DOS OLHOS PROFUNDOS

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>Capítulo não revisado<

Elisa e Arabela se aproximaram da porta do estabelecimento onde almoçariam e foram recebidas por uma bela mulher de simpatia exuberante.

— Boa tarde! Liguei há pouco para fazer uma reserva e recebi a confirmação de que ainda havia lugares disponíveis — disse para a hostess.

— Claro, senhorita! Sejam bem-vindas. Me acompanhem por favor!

Ambas foram direcionadas para uma mesa no canto do salão e não demorou para serem atendidas pelo garçom. O ambiente era um tanto aconchegante e muito bonito. Havia flores, aquário e quadros. Uma decoração variada e belíssima. Elisa esteve nesse lugar poucas vezes com o marido, mas nunca em companhia de outra pessoa como estava fazendo.

— O que gostaria de beber, Elisa? Vinho tinto ou branco?

— Agradeço o convite para a bebida, mas para mim desejo apenas suco de laranja!

— Suco de laranja, Elisa? Ora, vamos? Aceite uma taça de vinho. Me acompanhe!

— Não bebo, senhorita!

Arabela elevou uma das sobrancelhas e a encarou fixamente. Lançou seu sorriso torto, o qual deixou a Diretora um pouco sem graça.

Veja só, era assim que ela estava deixando Elisa. Desconfortável com algo que ela sequer sabia o que era, mas sentia como se aquele momento fosse algo de outro mundo.

— Está bem! Para ela suco de laranja e para mim o melhor vinho branco — disse ao garçom, ainda com seu sorriso torto.

Assim que ele as deixou sozinhas, a Presidente apoiou seu queixo sobre o dorso das mãos e encarou Elisa ainda sem dizer uma palavra.

Estava encantada com os olhos daquela mulher, os quais nunca havia visto antes. Rodou o mundo e sequer conheceu olhar mais indecifrável. Era assim, uma incógnita.

— Me fale um pouco de você, Elisa!

— De mim? Como assim?

— Quero apenas te conhecer melhor. Gosto de saber mais sobre as pessoas. Talvez seja um mal do meu signo.

— Não entendo muito dessas coisas de signos — sorriu lindamente.

— Ah, nem queira entender. O signo de Sagitário é o mais complicado, ao mesmo tempo que é o mais aventureiro e delicioso. Deixe isso para lá. O que quero saber é o que você gosta de fazer nas horas vagas por exemplo!

Elisa começou a rir ao escutar sobre a forma como Arabela falava do signo ou de como tentava fazer amizade. Para ela, uma taurina, pensava muito antes de responder qualquer coisa. A Diretora achou que Viscenza estava tentando ser gentil, mas mal sabia do que causou na moça logo no primeiro contato que tiveram.

— Bem, gosto de ler, ouvir músicas, tocar piano e até mesmo cozinhar.

— Que tipo de música escuta?

— Gosto de música clássica. Instrumentais me fascinam!

— Ora, que interessante. E o que gosta de cozinhar?

— Massas. Não sou nenhuma chef de cozinha, mas arrisco certas coisas

Doce Elisa! Fazia-se tão terna e mansa que nada mais parecia existir ao redor das duas. Para ela era um simples almoço com a Presidente da empresa, mas para Arabela era um uma bela mulher para encantar seus olhos. Pensava que Elisa era como as demais que já saíra.

— Estou sendo tão curiosa, mas é que não sei começar um assunto sem que isso aconteça.

— Não se preocupe! Pode falar um pouco de você também, para que não ouça apenas as minhas coisas.

Elisa proibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora