Com Yuki e o pessoal
Acordaram na manhã do dia seguinte. Ainda se encontravam nas ruínas do castelo do Reino Oeste.
Yuki se levantou com um bocejo e se espreguiçou. Todos já haviam acordado e pareciam estar prontos para uma viagem.
O dia estava nublado e o sol brilhava fracamente em meio as nuvens.
-- Finalmente acordou - Monika disse. - Vamos logo, não quero perder tempo.
-- O quê? - Yuki perguntou sem entender nada.
-- A gente contou pra ela sobre o que você disse ontem - Ron explicou. - Monika não quer perder tempo para salvar Winry.
-- E para onde vamos? - Yuki perguntou.
-- Para a capital do Reino Central - o pai de Yuki respondeu. - Eu tenho um amigo registrador que trabalha para o rei, isso significa uma passagem para dentro do castelo.
-- Tá, mas eu não entendi como isso pode nos ajudar - Yuki disse continuando sem entender nada.
-- Dentro de um castelo sempre tem uma biblioteca - Monika disse como se fosse óbvio. - E as bibliotecas nos castelos são aquelas com os melhores livros. Se queremos aprender Magia de Portal, a gente tem mais chance de encontrar lá do que em outros lugares.
-- Entendi - Yuki disse.
Um brilho branco envolveu Ron e ele se transformou em um enorme dragão vermelho.
Yuki, Monika e o pai de Yuki montaram no dragão e decolaram.
O senhor não pode conter algumas exclamações surpresas e curiosas, muito parecidas com as do filho, pois era sua primeira vez montando em um dragão.
-- A propósito - Monika disse. - Qual é o seu nome, senhor?
-- Lloyd - ele respondeu.
O vento batia suavemente pelos rostos dos "passageiros", já que Ron havia pegado o costume de viajar em velocidade baixa, por conta de Yuki.
Monika não podia negar que sentia falta de Winry sentada logo a sua frente, sorrindo ao sentir o vento em sua pele. Mas pelo menos tinha Yuki.
Viajaram por alguns minutos no céu nublado e pousaram em uma clareira no meio da floresta, perto da capital do Reino Central.
Todos saíram de cima de Ron, e o garoto foi envolvido por um brilho branco, voltando novamente a forma humana.
-- Para que lado que nós devemos ir? - Yuki perguntou.
-- Para o Norte - Ron apontou para a direção.
-- Então vamos logo - Monika tomou a liderança como sempre, mas dessa vez sem Winry.
Andaram em silêncio por algumas horas, cada um com seu próprio pensamento, mas com uma única determinação: resgatar Winry.
Depois de um bom tempo apenas vendo árvores, insetos e pequenos animais, finalmente se encontraram em uma estrada.
-- Finalmente! - Monika comemorou. - Tava demorando!
A estrada dava para o portão de entrada da capital do Reino Central.
Ele não era cercado por um muro de pedra, ou tinha guardas nas entradas. Se continuassem a andar, já estariam na capital.
Diferente da capital do Reino Leste, ela era pequena e bem rica. O Reino Central sempre foi conhecido pela sua riqueza em minérios.
Já podiam ver o castelo ao longe, feito de tijolos cor de creme, era retangular e não tinha muitas torres.
Depois de ter uma vista geral do lugar, começaram a andar em direção ao castelo.
-- Tem certeza que seu amigo vai te receber no castelo? - Yuki perguntou.
-- Somos amigos de infância - Lloyd afirmou. - Vai ficar tudo bem.
Após mais alguns momentos de silêncio, Yuki perguntou algo para seu pai que o incomodava faz um curto período de tempo.
-- Por que está me ajudando?
-- Porque você é meu filho - foi a resposta. - Os pais devem ajudar os filhos, certo?
Yuki não ficou satisfeito com a resposta e seu pai percebeu isso. Seu filho era um garoto curioso, que não se satisfazia a não ser que a resposta seja convincente o suficiente.
-- É que você arriscou sua vida pra me salvar - Lloyd disse. - Eu acho que como pai, e como humano, eu devo devolver o favor.
O garoto concordou com a cabeça e voltou os olhos para a estrada.
Logo entraram na capital. A estrada a cortava pela metade, mas olhasse tudo por cima, várias estradas a cortavam e formavam o que parecia uma estrela.
As casas eram simples, mas ricas. Não eram exageradamente grandes, mas todas tinham jardins bem cuidados e uma arquitetura bem elaborada.
-- Como a gente vai entrar dentro do castelo? - Monika perguntou. - Não é tão simples como parece, certo?
-- A gente entra por trás - Lloyd explicou. - Por onde os funcionários e prisioneiros entram. Tem apenas um guarda na estrada e devemos falar para ele chamar meu amigo, e assim temos uma passagem de graça para o castelo.
-- Se você diz - Monika deu de ombros.
Passaram pelo que parecia o centro da Capital. O comércio local era feito em lojas, e a maioria eram ferrarias, joelheiras e relojoarias.
Passaram reto, ignorando os comerciantes que faziam suas propagandas, chegando assim, no castelo.
Encararam um pouco a entrada. Não era tão alta e nem tão baixa, era muito retangular. A porta também era retangular.
-- É tudo muito retângulo - Ron comentou. - Parece até que o rei gosta de viver em caixas de sapato.
-- A gente não tem tempo pra perder pelo que eu sei - Monika disse. - Vamos logo.
A garota novamente tomou a liderança e caminhou para a parte de trás do castelo.
Como previsto, havia uma pequena entrada, retangular, sendo guardada por um único guarda.
-- Com licença - o pai de Yuki começou. - Eu estou aqui para ver o registrador, John. Fale que Lloyd o quer ver.
-- E quem é você para falar com o registrador? - o guarda retrucou. - Me parece só um velho.
Ron tirou da bota um saquinho com moedas de ouro e entregou para o guarda.
Ele o abriu e guardou o saquinho na armadura que usava. Assentiu com a cabeça e entrou no castelo.
-- Não precisava ter subornado ele - Monika disse indiferente. - Eu acho que uma ameaça já dava conta.
Os garotos acharam melhor ignorar essa última fala.
Depois de uns minutos de espera, o guarda retornou com um homem logo atrás dele.
Ele parecia ter a mesma idade do pai de Yuki, usava uma roupa que se assemelhavam com um roupão. Seus cabelos eram completamente grisalhos e seus olhos eram castanhos claros.
-- Lloyd! - ele disse com um sorriso.
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Magia Mística [EM REVISÃO]
PrzygodoweYuki perdeu a mãe muito cedo, e por esse motivo foi sempre muito apegado ao pai. Com seus 17 anos de idade, Yuki sofre constantemente em sua pequena vila, já que seu pai é considerado o "Louco da Vila" por acreditar em seres não humanos. O sumiç...