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Sara 🎀

Aproveitei que eu não tinha mais perseguidores que apertavam minha mente com um bagulho de saúde, subi pra laje e acendi um cigarro de maconha, sentindo toda a paz, sentindo a brisa do vento.

Fazia pouco mais de 1 mês que eu tinha terminado meu namoro, mas na verdade eu sinto que foi melhor assim pra nós, como ele mesmo insistia em dizer, eu não tinha maturidade pra nós.

A calmaria do cigarro estava me deixando bem suave, observei aquelas luzes do morro e sorri, mas infelizmente fechei meu sorrindo vendo o Bruno em uma das lajes também, com o fuzil nas costas e também, um cigarro no bico.

Ele estava com os braços cruzados, olhando pra mim e assim que viu que eu olhava, balançou a cabeça pra mim, me fazendo respirar fundo e desviar o olhar.

Eu amava ele. Amava forma que ele cuidava de mim nos meus pt's, da forma em que a gente fazia várias coisas juntos. Da forma que contamos nossos medos sem ter medo de julgamentos ou um receio do outro.

Éramos amigos, melhores amigos, além de namorados, éramos companheiros além disso.

Mas eu não iria insistir em algo que não me cabe, mesmo meu peito ardendo de saudades e querendo apenas, um simples abraço e cheiro dele!

Minha cabeça latejou e eu já sabia o que queria, desci da laje sem olhar pra trás e quando estava subindo as escadas pra ir pro meu quarto, alguém bateu na porta.

O coração palpitou e eu tremi, odiava o fato de já ser, de certa forma, tão velha, mas quando se tratava do amor, eu era uma criança.

Nc: Animação foi pra mim mesmo? - Abrir a porta animada e ele nem perdeu tempo de fazer piadinha comigo.

Sara: Se eu disser que não, você não me julga? - Choraminguei, dando espaço pra ele entrar.

Nc: É né, tu fez uma escolha e é foda querer voltar atrás assim...- Falou me puxando pra subir as escadas, comigo.- Mas não custa tentar não.

Sara: Custa a tal da vergonha na cara né? - Ele riu.

Chegamos nos corredores do quarto e no momento em que ele entrava no quarto da Beatriz, Eduarda saiu olhando pra gente.

Bea: Amor? - Sorriu, sentando na cama.

Nc: Ele deve tá te esperando assim como tu tá por ele...- Falou beijando minha cabeça e entrou no quarto, fechando a porta.

Sara: E aí, dudinha...- Fiz bico pra ela.

Eduarda: Fala, gatinha...- Fechou a porta do quarto dela, saindo de vez.

Sara: Vai sair? - Ela confirmou com a cabeça.- Tá bom, cuidado.

Eduarda: Valeu...- Sorriu fraco, colocando o celular no ouvido.

Olhei pra ela descendo as escadas e abrindo a porta da sala, saindo pela mesma. Neguei com a cabeça, escutando risadas do quarto da Bea e então, abrir a porta do meu quarto.

Tranquei a mesma e fui pra minha gavetinha, tirando um pino de cocaína e colocando na mesinha ali.

Era meu vício, porém super controlado. Mas antes de cheirar, ajeitei e peguei meu celular, me assustando com uma "mensagem" do Bruno.

Porém, não tive tempo de ler porque "essa mensagem foi apagada."

Respirei fundo e vi aos poucos, ele me bloqueando. Não entendi e me encolhi, jogando o celular na cama e olhando para minha calmaria, ou seja, minha branquinha.

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+100

nenhuma das três meninas, vão ser santas, taokei.

Herdeiras Do Tráfico.Onde histórias criam vida. Descubra agora