PRÓLOGO

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O amor é a pureza exalada do fundo do coração. É a única coisa que sentimos que não nos podem tirar. Embora tenhamos a chance de amar, poucos são aqueles que de fato vivem essa arte. Mesmo que lutemos para termos uma vida em integra plenitude, são poucos os que de fato recebem o que é incondicional, puro e recíproco; aquele que realmente vale a pena lutar ou o que é de almas gêmeas.

Certo dia me perguntaram se acredito em "alma gêmea", e a resposta foi positiva; acredito sem sombra de dúvidas! Não vejo sentido na vida se estivermos aqui apenas para viver um dia após o outro, sem propósitos de evolução ou algo para lutar. Por isso, sofremos tanto. É para que tenhamos um sentido. "De nada adianta nadarmos contra a maré, se não temos forças para isso", por isso cada um tem a força suficiente para enfrentar a própria correnteza! Questionamentos vem e vão, mas nada nem nenhum poeta poderá explicar o que é o amor.

Digo isso, porque mesmo que nos tirem o ar ou as forças para caminharmos em nossa jornada, jamais nos tirarão o sentido e a razão de amar. Nunca estaremos preparados para o que vai acontecer. Podemos tentar ocultar do mundo tudo o que sentimos para termos a paz social, mas nunca teremos a paz interior, porque jamais poderemos esconder o que sentimos de nós mesmos.

"— Até quando os seus medos farão com que você seja manipulável?"

Essa pergunta é feita constantemente entre os pensamentos de Elisa Falcão, desde o dia que ouviu serem proferidas dos lábios de uma mulher. Seus olhos, cabelos, sua pele, tudo o que a perdição pode lhe oferecer. Tudo o que ela mais temia, pôs-se a concretizar em sua vida. O medo de ser livre a tornou manipulável ao ponto de desistir da própria felicidade, para ser marionete nas mãos da sociedade.

Pensei por muito tempo qual história me atreveria a escrever. Tentei encontrar nas mais diversas formas, a colocação perfeita para transmitir essas palavras. Eis que a partir deste ponto, conto-lhes a história de uma criatura humana que talvez possa ser considerada um boneco ventríloquo, capaz de permitir as maiores façanhas de uma geração cheia de regras para apenas ter paz. Paz essa que perdeu desde o dia que pousou seus olhos em seu destino.

Para muitos a gaiola interior nunca será aberta, pois o medo de ser livre nos torna seres vulneráveis e covardes. Uma pena quando deixamos o vento dominar nosso percurso como se fosse quem vive nossa vida. Às vezes, é melhor ter paz do que ter razão, mas e quando nossa razão é dominada pela fúria dos sentimentos? Responda-me qual ser vivo domina essa força?

Quanta hipocrisia achar que estamos munidos pelo antidoto de não sentirmos nada. Conheci pessoas que covardemente disseram que nunca permitiriam a paixão, mas que em tempos mais tarde se viram em um oceano de excitante desejo de viver o amor.

Talvez pensar que somos fortes para negarmos um sentimento, possa ser cômodo para suportarmos o peso das gerações castradoras que nos dominam da pior forma possível, invadindo o nosso psicológico e dominado nossas forças. A pior prisão do homem está dentro de si mesmo.

Errado é aquele que fala de amor, mas não vive o que diz.

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Boa leitura!

RSPeri

Elisa proibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora