1 mês depois.
Sara 🤩
Era estranho como o mundo dava uns giros loucos, que de primeira, tudo fica de cabeça pra baixo mas, do nada, outra volta acontece e tudo se põe no seu lugar.
Quando você consegue chegar no topo e olha pra trás e não ver luta nenhuma, pode ter certeza que você não está ali porque mereceu, porque em tudo que nós fazemos, deve existir um esforço.
E sempre que eu olhava pra trás eu me lembrava, eu via o esforço que eu já tinha feito pra tá aqui hoje, cheia de sorrisos e amor.
Talvez, entre minhas irmãs, eu tinha sido a que menos sofreu por algo, eu realmente era diferente, não curtia muito as brigas, mas me divertia, porque sempre tive certeza que era coisa de irmã.
Mas se tem uma coisa que eu imagina e esperava, era eu me juntar de uma vez por todas com o Bruno.
Sei lá, ele sempre me ajudou em tudo, foi o melhor amigo e namorado do mundo pra mim, morar juntos de vez é só mais um pequeno passo comparado há todos os outros pulos que a gente já deu.
Barão: Aí, amanhã bora pro baile? - Meu maridinho apareceu na cozinha fazendo careta.
Sara: Vamos...- Murmurei, provando o tempero da minha comida.
Ele sorriu e me abraçou por trás, beijando meu ombro e apertando minha cintura, enquanto eu coloquei um pouco mais de sal.
Barão: Te amo.- Sorri sem graça, fazendo carinho na mão dele.
Sara: Também te amo.- Olhei pra ele.
Ele me beijou e eu sorri, por mais que havia dias em que as nossas brigas, ainda sobre ter um filho, fossem grandes, o nosso era amor era grande o suficiente pra não deixamos isso atrapalhar a nossa vida.
Eduarda 🎡
Rael: Que isso, acredita que ela bateu e derrubou a comida? - Olhei pra ele rindo, enquanto tirava meu salto e olhava a bagunça na sala.
Duda: Você não foi trabalhar hoje, amor? - Peguei a Alice no colo, beijando a bochecha dela.
Rael: Ls liberou mais cedo, peguei ela na creche e cheguei em casa.- Falou beijando minha cabeça.- Deveria fazer você comer a comida no chão, sua safada.
Duda: Que isso, não fala assim com ela! - Ele me olhou debochado pegando um pano de chão.
Rael: Você só falta xingar a menina, nem vem.
Duda: Não é não, você é o amor da mamãe né? - Fiz voz de criança, beijando a barriga dela que riu.- Bebê da mamãe.
Rael: Espero que ela vomite em você.- Falou com ciúmes das gargalhadas da Alice e eu sorri.
Duda: Papai tá com ciúmes, filha...- Continuei fazendo voz de bebê.- Tá com ciúmes, tá com ciúmes...
Rael: Otária...- Eu me levantei, jogando a Alice pra cima dele e ela só fazia rir e balbuciar algumas coisas.
Duda: Vou tomar banho, dá tempo da gente jantar fora? - Falei olhando a hora no meu relógio de pulso enquanto eu tirava o mesmo.- Eu pago.
Rael: Vai lá, teu pai me deu uma boa grana hoje.- Fiz bico, abrindo os botões da minha blusa.
Tirei a blusa e em seguida a calça, eu diria que minha rotina era cansativa demais, acordar de cinco da manhã por causa da Alice chorando, fazer café e acordar o Rael.
Após a gente comer, deixamos ela na casa da babá e as vezes Rael me leva pro trabalho, quando não está atrasado pro dele, na maioria das vezes vou de ônibus.
Na hora do almoço, aproveito pra fazer chamada de vídeo com minha filha e não ficar tão longe dela, porque os únicos dias que eu passo o dia todo com ela é no sábado e no domingo.
Daí, chego em casa de oito da noite, por causa do ônibus ou, na maioria das vezes por causa do chefe que atrasa pra poder fechar a fábrica.
Mas ainda sim era bom pra mim, eu estava trabalhando, com a família formada e rodeada de pessoas que amo. O medo, raiva ou rancor já não existia mais em mim, eu estava feliz, eu estava simplesmente apaixonada pelo meu marido e pela minha filha e sempre fazendo de tudo para nossa felicidade!
Beatriz ⛅
Bea: Amor, amor...- Falei assim que ele abriu a porta de casa e me olhou cansado.- Eu fiz omelete.
Nc: Cadê? - Sorriu fraco.
Bea: Eu comi.- Semicerrei os olhos.- Mas olha, deixei um pedacinho pra você.
Nc: Hm, tá uma delícia pra quem tem problema com sal...- Eu gargalhei, dando um selinho nele.- Valeu o esforço.
Bea: Mas e aí, vida...- Falei seguindo ele pro quarto.- Como foi teu dia?
Nc: Matei dois caras em um tiro só, caraí...- Dei os ombros, vendo ele sorrir.
Bea: Parabéns? - Debochei e ele balançou a cabeça.- Quer comer o que?
Nc: Você, mas antes pode ser uma pizza.- Balancei a cabeça.- Que cheiro é esse? - Perguntou entrando no banheiro.
Bea: É o novo sabão, é cheirosinho né? - Falei mandando mensagem pra pizzaria.
Nc: Enjoadinho.- Fiz careta.- Igual a você.
Bea: Seu cu.- Murmurei.- Ah sim, tem que fazer a feira.
Ele ligou o chuveiro sem me responder e eu continuei mexendo no meu celular, alguns minutos depois ele saiu enrolado, indo pegar o desodorante.
Nc: Amanhã nós chega lá, vai tá de folga? - Olhei pra ele, pensativa.
Bea: Só depois das duas, amanhã é sábado.
Nc: Beleza, falo com teu pai e saio pra te buscar...- Falou subindo uma bermuda de pano.
Sorri pra ele e ele segurou meu rosto, me beijando, abracei ele e a gente foi pra sala conversando. Por mais que preferisse passar a noite toda dormindo, sem exceções de horário, conversar com ele era um ótimo remédio pro meu humor.
Eu estava feliz, quer dizer, toda minha família estava feliz e bem. Essa era a minha maior e mais bonita felicidade do mundo!
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Fim 🖤
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Herdeiras Do Tráfico.
Teen FictionTrês irmãs, três histórias, três mundos diferentes. Um ódio, amor e compaixão envolvido, uma luta ou talvez a paz. Dois exemplos a se seguir, três histórias pra se criar.