Após levar alguns foras, Júlia resolve meter o pé na jaca. E, depois de um fim de semana, tomando todas com as amigas ela resolve que não vai ser demitida por causa de sua beleza. E por isso, apenas por isso , se veste de maneira menos convencional...
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Heitor
Na minha rotineira corrida matinal, chego a cogitar o que estou fazendo da minha vida. Trinta e três anos, dono de uma conceituada construtora e sinto que me falta algo. Bem, deve ser fome.
Volto para casa comprando três sanduíches naturais e um suco de laranja.
- Vai comer aqui? _pergunta a atendente quase se jogando em cima de mim.
Retiro meus fones que ainda berravam Everybody do Backstreet Boys.
- Esses lanches vou levar pra casa, agora é só você anotar o seu telefone.
Rapidamente ela rascunha um nome e um telefone.
Pago a conta e jogo o papelzinho na próxima lixeira.
Ligo pro meu personal marcando algo mais pesado para hoje.
Malhar me dá energias, tudo que eu preciso para o desconhecido de uma sexta à noite.
Chego no escritório e demito Brenda.
Gostosinha, mas sua nota como secretária é abaixo de zero.
Fred, meu melhor amigo, roda na cadeira a minha frente zombando das minhas vinte e cinco demissões em menos de três meses.
- Era uma vez, mais uma secretária.
- Porra Fred, eu tenho cara de cafetão? Eu contrato para serviços profissionais, mas elas acabam na minha cama, então você sabe né cara? Uma vez e tchau.
- Mano sossega esse pau dentro da cueca, assim você vai viver para pagar demissão.
Só me restou dar risadas. Mulheres no plural é simplesmente meu vício e meu ganha pão é a Construtora Prado.
