Quarenta e um

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- Nii-san, como nossa mãe era?

- Era? Ela ainda está viva. — Shisui sorriu enquanto fazia o curativo no rosto do irmão

- Por que nós temos os mesmos olhos que Sasuke?

- Por causa dela. Nossa mãe é uma Uchiha também. — Os olhos azuis de Naruto brilharam enquanto ele sorria

- Poxa, ela deve ser incrível! — Logo o sorriso dele sumiu enquanto ele abaixava a cabeça.

- Qual o problema?

- Por que ela não pode ficar com a gente?

- Nossa mãe é a kunoichi mais forte do mundo, ela está protegendo a gente e por isso não pode ficar. — Naruto fungou e Shisui sorriu bagunçando os fios do irmão caçula. — Vamos comer rámen, hoje eu pago.

- Quantos eu quiser? — Naruto questionou animado e o mais velho se lembrou da mãe

- Quantos quiser.

Uzumaki Mayumi.
Dias atuais.

- Jiraiya, Tsunade... O que fazem aqui? — Questiono descendo do prédio ao mesmo tempo que o sol começou a nascer no horizonte e os dois me olharam

- Nós... Minato nos enviou.

- Por que? Meus filhos estão bem? Konoha está bem? — Questiono e eles sorriem me deixando confusa. — O que foi?

- As missões acabaram, madrinha. Não existem mais ameaças e pelo que sabemos você deteve a escapada de Kaguya. — Dei um passo para trás erguendo a sobrancelha

- Os cinco Kages decidiram isso. — Jiraiya falou e abaixei um pouco a cabeça

- Está certo então, irei dar uma passada no país das ondas, soube que eles tem um problema lá e é minha intenção resolvê-lo, algo simples, não vai levar mais que três dias.

- Tudo bem, avisaremos Minato. — Tsunade sorriu e assim como Jiraiya ela partiu me deixando sozinha com o amanhecer de Amegakure.

Caramba, estamos mesmo em uma era de paz total?! Por que isso me preocupa?

Enfim, meu reencontro com Konoha pode esperar, preciso resolver o problema deles cortando o pescoço da cobra. Malditos traficantes.

Volto para meu quarto e um sorriso surge em meu rosto enquanto meu peito se aquecia me deixando mais do que feliz. Eu posso ir para casa.

Eu arrumei os poucos pertences pessoais que carregava e parti em direção ao País das ondas na intenção de eliminar Gatō e sua trupe de traficantes que me dão dor de cabeça a mais de um ano porém não tinha tempo para lidar com os problemas comuns.

No meio do caminho eu encontrei um grupo de genins e que sequer já havia visto mas o jounin me é bastante familiar, só então consegui perceber que eles são de Konoha.

- Quem diria, Hatake Kakashi se tornou um sensei. — Falo parando na frente deles e o adulto coçou a nuca fechando o livro pornô de Jiraiya.

- Mayumi-hime, não imaginava que Minato-sensei lhe daria a mesma missão que nos deu. — Passei os olhos nos três mais novos e pude ver o loirinho de olhos azuis travado sem saber como reagir. Esses olhos...

- Naruto?

- Hã? Como conhece ele?

- Ela é a mãe dele. — O velho bêbado cuspiu o líquido enquanto tossia

- Mãe?! Como ela pode ser tão nova?!!

- Obrigada pelo elogio. — Dou um meio sorriso e olho para Naruto que recuou.

- Espera... Você é a deusa imortal do clã Uchiha?

- Clã Uzumaki, o sangue Uchiha corre por minhas veias mas não sou uma.

- Gomen nasai. — A rosada se curva rapidamente e olhei para Kakashi que deu de ombros.

- Essa missão não é para genins, se eles verem Zabuza logo de cara não travar e nem ar vai passar pelo... — Faço o sinal de ânus e Kakashi começou a rir enquanto eu me afastava mas a voz de Naruto me fez parar.

- Não sou um simples genin, eu vou ser um grande Hokage no futuro!! — Olho para ele por cima do ombro e sorrio

- Relaxa garoto, ainda tem um longo caminho para percorrer... Mas se querem tanto vir, que venham. Cada um com sua responsabilidade.

- Como consegue agir normalmente perante ao filho que não vê há doze anos?

- Sentimentos só atrapalham as missões e com isso pessoas morrem, fui treinada desde cedo para guardar as emoções para o fim do combate.

- Quem é Zabuza?

- Um espadachim da névoa, ele está de férias mas não significa que ele não está "trabalhando".

- Como vamos vencer ele então?

- A questão não é lutar contra o espadachim e sim matar quem o contratou.

- Como conhece Gatō?

- Eu o conheci cinco anos atrás, em uma missão confidencial e sequer imaginei que Gatō fosse se tornar uma ameaça.

- Se tivesse o eliminado...

- Olha, eu tenho mais o que fazer do que ouvir suas reclamações, velhote. Então fecha a matraca, não sou paciente como os outros.

- Naruto fala assim as vezes... É assustador. — Pude ouvir o outro garoto falar e simplesmente bocejei

- Quem são vocês?

- Haruno Sakura!

- Uchiha Sasuke.

- Você lembra um pouco seu pai... Aliás, como eles estão?

- Ótimos.

- Hum... — Parei de andar ativando o rinnesharingan e logo estávamos na entrada do País. — Agora eu me lembro do porque odiava esse país.

- S-sugoi...

- Caramba, que fome. — Ouço Kakashi reclamar e o olhei de canto de olho. — Minato-sensei vai lhe dar mais missões?

- Não. Eu irei para casa após resolver o problema aqui.

- E eles sabem?

- Não sei... Não importa muito também, eu voltaria para casa um dia.

- Mayumi, se é mesmo minha mãe, qual minha comida preferida?

- Tsuna diz que você é parecido comigo ou seja, rámen.

- E...

- Naruto, dê um tempo, estou com sono, com fome, entediada e quero minha casa, meu cobertor e o conforto de Konoha, coisa que não sinto a 12 anos então não enche ou eu vou te socar. — Falo olhando ameaçadora para ele que ativou o sharingan me deixando surpresa mas não demonstrei isso.

- Você não pode me socar, não tem esse direito.

- Então Minato fará isso, mesmo que eu o coloquei em um genjutsu. — Ele virou o rosto cruzando os braços

- Você é uma chata e uma velha, não pode ser minha mãe.

- Quem está chamando de velha?! — Soco a cabeça dele que coloca as mãos na região

- Itee!! Isso dói sua velha!!

- Hã? — Dou um passo para trás me lembrando de quando Tobirama me fez bater a cabeça. Caipira.

- Por que ela está sorrindo?

- Vamos, minha casa é aqui. — Tazuna falou e olhei para ele

- Irei olhar o perímetro, nos vemos depois.

- Ja nee. — Aceno para eles me afastando e permito sorrir mais abertamente.

Estou louca para conhecer meus filhos.

A História apagada.Onde histórias criam vida. Descubra agora