei anão rosnou e ficou em silencio.

Naila levantou o rosto para analisar a expressão de seu pai, ele estava olhando para frente, seu rosto levemente banhado pelo sol da manhã, seu olhar era duro, ela voltou a abaixar seu olhar examinando as rédeas de sua égua que ela segurava com força. Ela sabia o que ele estava pensando, ela era uma representante do reino, estava lá como uma, era uma representante da raça, não poderia nunca medir forçar com os elfos.

- Gajut men Thanu men (perdoe-me meu rei) – ela sussurrou ganhando o olhar de seu pai novamente, respirando em conteúdo ela forçou-se a olha-lo, mesmo sentindo-se pequena, mesmo com vergonha de suas ações.

Thorin ficou examinando-a por alguns segundos antes de dizer:

- Men kemgu gajum menu (Aceito as suas desculpas).

Enquanto cavalgavam Naila ainda sentia que algo não estava certo, seu pai estava calado, e um pouco apreensivo.

- Algo o aborrece adad? – ela questionou, enquanto acompanhava os trotes do pônei real.

- O que ele fez a você? O conselheiro.

A princesa congelou, gostaria de omitir tudo sobre Agalardiel e também sobre o passe livre que o rei élfico deu sobre as punições do conselheiro.

- Foi uma luta adad.

Naila se assustou quando o rei anão segurou seu pulso, seu olhar era muito sério, um misto de sentimentos estranhos enquanto sua pupila dilatava com o ódio e adrenalina que se acumulava em suas veias.

- O que ele fez a você, Naila? – ele rosnou dando um aperto em seu braço que a fez sentir vontade de se afastar.

- Me acertou como em toda luta corpórea – ela disse e puxou seu braço.

- O que ainda está me escondendo? Se o elfo disse que foi covardia, e porque viu algo injusto, então não espere que eu pergunte a ele Naila, porque se me fizer fazer isso, vou até Mirkwood com um exército – ele ameaçou fazendo-a engolir em seco.

- Foi Agalardiel, o rei élfico disse que ele queria me usar para atingir o senhor, mas eu não acho que seja isso porque...

- Chega. Não quero ouvir – o rei a interrompeu.

- Mas adad...

- Eu sei bem do que Agalardiel é capaz de fazer, então não me venha com suas desculpas e mania de assumir que as coisas são diferentes para você.

A eternidade e a MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora