CAPÍTULO 07

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Já era quase nove horas da manhã e eu alisava meu vestido pela milésima vez

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Já era quase nove horas da manhã e eu alisava meu vestido pela milésima vez. Eu só uso minha versão original para ir para balada uai.

Fui até o espelho fazer a conferência.

Maquiagem? Ok.

Cabelo? Ok.

Vestido? É, ok.

Periquita? Depilada até a porta de saída, você nunca sabe o que pode acontecer em uma reunião!

Vai que eu caio de bunda?

Salto? Nada exagerado então ok.

Nome? Ai Senhor Amado, se eu não esquecer ok.

Aparelho e óculos em casa? Ok.

E então escuto o barulho do motor dele.

Essa noite, eu mal consegui dormir e tive que me masturbar umas três vezes para conseguir me acalmar e dar uma cochilada.
Saio da minha casa, fingindo demorar com a chave e dou uma paradinha, como se tentasse reconhece- lo.

O cafajeste de uma figa, saiu do carro para me esperar e deu uma vontade de meter uma cacetada na orelha dele.

— Você que é o Heitor?

Sim, espero que tenha feito à lição de casa. Júlia te passou tudo?

— Sim senhorrr.

Seu nome?

— Pode me chamar de Leninha.

Prazer Leninha.

Heitor foi me cumprimentar com um beijo no rosto e eu sei que não vou esquecer. Tô me sentindo numa paixonite platônica clichê.

Você está usando o shampoo da Júlia?

— Por quê?

Seu cabelo está cheirando a morango.

— Eu esqueci o meu em casa. Ela me ligou com urgência, aí acabei esquecendo algumas coisas, sorte que ela tem verdadeiras anjas como amiga que me emprestou essa roupa.

Heitor me fez dar uma voltinha e sussurrou:

Anjas mesmo.

— Vamos chefinho? Eu não quero te atrasar.

Demos a volta no carro e ele abriu a porta pra mim.

"Filho da puta, tá querendo me comer e nem esconde. Vou deixar dona Maria dentro da calcinha mesmo. Que putaida uai."

Parece que te conheço de algum lugar Leninha.

— Nunca nem te vi antes.

Não sei, estou com essa sensação.

— Ah eu acho que não. Você gosta de comida japonesa?

Sim, por isso a reunião lá?

— Tem algo que seja realmente gostoso e que não seja cru?

Tem várias coisas por quê?

— É a minha primeira vez.

Vi que Heitor engoliu seco com minha frase.

Eu te ajudo, até porque a Julinha me confiou à priminha para eu cuidar né?

— Nossa ela deixa você chamar ela de Julinha?

Não. _ai que sorriso! Deveria ser proibido alguém sorrir assim.

Você sabe o motivo?

— Eu sei, mas não posso te contar.

Uma dica vai Leninha.

Heitor põe uma mão na minha perna que arrepia até o mais profundo de minhas entranhas.

— E por que estamos falando da minha prima?

É uma curiosidade linda, vai me dá uma dica.

Derretendo igual açúcar virando pirulito, eu não resisti.

— Parece que tem a ver com um ex.

Heitor fez um O tão grande com a boca que me preocupei se ele quebrou o maxilar.

Ela já teve ex?

— Por dois anos. Parece que ele a traiu e ela era linda.

Mentira???????

— Ah não chefinho. Deu de falar da Júlia, o que mais eu tenho que fazer nessa reunião???

∞∞∞∞

(COMPLETO) APÓS A CURVAOnde histórias criam vida. Descubra agora