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Narradora on.

Eduarda estava jogada no chão frio ali, no meio da praça daquele morro, aonde minutos atrás, parecia que estava acontecendo a pior guerra, entre pessoas que deveriam se amar.

Beatriz já estava chorando mais ainda, pelo fato da sua irmã ter entrado na frente do tiro que era pra ser nela e por causa que se ela deixou a raiva subir tanto a cabeça, que acabou atirando na própria mãe, o que era pra ser na irmã.

Marília, por sua vez, estava dentro do carro a caminho do hospital, Leandro tentava segurar toda sua fraqueza e tristeza, pois naquele momento, ele era o que mais sentia tudo.

Se sentia um filho da puta por ter matado a mãe da Eduarda, pois isso foi o início de toda confusão e agora, a mulher que ele ama e sua filha, estavam no hospital e ambas, com risco de morte.

Suelen, quando soube a notícia da filha, estava transando com um homem qualquer, que sempre vivia passando pela sua vida. Ela logo se desesperou e para pagar de boa mãe, correu pro hospital.

Todos sabiam, que nem de perto ela era a melhor ou mais ativa na vida da filha, mas a conexão entre mãe e filha sempre vai ser uma coisa que ninguém vai entender, por mais que tente.

Ela estava chorando em um canto daquele posto, Leandro fumando fora, tentando não se afetar mais ainda, pois ele sabia que só iria foder mais, qualquer ação errada dele.

Eduarda era a menor preocupação de todos ali, ninguém sabia se ela estava viva ou morta. Mesmo contragosto, sentindo uma raiva fodida, Rael foi o único a estender sua mão, para mulher que ama.

Porém, ele levou ela pra um hospital e deixou ela lá, mesmo jurando amor, ele percebeu que a a Eduarda não estava bem da cabeça e preferiu se afastar, deixando ela sozinha no hospital.

E três pessoas estavam ali, cada uma em um momento diferente da sua vida, em uma cama de hospital, entre a vida e a morte.

O tiro pegou de raspão em uma veia bastante importante pro funcionamento do corpo da Sara, ela estava em total perigo e era a cirurgia mais arriscada dali.

Por sua vez, Marília já tinha passado pela cirurgia e estava aos poucos acordando, mas em sua mente, a imagem da guerra entre suas duas filhas, passava e atormentava ela, o tempo tempo.

Beatriz chorava como uma criança, já faziam cinco horas depois de todo acontecido ela não conseguia ao menos parar de soluçar.

Ela estava encolhida nos braços do Nicolas, que tentava dar todo apoio a mulher que ele dizia amar e realmente amava.

Estava tudo em caôs e se alguma coisa mais acontecesse, era capaz de todos pirarem de vez ali. O Leandro, sentia um aperto fodido no peito, andava de um lado pro outro, tentando se acalmar e a notícia que a sua mulher tinha acordado, foi a coisa que mais relaxou a mente dele, coisa que nem inúmeros de cigarros conseguiram fazer.

Herdeiras Do Tráfico.Onde histórias criam vida. Descubra agora