Naquela tarde, Elisa não viu mais a Presidente e sequer saiu da sala. Desde que deixou o escritório de Viscenza, pensou na forma como Rubens descreveu a situação pessoal da moça. A mente da Diretora foi invadida pelas ideias diferente, achando tudo muito estranho, pois como já citado, para ela isso era algo fora do comum de se encontrar. Não era contra a sexualidade de Arabela, mas não se colocava a favor, pelas ideologias que lhe foi pregada.
A filha dos Viscenza também permaneceu em sua sala, mas diferente de Elisa que não tinha o mesmo ponto de vista sobre atração, pensava hora ou outra naquela mulher. Recostou-se em sua cadeira e fechou os olhos descansando sua mente daquele monte de informações que estava recebendo. Questionou-se se de fato gostaria de ficar em outra casa que não fosse a dos pais, mas ao mesmo tempo firmou a ideia de que seria melhor manter Melissa o mais longe possível da sua mãe.
Como já estava um tempo suficiente dentro daquela sala, resolveu deixá-la, para ver como estava o andamento do mundo la fora na Lamoncler. Diante de uma das mesas estava Núbia tão concentrada que sequer viu a Presidente se aproximar. Arabela caminhou sorrateiramente entre os sofás da sala de espera e se posicionou diante da bela mulher.
De repente, assim que Núbia percebeu sua presença, assustou-se. Isso foi motivo de risos da travessa Arabela. A secretária fez bico e sorriu em conjunto.
- Me perdoe, Núbia! Se tem uma coisa que não posso ver na minha frente são pessoas distraídas. Adoro assustar!
- Sem problemas, Dona Arabela! Também faço isso às vezes. Principalmente com Elisa quando está distraída. Ela dá um pulinho e fica toda sem graça - gargalhou.
Arabela ao escutar a declaração da moça, sorriu com os olhos em um ritmo diferente. Piscava lentamente como se imaginasse a cena.
- A propósito, ela está no escritório?
- Sim! Gostaria de falar com ela?
- Não, apenas queria saber onde está. Vou caminhar um pouco pela empresa. Quero dar uma olhada na reforma do estúdio.
Revelando isso à Núbia, Arabela apenas sorriu recebendo o mesmo e deixou o ambiente seguindo para o seu destino.
A secretária a observou até que pudesse perdê-la de vista. Achou a moça uma mulher muito bem humorada e de grandes qualidades. Caiu por terra os pensamentos que tinha sobre a Viscenza. Julgava ser egoísta, cheia de frescura e muito arrogante assim como o primo, mas tudo foi ao contrário.
Deixou sua mesa e seguiu para a sala da chefe financeira. Elisa estava em sua mesa observando o céu azul através da janela. Em sua mente a única coisa que pensava era a exposição que Rubens havia feito com a prima. Não julgo a moça por sua sexualidade, mas de certa forma não sabia explicar sobre os seus pensamentos.
- Elisa - proferiu Núbia dispersando a Diretora de suas ideias.
- Ó, me desculpe! Estava pensando em algumas coisas e acabei me distraindo.
- Sem problemas! Não quer um café? Vou no Hookey comprar algumas rosquinhas e o nosso cafezinho com avelã.
- Hoje quero apenas o café! Ainda estou satisfeita pelo almoço.
- Ah, por falar em almoço, a moça perguntou de você - revelou com um sorriso sem malícias.
- Perguntou? - disse com os olhos arregalados. - O que ela falou?
- Perguntou apenas se estava em sua sala.
- Quer fala comigo?
- Não, só perguntou onde estava. Falou que daria uma volta pelo estúdio para ver a construção.
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Elisa proibida
RomansaComedida, tímida e muito educada, Elisa é Diretora financeira de uma das maiores empresas de cosméticos femininos do Brasil e Europa, sendo também a maior produtora de comerciais. Por decisões do destino, a jovem executiva conhece a filha dos chefes...