CAPITULO 48

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Júlia

Eu fiquei com medo de Thor não acreditar em mim, já que todo mundo acredita que gravidez é algo visível por causa do tamanho da barriga e que os bebês mexem. Aqui em casa, nadica de nada.

Eu tive medo de mais uma depressão pós-parto, mas Thor superou qualquer coisa que já tenha sido antes, mudando meu foco para uma lua de mel em família. Devido ao mar vermelho eu não queria que ele me visse nua, já que barriga eu não tive, acabei perdendo uns quilinhos que adquiri sem saber ser de Davi.

Os problemas no paraíso apareceram quando Davi completou um mês.

Ele ficava três dias sem fazer cocô e chorava muito, nem massagem resolvia. Dava simeticona e paracetamol e acalmava um pouco, depois parecia que era água.

Suco de laranja lima.

Chá de ameixa.

Chá de hortelã.

Funcionou no começo, depois na na ni na não.

Comecei a notar uma pequena protuberância na região da barriga que o fazia chorar ainda mais, numa luta constante de fazer cocô e até pra peidar o pobrezinho chorava.

Em uma visita ao pediatra, o diagnóstico.

Hérnia Inguinal.

Na gestação, o saco escrotal não desceu devidamente o que ocasionou um pequeno espaço que doía quando ele fazia força.

Era uma sensação, segundo pesquisas, de ser queimado vivo, não que eu queira sentir essa sensação. Thor esteve o tempo todo do meu lado, me apoiando em qualquer decisão que eu tomasse.

No dia que ele chorou do nada, de ficar vermelho, ele estava com Vic que começou a chorar desesperada.

Eu não fiz nada mamãe eu juro, só estava olhando-o, nem peguei ele no colo.

Thor pegou Davi no colo, para que eu pudesse conversar com minha primogênita.

— Eu sei que ocê não fez nada linda, ocê é a melhor irmã do mundo que o Davizinho poderia ter, deve ser cólica, ocê sabia que tinha umas terríveis de arrepiar os cabelos?

Sério mamãe e como é isso?

— Uai ocê tava dormindo e do nada começava a chorar virada no giraia do choro, aí eu corria com pano quente, chazinho, memedinho até que ocê mimia com a barriguita na minha barriga e tudo dava certo.

Ocê pode fazer isso com o Davizinho? Ele ainda tá chorando.

— É óbvio que posso.

Tirei minha blusa ficando só de soutien e apoiei ele no meu peito o que diminuiu um pouco. Depois disso chegamos à conclusão que ele operaria, até porque se ele cair em uma rotina de nervosismo, não era bom e que poderia emendar para um problema psicológico, emocional e até cardíaco.

Foi uma operação tranquila e favorável, eu super-recomendo, no dia seguinte, já estávamos todos em casa em busca do felizes para sempre.

Não vou mentir, eu Júlia Andrade Prado, fiquei com o coração na mão.

∞∞∞∞

Passado um tempo depois da cirurgia, com o Davi se recuperando cada dia mais e com o fim do resguardo combinei com Julieta, a moça que me ajudava com as crianças de ficar com elas nesse fim de semana, e aproveitar um pouco meu namorido, afinal mesmo com o nascimento surpresa de Davizinho, ainda estávamos na fase do namoro.

(COMPLETO) APÓS A CURVAOnde histórias criam vida. Descubra agora