(COMPLETO) APÓS A CURVA

CAPITULO 46

Júlia

Caraiooooooo.

Para o mundo que eu quero descer.

Como assim, um bebê dentro de mim sem meu consentimento?

Está certo que Thor e eu metemos pra caraio, mas faz sete, sete anos que tomo remédio o único que deu certo, aliás, o que quer dizer que podia ter matado meu bebê, de tantos hormônios anticoncepcional, fora as cachaças e a falta de vitamina.

Perguntei no grupo do Facebook e um tanto de gente disse que já passou pelo menos esse problema com irmã, prima, vizinha, papagaio, periquito e até a jacaroa que mora na lagoa.

Quando chegamos ao quarto eu percebi o que o amor faz com a gente.

Como o bebê até então sem nome, nasceu com vinte e quatro dedos, foi passar por uma pequena cirurgia para voltar a ter vinte dedos.

Thor brincou dizendo que sua porra era tão potente que veio mais coisas no bebê.

Eu juro que desisto de ser mãe de novo.

Um nasce no carro em plena rodovia e o outro nem sabia da sua existência.

Vic olhou pro bebê e disse:

— Oi Davi sou sua irmãzinha.

— Por que Davi, Vic?

— Porque ele é guerreiro mamãe, ele já é vencedor desde a sua barriga.

Eu já disse que amo minha mocinha?

Ela cuidou de mim e é um amor cuidando do irmãozinho.

Ah, sabe quando você espreme a laranja e o caldo sai da cor da casca?

— Davi e Thor, igualzinho boca, nariz, cabelo, olhinho fechado e o jeito grosso de chorar e até de abocanhar o mamilo.

Eita porra que dor desgramenta....

Eu nem tive jeito de preparar o mamilo mesmo com a sucção perfeita de Thor. Fizemos uma chamada de vídeo para a irmã dele.

— Como assim Jujuba, eu aqui na sofrência esperando e você vai lá e ganha?

— É tipo surpresa.

— Ahhhhh ele é lindinhoooooooooo.

E começou a choradeira.

Graças a Deus, no final das setenta e duas horas eu estava indo embora para casa. Foi quando postei a foto do Davizinho no grupo do Whatsapp e do Facebook e ele já ficou cheio de tietes.

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