Oito

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Uzumaki Mayumi.

- Onde estava? — Olho por cima do ombro encontrando Mito e penduro o casaco

- Treinando.

- São cinco horas da manhã.

- Dormi em uma árvore. — Dou de ombros e ela ergue a sobrancelha

- Está brincando, certo?

- Não e mesmo que eu esteja, minha vida não é da sua conta. — Subo as escadas mas a voz dela me para

- Arigatō, por relembrar Hashirama de comprar as fraldas de Hideki, não consegui sair hoje. — Eu senti vontade de sorrir mas não darei isso, eu não vou cair no papinho deles.

Se eu posso sumir do mapa? Com certeza, mas onde mais eu buscaria informações sobre o atentado a Uzushiogakure do que aqui? E por obra do destino o hokage vai ser bem simpático comigo, ou então eu uso um genjutsu em algum shinobi.

- Que seja. — Entro no quarto e fecho a porta indo em direção ao banheiro.

Saudades de casa, de levantar e ter meu pai brigando por eu correr na escada ou chegar tarde em casa, saudades de kaachan cuidando de cada ferimento meu e saudades da comida dela. Eu sinto falta deles.

{...}

Olho para dentro do cômodo e meus olhos automaticamente brilham, tenho certeza disso, entro no cômodo olhando ao redor e sorrio colocando as mãos na boca ao mesmo tempo que fechava os olhos.

Essa biblioteca é maravilhosa.

Volto a minha postura antiga ao sentir a presença de outro chakra e me virei para a porta vendo Tobirama.

- Não sabia que estava aqui. — Dou de ombros e ele se aproxima coçando a nuca. — Que bom que está, preciso de uma... Coisa.

- Fale.

- Técnicas de selamento.

- Por que eu compartilharia segredos com você?

- Olhos. — Aponta para os próprios olhos e sem saber o motivo meu rosto ficou quente nas regiões das bochechas. — Minha mãe era uma Uzumaki, você pode ou não ajudar?

- Se eu disser não, vai pedir ajuda para quem?

- Ninguém. Os sobreviventes sumiram do mapa... Por que não sumiu também?

- Não interessa. — Enfio as mãos nos bolsos do casaco e caminho até o sofá que há no centro da sala me confortando no mesmo. — Mas vamos logo com isso.

O Senju senta no sofá a minha frente e molhei os lábios analisando a postura dele, frio, sensato e com o semblante que deixa qualquer um assustado. Já sei por onde começar.

{...}

- Fique longe dela. — Izuna falou para Tobirama que parou de andar e se virou para ele. — Sabe que Mayumi é minha.

- Estávamos treinando e pelo que eu saiba ela é livre para fazer o que quiser, comigo ou com outra pessoa pois você vai casar.

- Fez o que nenhum de nós conseguimos, se afastou o máximo que pode dela para ignorar o que sentia mas agora está se aproveitando da fragilidade dela.

- Frágil? Ela é uma mulher, doce como açúcar, forte como gelo e sabemos que quem toca nela não está vivo no segundo seguinte, diga o que quiser dela mas não a chame de frágil na minha frente. — Tobirama falou calmo porém seu semblante não mudou, se manteve vazio. — Mayumi não é a garota que você se apaixonou.

A Uzumaki se manteve escondida ouvindo o que eles diziam e seu peito se aqueceu com a fala de Tobirama mas ela não podia recuar, ela precisava de vingança e laços novos é a última coisa que ela precisa para atrapalhar.

A História apagada.Onde histórias criam vida. Descubra agora