Herdeiras Do Tráfico.

18

Beatriz 🧚🏻‍♀️

Havia horas que eu me tornava a pessoa mais carente do mundo e isso me deixava muito chata, porque eu ficava querendo atenção e se a pessoa não percebesse, eu ficava muito chateada.

Nicolas tava jogando do meu lado, eu estava deitada encolhida e quietinha, enquanto queria bater nele por não estar conversando comigo, mas no intervalo entre una partida e outra, ele passou a mão na minha testa, me olhando.

Nc: O que foi? - Falou me olhando.

Beatriz: Se fosse eu eles iriam me perdoar fácil assim, ou só Eduarda porque ela perdeu a mãe e precisa de carinho e atenção?

Nc: Tu nunca perdeu alguém que tu ama muito e no caso dela, a única que ela mais amava. Deixa de ser assim, Bea. Eduarda não tá certa e nem tua mãe, por passar a mão na cabeça e fingir que isso não aconteceu. Mas esqueço isso, amor. Não vale devolver ódio com ódio, relaxa tua mente.

Beatriz: De verdade eu sinto ciúmes, juro que não é besteira minha, mas minha mãe sempre deu mais atenção a ela, juro. Pergunta pra Sara também, eu só acho meio chato isso...- Desabafei, vendo ele voltar a jogar.- Amor, tô precisando conversar.

Nc: Ah, desculpa...- Falou olhando pra mim e pra tela.- Posso só terminar essa aqui?

Fiz bico e ele soltou uma mão do controle, puxando minha cabeça pro peito dele e beijando ela.

Eu fechei os olhos, sentindo o coração dele bater, as vezes rápido demais as vezes normal. Levei em consideração que ele estava jogando e ficava mó nervoso com o jogo, o que me fez sorrir fraco.

Fiquei tentando manter meus olhos abertos mas logo não consegui e cochilei por alguns minutos, escutando ele me chamar em seguida.

Nc: Ainda quer conversar? Ou quer dormir? - Escutei ele falando e abrir os olhos.

Olhei pro quarto e ele já tinha desligado a televisão e tomado banho, o cheiro de perfume tava no ar e eu amava isso.

Beatriz: Deita aqui...- Pedi, me afastando e ele deitou na minha frente.

A cama era de casal e eu afastei, pra ele ficar na parede porque eu amava a forma que ele me acolhia em seus braços, como se eu fosse o bebê mais precioso do mundo.

Nc: Sobre teus bagulhos, joga isso fora da tua mente. Marília nem te ama mais, nem ama menos. Ela só tenta ajudar a Eduarda porque de alguma forma, deve carregar a culpa do que aconteceu, no lugar do Ls.

Beatriz: Tá bom...- Falei de olhos fechados.- Obrigada.

Nicolas beijou minha bochecha e colocou as mãos na minha barriga, enquanto eu me encolhi, fechando os olhos. Eu amava muito esse homem que puta merda, era inexplicável a forma em que ele me fazia bem.