As executivas conversaram algumas coisas sem importância e logo a Presidente deixou a sala. Andou por mais alguns minutos pela empresa e, por fim, retornou à presidência permanecendo por lá até o fim do expediente. Não viu mais a Diretora e assim deixou a empresa.
No dia seguinte, antes do trabalho, Arabela adentrou a gigantesca mansão dos senhores Viscenza. A herdeira procurou por sua mãe que ainda estava em seu quarto com o esposo, e ambos a receberam carinhosamente.
— Ora, vejam só! Não pensei que passariam a noite fora. Por que não dormiram aqui?? — disse Ricardo.
— Olá, papai! Bom dia aos dois — proferiu com um delicado beijo em seus pais. — Você não disse a ele, mamãe?
— Não minha filha! Pensei que seria melhor se você mesma dissesse!
— Do que se trata? Ainda estou aqui. Querem me dizer de uma vez?
— Está bem, Dr. Ansiedade! Ouça, papai! Não se aborreça comigo, por favor!
— Me diga logo de uma vez. Prometo não me aborrecer, mas diga de uma vez!
Arabela olhou para a mãe e suspirou com o que estava para contar ao pai. Um sorriso amigável foi desenhado nos lábios de Juliana e a moça iniciou a fala.
— Como conversamos ontem, fiquei de dar a resposta para a minha permanência aqui nesta casa, não é mesmo?
— Sim, e vocês ficarão conosco, não é?
— Não, papai! Me perdoe, mas não ficaremos com vocês!
O senhor Viscenza franziu o cenho em chateação e deixou Arabela desconfortável por ter magoado o pai, pois sabia que ele gostaria muito que principalmente ela estivesse com eles.
— Por que, minha filha? Olhe a sua volta e veja o tamanho dessa casa. Você não tem ideia de como isso fica silencioso no meio da tarde. Sua mãe e eu pensamos que ficariam aqui. Essa casa é sua. Me diga por que não quer ficar? Não gosta mais da ideia de morar com os pais?
— Não é isso, papai! É só que... — pausou sua fala e o encarou.
— É só que? Diga filha! Por que não quer ficar aqui? Você não vai morar permanentemente. É só até eu me recuperar.
— Eu sei, papai! O problema é a Melissa!
A jovem mulher pode ver a face da sua mãe em uma expressão de desgosto e reprovação pelo que ouviu. Juliana sentiu indiferença só de escutar o nome da nora, por quem não tinha tanto prestígio. Ricardo, por outro lado, se agradava com a namorada da filha e não entendia o porquê de elas não estarem com eles.
— E que mal tem em ficarem aqui? É melhor ainda. Assim ela poderá nos fazer companhia, não é, meu bem? — perguntou à esposa.
A senhora cochou o nariz e não disse nada. Arabela percebeu a chateação da mãe e sabia exatamente que aquilo não lhe agradava.
— Viu só, papai? É exatamente por isso que não quero ficar aqui com Melissa. Ela e minha mãe não se suportam. Acha mesmo que quero deixar que as duas convivam no mesmo espaço? Claro que não!
— E faz muito bem, Arabela! Até agora não sei o porquê trouxe essa mulher com você!
— Mamãe, por favor! Já conversamos sobre isso! Melissa está de férias e achei agradável que viajasse um pouco.
— Minha filha, às vezes você me surpreende por ser tão tola. Tenho duas coisas a lhe dizer. Primeiro, se essa moça gostasse de você, te trataria um pouco melhor. Já estou farta de presenciar discussões. Segundo, se ela gostasse tanto da sua família, já estaria aqui. Sequer veio ver seu pai.
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Elisa proibida
Storie d'amoreComedida, tímida e muito educada, Elisa é Diretora financeira de uma das maiores empresas de cosméticos femininos do Brasil e Europa, sendo também a maior produtora de comerciais. Por decisões do destino, a jovem executiva conhece a filha dos chefes...