Feridas abertas.

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Myelle estava pensando em muitas formas de assassinar um elfo e um anão, seria bom que se espancasse até a morte, a essa altura estava tão irritada que não se importava com o fato do anão, ser o pai de suas filhas, ela tinha medo por Naila, ela realmente amava o elfo e isso complicava muito as coisas, bem ainda tinha duas perguntas não respondida, e nelas constavam o jogo de inferno e céu.

- Deixe-me entrar – ela rosnou para os dois guardas élficos diante da porta dos aposentos do rei élfico.

- Majestade...

- Thranduil! – ela gritou – deixe-me entrar!

O rei élfico abriu a porta de seus aposentos uma pequena fenda para que ela passasse. O rei estava vestindo um robe vermelho que combinava perfeitamente com seus cabelos dourados, com suas pontas retas que chegavam ao meio de suas costas.

- Não venha me dar sermão – ele disse – sua filha é adulta, sabe bem o que faz da vida, e você não tem muita moral para exigir nada de mim.

- Ela é minha filha, tenho todo o direito de exigir coisas de você que dizem respeito ao bem-estar dela – ela respondeu asperamente enquanto cruzava os braços sobre o peito.

- Você não pensou nisso quando se relacionou com meu filho, e o deixou por causa do seu anão.

- Não, realmente não pensei, mas e você pensou? E nem por um segundo pensou em confrontar-me, nem mesmo quando morávamos de baixo do mesmo teto – ela rebateu – e seu filho foi bem insistente se bem me lembro. Mas não estou aqui para remoer coisas do passado, coisas que seu próprio filho esqueceu.

- Não vou deixar sua filha.

- Quero que me responda duas perguntas – ela disse – e exijo que diga a verdade, nada além da verdade.

Thranduil observou a determinação da rainha em encontrar algum traço de mentira em suas feições, e isso o irritou um pouco, sentando-se na poltrona, ele cruzou as pernas.

- Prossiga.

- Ela sabe sobre sua esposa? – Thranduil engasgou com a saliva diante da pergunta da rainha, e tossiu algumas vezes.

- Sim, eu sei sobre ela, Legolas me contou.

- Sim, sua filha sabe – ele gemeu em meio as tosses – sabe de tudo, até de coisas que certamente você não sabe, pelo menos não deveria saber.

- Você a ama?

- Sim, eu a amo – ele respondeu sem hesitar e a olhou nos olhos para afastar qualquer dúvida que a humana tivesse.

- Como fica sua esposa em tudo isso?

- São três perguntas rainha Myelle – ele esbravejou.

- Minha filha lhe ama, e desejo protege-la de qualquer dor que essa sua situação com sua esposa possa lhe causar – ela disse – as perguntas essenciais já foram respondidas, isso é um bônus, seria sábio se respondesse, pois, sua recusa pode soar em minha mente como um aviso para afasta-lo de minha filha, e sabe que diferentemente de Thorin, eu consigo mantê-la bem longe de você.

- Estou livre, nada em Cellin me prende a ela, nem casamento, nem promessas – ele respondeu – somente Legolas.

- Isso quer dizer que você vai corteja-la?

- Sim, se tiver a permissão – com a resposta, a rainha pareceu aliviada.

- Se você ama minha filha, não vou me opor a esse relacionamento, mas você terá que fazer um pedido formal.

- Faria qualquer coisa, já amo sua filha com toda minha alma.

- Eu acredito – ela suspirou – eu realmente acredito, mas meu marido será uma barreira muito mais difícil.

A eternidade e a MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora