Vinte e cinco

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Tobirama olhou para Mayumi que assinava os papéis que ele já havia lido e um sorriso surgiu em seus lábios enquanto ele abria a gaveta da mesa do escritório.

Ela estava de quase 42 semanas e ainda assim parecia agir normalmente perante a isso, ambos já haviam casado e não saíram em lua de mel por questões óbvias.

Não faz muito tempo desde que eles se tornaram marido e mulher mas ela não era oficialmente uma kunoichi de Konohagakure. O Senju se colocou atrás dela e amarrou o objeto na testa da esposa que se arrepiou ao sentir o tecido gélido.

- O que é isso?

- Minha bandana. - Ela arregalou os olhos e o olhou vendo o sorriso no rosto dele. - Hashirama me deu quando se tornou hokage e... Quero que seja sua, veja como um presente. É especial para mim.

- A-arigatō, Tobirama-kun. - Sorriu com o rosto avermelhado e ele beijou os lábios dela.

- Essa bandana me deu muita sorte também. - Ela sorriu mais abertamente o deixando aliviado

- Certo, vou tomarei cuidado com ela, não se preocupe.

- Sei que sim. Vamos para casa?

- Claro.

Uzumaki Mayumi.
Dia seguinte.

Saio do banheiro após fazer minha higiene matinal e coloquei a mão na barriga sentindo um chute.

Eu não estou inchada, gorda ou com qualquer outro sintoma de gravidez que daria em mulheres normais sem mencionar que minha barriga está pequena.

É uma menina e quando contei ao Tobirama ele começou a chorar enquanto me abraçava mas ele não foi o único, quando fiz a consulta também chorava de alegria e já comecei a pesquisar o enxoval.

Eu realmente pareço uma criança que comeu seu doce preferido após muitos anos mas não é isso, é a primeira vez que estou sendo mãe, que carrego uma criança em meu ventre e mesmo sabendo que não é a última vez nunca esquecemos o fruto de um verdadeiro amor.

- Ohayo! — Sorrio entrando na cozinha e Tobirama engoliu a torrada

- Ohayo. — Beijo sua testa e bocejo espreguiçando o corpo. — Como se sente hoje?

- Bem... Mas... — Coloco a mão na barriga e ele faz o mesmo. — Tem alguém muito animada.

- Hum, é mesmo? Esta pensando em sair tão cedo, Megumi?

- Se ela responder eu saio correndo. — Falo rindo e sinto minhas costas doerem o que faz eu me sentar na cadeira.

- Tudo bem?

- Sim, eu vou ao hospital e depois irei comprar o que falta.

- Qualquer coisa me avise.

- Pode deixar, Nidai-sama.

- Não querendo apressar mas quando você acha que vai voltar a fazer missões?

- Quando ela tiver uns três anos ou antes. Por que?

- Porque você é a melhor kunoichi sem mencionar que as situações entre as nações estão ficando preocupantes.

- Por que?

- Eles querem as bijuus e mesmo você não saindo de Konoha eles sabem da sua gravidez, o que só aumenta a nossa preocupação. — Coloco a mão sobre a dele que me olha fazendo-me sorrir.

- Nada vai acontecer, está bem? E só os ninjas de mais alta classe e de confiança irão vigiar o local do parto, ficaremos bem.

- Eu sei. — Beija minha mão e solto o ar começando a me servir

- Mas falando de outra coisa... Se fica tão duro por mim, por que não transamos? — Ele engasgou corando e o olhei. — Eu sei que é complicado e te entendo mas você parou, quando eu estava de oito meses.

- Então ambos estamos necessitados. — Sorriu me fazendo suspirar.

- Eu já disse que amo seu sorriso?

- Sim, mas eu particularmente amo o seu.

- Como será que ela vai ser? — Falo me animando e ele gargalha

- Não sei, mas sei que já está na hora de você comer.

- Ah é. — Sorrio e corto um pedaço da panqueca mas pego a calda de chocolate colocando por cima das fatias. — Mas será que ela vai ser 100% a sua cara ou vai ter detalhes meus?

- Ou talvez ela seja como você fisicamente.

- Mas ela seria rabugenta, com um ódio sanguinário pelos Uchiha.

- Eu não odeio os Uchiha, me apaixonei por uma, inclusive.

- Em minha defesa, não sou uma Uchiha. — Sorrio e bebo um pouco da vitamina de banana. — Mas agradeço pelo elogio.

- Irei ao escritório, encontrar Hashirama então tome cuidado e...

- Sim, irei avisa-lo assim que sair do hospital e não se preocupe, Mito e Hideki estarão comigo.

- Se apegou ao garoto. — Sorrio fechando os olhos.

- Talvez eu tenha um filho como ele, quem sabe.

- Se você diz. — Se levanta beijando minha testa e faz carinho em minha barriga. — Não dê tanta dor a sua mãe e logo você estará aqui. Amo vocês.

- Também te amamos, pai bobão. — Sorrio e ele sai de casa enquanto eu faço os selos de mãos criando um clone que começa a arrumar a cozinha.

Me levanto após comer e sigo para o quarto pegar minha bolsa junto de um casaco, o dia vai ser longo.

A História apagada.Onde histórias criam vida. Descubra agora