Veja só, você que está acompanhando essa história sabe bem como funciona esse negócio de destino e como ele trabalha; bem, creio que saiba ou até mesmo imagina. Não me culpe se as coisas não saírem como você planejou, pois sou apenas quem narra tudo por aqui. Passamos agora para o início do fim de uma sanidade bem protegida.
Já se perguntou a que ponto chegamos com as sensações dentro de nós? Bem, eu por exemplo, sei que nem sempre os resultados são bons. Você me diz: "Mas consigo suportar meus desejos. É questão de autocontrole. Preciso apenas me afastar que as coisas melhoram!" e eu te respondo: "Então tente!" Ah, e estamos num ponto em que passo a relatar as coisas exatamente como elas são, sem esconder, nem modificar os fatos: intensas e inovadoras.
Veja bem... o que me coloca a narrar essas palavras é o momento em que o destino decidiu que Elisa seria proibida: então prossigamos com os acontecimentos!
Elisa, diante de uma jovem e sagaz garota, pensava demais e isso a deixaria em uma situação comprometedora. Quer saber o que ela pensava? Bem, no fato de que as suas crenças condenavam um ato, mas algo dentro dela, que nem a mesma sabia explicar, passou a ser estampado em seu rosto. Como pode questionar tanto algo que ela sempre teve certeza e segurança, defendendo desde pequena os ensinamentos que lhe foram passados?
— Pago o preço que for para saber a sua real opinião sobre a namorada da Arabela!
— O que?
— Ah, Elisa, você é tão misteriosa. Fica aí nesse enigma todo. Nunca fala sobre as coisas que pensa. Fofoca comigo!
— Se tem uma coisa que eu detesto é fofoca... e outra, sei que posso parecer chata, mas não pensei nada sobre aquela mulher.
— E sobre Arabela? — inquiriu ela, com um sorriso debochado.
— O que? P-por que me perguntou isso? Como assim? — disse ela, gaguejando em nervosismo.
— Quero saber o que você pensou quando descobriu que a Presidente é lésbica.
— O que eu pensaria? Já disse não tenho nada a ver com a vida dela, e nem você. Acha que minha opinião vale tanto sobre esse assunto, por isso me questiona com excesso? — replicou em defensiva.
— Me divirto com esse seu jeito, sabia? Como pode existir ser humano como você? Não fala, não indaga, menos ainda expressa opinião.
— Mentira, porque eu falo sim, indago sim e expresso minha opinião sim! Quer ver?
— Como? — perguntou Núbia, com semblante de interrogação.
— Por que a senhorita está me enchendo com essas coisas sendo que temos um horror de trabalhos? Opino que deve pegar, por favor, os arquivos com o RH, para que eu não precise falar mais uma vez. Compreendeu? — inquiriu ela, elevando as sobrancelhas, enquanto pendeu sua cabeça para o lado com um leve sorriso sarcástico.
Núbia gargalhou e consentiu. Sabia que, mesmo falando sério, Elisa não a puniria por seus atos. De certa forma, a Diretora se divertia com o jeito maluco de sua secretária, mas temia que a garota ficasse em maus lençóis se dissesse algo perto de quem não devia. Sem mais, a jovem deixou o escritório.
Nesse momento, Arabela saiu da presidência e caminhou até a mesa de sua secretária. Bárbara estava digitando seu relatório quando teve a atenção para a chefe. Arabela era belíssima. Seus olhos tão intenso caíram sobre a japonesa, a qual sentiu um certo frio na barriga. Quando há sedução, até mesmo quem não pensa em certas coisa acaba caindo em tentação.
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Elisa proibida
RomanceComedida, tímida e muito educada, Elisa é Diretora financeira de uma das maiores empresas de cosméticos femininos do Brasil e Europa, sendo também a maior produtora de comerciais. Por decisões do destino, a jovem executiva conhece a filha dos chefes...