Dois dias depois
O grupo resolveu se hospedar em um bar, onde o andar de cima dele continha uma pequena pousada. Não era nada muito luxuoso, mas era barato e oferecia conforto.
Por conta de sua magia de cura, assim que acordou Ron já se curou sozinho e se recuperou rapidamente.
Agora, eles estavam sentados em uma das mesas do bar almoçando alguma coisa barata.
Todos escolheram qualquer sanduíche e uma bebida, cerveja no caso de Ron e Monika, e suco no caso de Winry e Yuki.
O bar era simples. Mesas e cadeiras feitas de madeira eram distribuídas pelo espaço. Um balcão, igualmente de madeira, com uma prateleira atrás se encontrava no fundo bar logo do lado da escada para o segundo andar, onde se encontrava a pousada.
As prateleiras eram repletas dos mais variados tipos de cerveja, de diferentes partes do mundo. Desde o Norte, até o Sul.
A porta da cozinha ficava do outro lado do balcão e era discreta, ninguém percebia muito nela, pois quase que se camuflava com as paredes de madeira.
No teto se encontrava um candelabro de ponta cabeça, sem velas, provavelmente de decoração.
As garçonetes andavam pelo bar inteiro, servindo cerveja e comidas para os clientes. Passando pela porta da cozinha e carregando para lá e para cá bandejas com cervejas e comida. Elas vestiam saias curtas e blusas com decote. Isso não passava a limpo pelos homens.
Um grupo deles as abusavam verbalmente e todos percebiam isso, ao não faziam nada.
As garçonetes trabalhavam incomodadas com isso, mas disfarçavam seu melhor sorriso para não afastar os clientes.
O que parecia ser o "líder" da gangue, era musculoso e tinha uma postura ameaçadora, vestia uma regata rasgada e tinha cabelos loiros em um tom de amarelo ridículo, e a textura parecia palha. E por isso todos resolveram não interferir.
Diferente de sempre, Ron tinha uma expressão séria no rosto, como se pensasse em algo.
-- Está tudo bem? - Yuki perguntou para o amigo. - Você parece estar distante.
Ron abriu um sorriso mínimo e disse:
-- Eu tô bem sim, não se preocupe.
O garoto sabia que o ruivo estava mentindo, pois seus olhos expressavam outra coisa, raiva. Mas resolveu deixar quieto.
Então, o "líder" do grupo levantou a mão, chamando uma das garçonetes.
Meio receosa, ela foi até ele e apenas tentou ser gentil, forçando um sorriso bem convincente. Segurando a bandeja de forma de tentar esconder os seios.
-- Tem algum quarto disponível na pousada? - ele perguntou.
-- Eu acho que sim senhor, por quê? - ela perguntou com medo da resposta.
-- Quanto você quer pra me dar essa noite? - ele deu um sorriso malicioso.
A garçonete se assustou e recuou alguns paços para trás, se protegendo com a bandeja que carregava. O loiro deu uma risada.
Ron se levantou de repente, assustando Yuki com sua próxima ação.
O ruivo segurou o homem pela gola da camisa e o jogou contra uma das mesas, quase a quebrando, e ainda segurando sua gola e deu um soco com força, em seu rosto, fazendo seu nariz sangrar.
As garçonetes não sabiam se ficavam aliviadas ou com mais medo, e escolheram temer pelo que estava prestes a acontecer e foram se esconder na cozinha do bar.
-- DESGRAÇADO! - ele berrou.
Os outros três homens que o acompanhavam seguraram Ron e o líder deles levantou da mesa e passou os dedos pelo nariz sangrento.
-- Quebrou... - sua voz mostrava todo o seu ódio, apesar de soar baixa.
O homem devolveu o soco, mas Ron quase não sentiu por conta de suas escamas convertidas em pele.
Monika também se levantou e deu um chute bem no meio do rosto de um dos capangas que seguravam Ron. O homem garfo e de cabeça raspada cambaleou para trás e amaldiçoou a mãe da loira. Seu nariz também havia quebrado.
Yuki apenas assistia de forma assustada a briga. Até Monika entrou nela!
O outro capanga, alto e magro, segurou com força o rabo de cavalo de Monika e puxou para cima, a fazendo gritar de dor e colocar as mãos no braço do outro, tentando se livrar.
Yuki também se levantou, mas para tentar acabar com essa briga.
-- PAREM COM ISSO TODOS VOCÊS! - ele berrou, apesar de estar com medo. - Não é melhor vocês pelo menos tentar se acalmar e conversar como pessoas civilizadas?! VOCÊS PARECEM ANIMAIS!
Ele é respondido com um soco no estômago de um outro capanga, que havia se recuperado do chute da moça, ele era baixinho e gordo, se assemelhavam a uma bola.
Monika conseguiu se livrar e vingou o amigo com uma cotovelada nas costelas.
Aos poucos, todas as pessoas do bar começaram a se envolver na briga. Mesmo sem entender o que estava acontecendo, elas batiam em todos o que alcançavam, pois se não seriam espancadas.
Mesas e cadeiras voavam para todos os lados, se quebrando na metade ou em pedaços menores. Canecas, pratos, tudo o que podia se imaginar em um bar eram arremessados para todos os lados.
Por sorte, ninguém usava suas magias, apenas batiam um no outro aleatoriamente.
Mulheres, homens, jovens, todos se agrediam com todas as suas forças como se fosse o fim do mundo.
Apenas Winry continuou no mesmo lugar, e como se nada estivesse acontecendo, continuou a comer seu sanduíche e a tomar seu suco.
O local estava um caos. As pessoas eram arremessadas pelas janelas, quebrando o vidro. Tudo estava uma gritaria e ninguém entendia o que as pessoas estavam gritando.
De repente, a porta foi escancarada com um chute e todos pararam de se bater.
Era como se tivessem apertado o botão de pause. As pessoas pararam e não se moveram. Alguns tinham os rostos sangrando, outros nem conseguiam se levantar direito, tinha alguns que até seguravam uma garrafa vazia de cerveja para arremessar na cabeça de alguém.
Alguns guardas, vestidos da cabeça aos pés com uma armadura de ferro, entraram no bar.
No mesmo instante, um homem chegou no guarda e deu um soco em seu rosto, mas se arrependeu ao sentir o ferro da armadura chocar contra seu punho.
-- TODOS VOCÊS - o guarda berrou a pesar de não ser necessário. - TODOS SERÃO PRESOS!
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Magia Mística [EM REVISÃO]
AdventureYuki perdeu a mãe muito cedo, e por esse motivo foi sempre muito apegado ao pai. Com seus 17 anos de idade, Yuki sofre constantemente em sua pequena vila, já que seu pai é considerado o "Louco da Vila" por acreditar em seres não humanos. O sumiç...