Capítulo XLI

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                Com Yuki e o pessoal

  Acordaram na manhã do dia seguinte. Ainda se encontravam nas ruínas do castelo do Reino Oeste.

  Yuki se levantou com um bocejo e se espreguiçou. Todos já haviam acordado e pareciam estar prontos para uma viagem.

  O dia estava nublado e o sol brilhava fracamente em meio as nuvens.

  -- Finalmente acordou - Monika disse. - Vamos logo, não quero perder tempo.

  -- O quê? - Yuki perguntou sem entender nada.

  -- A gente contou pra ela sobre o que você disse ontem - Ron explicou. - Monika não quer perder tempo para salvar Winry.

  -- E para onde vamos? - Yuki perguntou.

  -- Para a capital do Reino Central - o pai de Yuki respondeu. - Eu tenho um amigo registrador que trabalha para o rei, isso significa uma passagem para dentro do castelo.

  -- Tá, mas eu não entendi como isso pode nos ajudar - Yuki disse continuando sem entender nada.

  -- Dentro de um castelo sempre tem uma biblioteca - Monika disse como se fosse óbvio. - E as bibliotecas nos castelos são aquelas com os melhores livros. Se queremos aprender Magia de Portal, a gente tem mais chance de encontrar lá do que em outros lugares.

  -- Entendi - Yuki disse.

  Um brilho branco envolveu Ron e ele se transformou em um enorme dragão vermelho.

  Yuki, Monika e o pai de Yuki montaram no dragão e decolaram.

  O senhor não pode conter algumas exclamações surpresas e curiosas, muito parecidas com as do filho, pois era sua primeira vez montando em um dragão.

  -- A propósito - Monika disse. - Qual é o seu nome, senhor?

  -- Lloyd - ele respondeu.

  O vento batia suavemente pelos rostos dos "passageiros", já que Ron havia pegado o costume de viajar em velocidade baixa, por conta de Yuki.

  Monika não podia negar que sentia falta de Winry sentada logo a sua frente, sorrindo ao sentir o vento em sua pele. Mas pelo menos tinha Yuki.

  Viajaram por alguns minutos no céu nublado e pousaram em uma clareira no meio da floresta, perto da capital do Reino Central.

  Todos saíram de cima de Ron, e o garoto foi envolvido por um brilho branco, voltando novamente a forma humana.

  -- Para que lado que nós devemos ir? - Yuki perguntou.

  -- Para o Norte - Ron apontou para a direção.

  -- Então vamos logo - Monika tomou a liderança como sempre, mas dessa vez sem Winry.

  Andaram em silêncio por algumas horas, cada um com seu próprio pensamento, mas com uma única determinação: resgatar Winry.

  Depois de um bom tempo apenas vendo árvores, insetos e pequenos animais, finalmente se encontraram em uma estrada.

  -- Finalmente! - Monika comemorou. - Tava demorando!

  A estrada dava para o portão de entrada da capital do Reino Central.

  Ele não era cercado por um muro de pedra, ou tinha guardas nas entradas. Se continuassem a andar, já estariam na capital.

  Diferente da capital do Reino Leste, ela era pequena e bem rica. O Reino Central sempre foi conhecido pela sua riqueza em minérios.

  Já podiam ver o castelo ao longe, feito de tijolos cor de creme, era retangular e não tinha muitas torres.

  Depois de ter uma vista geral do lugar, começaram a andar em direção ao castelo.

  -- Tem certeza que seu amigo vai te receber no castelo? - Yuki perguntou.

  -- Somos amigos de infância - Lloyd afirmou. - Vai ficar tudo bem.

  Após mais alguns momentos de silêncio, Yuki perguntou algo para seu pai que o incomodava faz um curto período de tempo.

  -- Por que está me ajudando?

  -- Porque você é meu filho - foi a resposta. - Os pais devem ajudar os filhos, certo?

  Yuki não ficou satisfeito com a resposta e seu pai percebeu isso. Seu filho era um garoto curioso, que não se satisfazia a não ser que a resposta seja convincente o suficiente.

  -- É que você arriscou sua vida pra me salvar - Lloyd disse. - Eu acho que como pai, e como humano, eu devo devolver o favor.

  O garoto concordou com a cabeça e voltou os olhos para a estrada.

  Logo entraram na capital. A estrada a cortava pela metade, mas olhasse tudo por cima, várias estradas a cortavam e formavam o que parecia uma estrela.

  As casas eram simples, mas ricas. Não eram exageradamente grandes, mas todas tinham jardins bem cuidados e uma arquitetura bem elaborada.

  -- Como a gente vai entrar dentro do castelo? - Monika perguntou. - Não é tão simples como parece, certo?

  -- A gente entra por trás - Lloyd explicou. - Por onde os funcionários e prisioneiros entram. Tem apenas um guarda na estrada e devemos falar para ele chamar meu amigo, e assim temos uma passagem de graça para o castelo.

  -- Se você diz - Monika deu de ombros.

  Passaram pelo que parecia o centro da Capital. O comércio local era feito em lojas, e a maioria eram ferrarias, joelheiras e relojoarias.

  Passaram reto, ignorando os comerciantes que faziam suas propagandas, chegando assim, no castelo.

  Encararam um pouco a entrada. Não era tão alta e nem tão baixa, era muito retangular. A porta também era retangular.

  -- É tudo muito retângulo - Ron comentou. - Parece até que o rei gosta de viver em caixas de sapato.

  -- A gente não tem tempo pra perder pelo que eu sei - Monika disse. - Vamos logo.

  A garota novamente tomou a liderança e caminhou para a parte de trás do castelo.

  Como previsto, havia uma pequena entrada, retangular, sendo guardada por um único guarda.

  -- Com licença - o pai de Yuki começou. - Eu estou aqui para ver o registrador, John. Fale que Lloyd o quer ver.

  -- E quem é você para falar com o registrador? - o guarda retrucou. - Me parece só um velho.

  Ron tirou da bota um saquinho com moedas de ouro e entregou para o guarda.

  Ele o abriu e guardou o saquinho na armadura que usava. Assentiu com a cabeça e entrou no castelo.

  -- Não precisava ter subornado ele - Monika disse indiferente. - Eu acho que uma ameaça já dava conta.

  Os garotos acharam melhor ignorar essa última fala.

  Depois de uns minutos de espera, o guarda retornou com um homem logo atrás dele.

  Ele parecia ter a mesma idade do pai de Yuki, usava uma roupa que se assemelhavam com um roupão. Seus cabelos eram completamente grisalhos e seus olhos eram castanhos claros.

  -- Lloyd! - ele disse com um sorriso.

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