OUTROS FATOS CRUCIAIS

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Enquanto os Viscenza conversavam no escritório da presidência, Elisa seguiu até sua sala para iniciar os trabalhos daquela semana. Sua mente estava concentrada em assuntos sobre as novas compras da empresa e, sem perceber, deixou que sua memória pairasse para o mais profundo espaço do seu cérebro. 

Seus olhos desgrudaram da tela do computador, permitindo que olhasse para a gigantesca janela a sua frente; ela permaneceu sua observação, deixando-se envolver em uma única pergunta: "O que vai acontecer com eles?". E se eu te disser que Núbia plantou com tanta maestria a semente da dúvida da cabeça da Diretora?! Veja só o que acontece aqui... Elisa está, nesse momento, questionando algo que lhe foi pregado a vida toda. Mais é claro que ela sabe o que acontece com eles: aprendeu isso desde cedo, não é? Bem, é isso o que querem que ela pense. 

Em meio ao turbilhão de ideias, decidiu que era melhor deixar que as coisas pudesse correr em fluxo natural sem sua opinião e, mesmo que aquilo martelasse seus pensamentos, tentou esquecer as questões que lhe foram ditas. Era o momento de se concentrar nas suas obrigações.

A senhora Juliana, naquele instante, decidiu deixar o escritório da filha juntamente com Rubens, e como no demais dias, resolveu ver sua preferia. A bela mulher de olhar inocente teve sua atenção roubada assim que a mais velha adentrou sua sala.

— Como vai, boneca? Sequer consegui falar direito com você. Me perdoe! — disse Juliana, abraçando Elisa.

— Estou ótima e feliz por ver a senhora! Não se preocupe — sorriu docemente.

— Oh, vou morrer com isso! — exclamou ela. — Você bem sabe que odeio esse "senhora", não é? — falou segurando o queixo da Diretora.

— Me perdoe, Juliana Viscenza — brincou Elisa.

— Assim é melhor! — disse franzindo o cenho e sorrindo. — Te atrapalho?

— Claro que não! Sente-se e vamos conversar um pouco — falou Elisa, retornando para a sua cadeira ainda olhando para a mulher à frente. — Estou lendo alguns relatórios de compras da área de produção, mas posso fazer isso depois — sorriu.

— E como está sendo trabalhar com Arabela? Minha filha está se saindo bem?

— Está sendo muito agradável! Sim, Dona Arabela é tão responsável quanto Seu Ricardo — replicou. — Ela tem um jeito organizado de levar os trabalhos.

— Fico feliz em saber dessas coisas! Bela ama essa empresa assim como o pai. São apaixonados com tanto exagero que fico de escanteio nesse assunto — falou ela, fazendo caretas.

Elisa sorriu e quando pensou em dizer algo sobre a fala de Juliana, viu uma linda mulher de sorriso torto aparecer na porta do seu escritório. Arabela, assim como nas outras ocasiões, olhou fixamente em Falcão, deixando a mulher tão corada que não soube explicar o porquê daquilo.

— Eu sabia que você estaria aqui, mãe! Se fugir da empresa é só te procurar na sala de Elisa que aqui será o seu esconderijo.

— Obviamente, Arabela! Elisa é a única que me entende nesse mundo de injustiças. Minha própria filha não me defende — falou ela de forma mimada.

— Oh, céus! — exclamou Arabela. — Isso não é verdade mãe! Já conversamos sobre isso, não é? No caso que não é defendida sou eu!

— Isso não é verdade! Sou a que mais te defende. Sabe que busco apaziguar as coisas para que você e Rubens não acabem se matando.

— Bem, como quiser — deu de ombros. — Atrapalho o assunto de vocês?

— Claro que não, Bela! Elisa e eu só estamos falando de você. Nada mais! — confessou Juliana, com um leve sorriso olhando para a Diretora.

Elisa proibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora