Capítulo XXV

40 4 0
                                    

  O resultado da muvuca no bar foi que todos foram presos. Precisaram de umas quinze carruagens para transportar todos até a masmorra do castelo.

  Monika, Ron, Yuki e Winry se encontravam em uma das carruagens. Os três estavam algemados mas Winry estava solta.

  Os guardas recusaram algemar e prender uma garotinha que não tinha nada a ver com o barraco, mas Winry foi tão teimosa que eles acabaram desistindo e trancaram ela junto com os amigos.

  Confiscaram a bolsa e a espada de Yuki, mas deixaram o livro com Winry, já que ela não tinha nada a ver com isso e não viam como um livro Pordeus se tornar uma ameaça.

  Ron curava os ferimentos de Yuki e Monika enquanto os guardas não prestavam atenção neles.

  Quando finalmente, todas as carruagens foram ocupadas, elas começaram a andar.

  A carruagem era toda feita de madeira, pequena, com dois acentos um de frente para outro e apenas cabia quatro pessoas lá dentro, e não tinha janelas, o que deixava o calor quase que insuportável.

  -- Eu nunca pensei que seria preso algum dia - Yuki comentou tristonho.

  -- Bem, a gente só precisa escapar, né? - Winry perguntou com seu sorriso que quase nunca desaparecia.

  -- Mas como a gente vai escapar de um castelo lotado de soldados? - Yuki perguntou. - Vocês realmente não estão pensando nisso, certo?

  -- Bem, a gente não vai ficar na masmorra do castelo para sempre - Monika comentou. - A gente vai participar de um julgamento e eles vão decidir se somos culpados ou não. Se formos, seremos jogados na prisão.

  -- Mas o julgamento demora mais ou menos uma semana para acontecer - Ron completou. - Se na hora que eles nos mandarem para o tribunal a gente escala. Vai ter só alguns guardas, não?

  -- Espera - Yuki interrompeu. - Vocês não estão realmente pensando em fazer isso, estão?

  -- Se a gente não fizer isso, a gente pode passar uns dois anos na cadeia - Ron explicou. - Isso vai atrasar muito a nossa jornada para encontrar seu pai. E a gente quer encontrar ele logo, não? - ele deu uma piscadela.

  Yuki sorriu, eles realmente se preocupavam com seu objetivo de encontrar seu pai.

  -- Mas se não fosse por isso, vocês não estariam aqui - Yuki disse.

  -- Mas a gente viveu tantas aventuras juntos! - Winry disse. - Foi divertido e valeu apena! A gente não teve um momento se quer de tédio!

  -- Você poderia começar a ler o livro, não? - Monika perguntou.

  -- Certo, certo - Winry concordou. - Mas quando a gente ficar preso lá, vai ter muito tempo de tédio, então vou ler lá.

  -- Você não tá pensando em ficar na masmorra com a gente, tá?! - Yuki perguntou.

  -- Mas se eu não for lá, pra onde eu vou? - ela perguntou como se fosse óbvio.

  -- Você volta pro bar, eles vão te aceitar lá.

  -- Mas eu não fiz toda aquela birra a toa! Eu vou ficar com vocês e pronto! É sempre mais divertido quando estamos juntos!

  -- Mas mudando de assunto - Yuki disse. - Eu realmente achei muito gentil o que você fez lá no bar Ron.

  O moreno sorriu mas Monika disse:

  -- Gentil?! O Ron quase matou o cara na porrada!

  -- Eu quis dizer que a intenção dele era gentil - ele se explicou agitando os braços no máximo que as algemas permitiam.

  -- Tá quente aqui dentro, não? - Monika disse.

  -- Eu cuido disso! - Winry fez um movimento com dedo e uma leve brisa fria começou a correr pela carruagem, mesmo que não tivesse janelas.

  -- Bem melhor agora - Monika disse.

  Quando menos esperavam, a carruagem parou e a brisa em que Winry tinha feito sumiu. Tinham chegado ao castelo.

  -- A gente já chegou? - a garotinha perguntou.

  -- Parece que sim - Yuki respondeu. - Mas não dá para ter certeza.

  A pergunta foi logo respondida quando um guarda abriu a porta da carruagem e tirou os "passageiros" para fora dela.

  Eles estavam no lado de trás do castelo. Atrás deles se encontravam um grande muro de pedra e um portão de madeira.

  O castelo estava logo a sua frente e era tão alto e grande que dava dor no pescoço apenas de olhar para cima.

  O castelo era inteiramente feito de tijolos cor de creme e os telhado tinham cor de vinho. Ele era repleto de torres e mais torres, além de pequenas bandeiras em cada torre, de cor de vinho também.

  Ele era retangular se visto de cima, mas por conta das torres, ele parecia ser circular.

  Algumas pontes conectavam uma torre com a outra, mas também haviam torres sem ligação a outras.

  Logo ao lados deles, passaram uma bela jovem de cabelos loiro-caramelados e olhos azuis turquesa. Ela escondia parte do rosto com um leque vermelho e usava um longo vestido vermelho e preto. Seu cabelo era juntado em um coque no topo da cabeça e um pouco acima de sua orelha se encontrava uma rosa vermelha.

  Ao lado dela se encontrava um jovem de cabelos que iam um pouco antes dos joelhos e eram lisos, parecia com os de Rei, a não ser que a cor era castanha e seus olhos eram negros. Vestia um sobretudo branco e botas pretas. Resumindo: poderia ser facilmente confundido com o garoto-polvo que o grupo havia conhecido no começo da viagem.

  Os olhos de Yuki encontraram com os da jovem. Eles se encaram por um instante e a garota desviou o olhar.

  A garota disse algo para o rapaz ao seu lado, que não conseguiram ouvir e ele respondeu algo que também eles não conseguiram ouvir e os dois foram embora.

  Yuki foi trazido a realidade quando sentiu um puxão na perna.

  -- Eu não quero ir! - era Winry.

  A garotinha se encontrava grudada na perna do rapaz enquanto um dos guardas tentava a puxar.

  -- Mas você não pode ficar aqui - ele falava.

  -- Não importa! Eu quero ficar! - ela gritava.

  Ela era tão teimosa, que o guarda acabou desistindo e deixando ela onde estava.

  Então, eles começaram a serem empurrados para uma porta que provavelmente levava as masmorras.

  Eles desceram uma escada em espiral escoltados por guardas e eles prenderam os "criminosos" em grupos de quatro e tomaram o cuidado de não colocar o grupo de Ron com a gangue em que quase mataram na briga.

  Mas uma vez um dos guardas tentou persuadir Winry a sair de lá, mas ela novamente recusou.

  Então os quatro foram trancados na cela.

Magia Mística [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora