Capítulo XXX

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  Yuki percebeu que esse alguém era Monika.

  -- Seu idiota! Você ia realmente ficar parado esperando que ele viesse te matar?!

  Ela saiu de cima de Yuki e o garoto se levantou.

  Monika segurou o pulso de Yuki e saiu correndo em direção a porta.

  -- Vamos fugir.

  Yuki apenas deixou ser guiado pela loira. Ainda não tinha passado o choque de que havia machucado alguém.

  Atravessaram o salão e encontraram com Ron e Winry.

  A porta estava fechada e infelizmente era abria para dentro.

  Julius não perdeu tempo e correu em direção a eles. Com sua espada desferiu um golpe que quase acertou a cabeça de Yuki.

  Anéis magenta apareceram nos braços de Monika e ela abriu um buraco na porta.

  -- Vamos! - ela gritou.

  Ron e Monika passaram pelo buraco, mas Julius conseguiu prender Yuki contra a porta.

  De repente o rapaz foi atingido com uma voadora com os dois pés, e era Winry. Apenas a espada dele continuou fincada na porta.

  -- Vocês vão na frente e eu distraio ele! - Winry gritou.

  Todos concordaram e saíram correndo para tentar sair do castelo.

  Passaram primeiro no quarto de Yuki para buscar sua espada e saíram em disparada para o portão principal.

  Ao atravessar o portão principal se depararam com o jardim. Guardas e mais guardas já os esperavam e suas ordens eram para matar.

  Se prepararam para lutar. Yuki usava golpes de espada, Monika usava sua magia de destruição e Ron usava sua Magia da Floresta e usava as roseiras como forma de prender os guardas.

  No salão se encontrava apenas Winry, Julius e Kiara. A princesa continuava a chorar e Julius encarava a garotinha. Se olhar matasse, Winry já teria morrido.

  -- Odeio ter que matar crianças mas eu preciso seguir as ordens da princesa. - com a espada em mãos ele começou a andar lentamente em direção a Winry. - Prometo ser rápido.

  Winry não estava com um pingo de medo. Se andar devagar era um plano para fazer a garota entrar em desespero não estava dando certo nem de longe.

  -- Também prometo fazer com que isso seja indolor - Winry disse.

  Ela levantou uma das mãos para o alto e Julius não entendeu muito bem, mas apenas continuou a avançar para cumprir a ordem da princesa.

  Winry abaixou o braço com um movimento rápido e uma rajada de vento fortíssima inrrompeu sua frente.

  Como uma lâmina, o vento havia cortado Julius na metade. Cada pedaço dele tombou para um lado, deixando sua parte sangrenta para cima e manchando o chão com o vermelho do sangue.

  Kiara levantou a cabeça e encarou a cena. Ver Julius morto fez a princesa entrar em desespero.

  Ela começou a chorar mais do que nunca e tremia de medo.

  Winry a encarou por alguns instantes mas virou as costas e andou em direção a porta de saída.

  -- Não vale a pena sujar minhas mãos com você. Só fiz isso porque esse homem ousou machucar meu amigo.

  A garotinha saiu do salão deixando um rapaz morto e uma garota em prantos para trás.

  Winry correu para fora do castelo e quando chegou nos jardins, o trio já havia acabado com todos os soldados de lá.

  O quarteto de uniu e correu para fora dos muros do castelo.

  -- Como está de noite, podemos viajar a dragão com facilidade e temos que sair o mais rápido possível daqui - Monika disse.

  A garota já ia correndo pela estrada principal e Yuki a impediu segurando seu pulso.

  -- Espera, se nosso objetivo é não ser visto, a gente tem que ir pelos becos da capital.

  -- Mas eles vão trancar a cidade, a gente precisa ir logo - Monika argumentou.

  -- E se vocês brigarem assim não vai dar tempo pra nada! - Winry interrompeu. - Se a gente for pelos becos, a gente vai perder tempo mas vamos evitar o combate. Já indo pela estrada principal vai ser mais rápido, mas provavelmente vai ter guardas esperando pela gente.

  -- Resumindo - Ron disse. - Vamos pelos becos.

  O ruivo tomou a liderança e saiu correndo na frente, em direção as quebradas e os outros o seguiram.

  Correram por um bom tempo. Virando inúmeras curvas e de vez em quando se encontrando em um beco sem saída. Por sorte não encontraram ninguém.

  Quando finalmente chegaram no grande muro que dividia a capital do Reino do Sul do resto do mundo, alguns guardas patrulhavam o local e pareciam estar prestando mais atenção do que o normal. O quarteto de encontrava escondido atrás de alguns balaios que acharam por lá.

  -- E agora? - Winry sussurrou. - A gente ataca?

  -- Eu já sei o que eu posso fazer - Ron disse. - Vê aquelas árvores do lado de fora do muro? - ele apontou para através do portão de ferro.

  As árvores viraram suas copas em direção ao portão e as suas folhas acertaram os guardas como balas de revólveres. A maioria estava com os capacetes abertos e foram atingidos no rosto e caíram inconscientes no chão.

  -- Não sabia que folhas matavam - Monika deu de ombros e saiu de trás do balaio. - Vamos.

  Todos saíram da Capital pelo portão e andaram mais um pouco até achar uma floresta. Ouvia-se o cantar das cigarras e o piar das corujas.

  Adentraram na floresta e acharam a clareira onde a enorme serpente encontrava morta.

  -- Parece que ninguém encontrou ela até agora - Winry disse.

  -- Ou já encontraram e saíram correndo - Ron sugeriu.

  -- Tanto faz, a gente precisa ir embora daqui logo antes que aquela princesa louca venha atrás da gente - Monika disse.

  Uma luz branca envolveu Ron e ele se transformou em um enorme dragão vermelho.

  Os três montaram em Ron e ele decolou, ganhando os céus.

  -- Yuki - Winry chamou.

  -- Sim? - ele perguntou.

  -- Eu posso ver seu punhal? Aquele em que você atacou o cavaleiro da princesa.

  -- Ah, sim - ele tirou o punhal do colete e entregou com cuidado para Winry. - Só toma cuidado, era da minha mãe.

  -- Okay! - Winry pegou o punhal com as mãos e começou o analizar passando os dedos pelos diamantes negros.

  Depois de alguns minutos Yuki acabou adormecendo com a sensação gostosa do vento batendo em seu rosto e resolveu usar Monika como um apoio.

  -- Winry, por que você pediu o punhal do Yuki? - Monika perguntou.

  -- Queria analisá-lo - Winry diz ainda segurando o punhal. - E o engraçado é que minha suspeita estava certa.

  -- Suspeita de quê? - Monika indagou um uma sombrancelha erguida.

  -- Esse punhal - a garotinha respondeu. - Ele é dos demônios.

Magia Mística [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora