Depois de deixarem o restaurante, no caminho de volta para a empresa, Elisa observava as folhas caídas pela calçada por onde seguiam. Sequer percebeu os olhos de Arabela a observando. A Presidente estava tão encantada com Falcão que mal conseguia olhar para o trajeto.
A Lamoncler ficava aproximadamente três quadras do restaurante, e como o clima estava bom, não foram de carro. Elisa ao ver um cachorrinho de orelhas grande correndo no gramado, sorriu graciosamente. Se encantou com aquele filhotinho. Estava feliz e isso a deixava mais atraente aos olhos da jovem Arabela.
— Elisa — disse a Presidente em um sussurro tomando a atenção da mulher.
— Sim?
— Elisa é um belo nome! — sorriu em uma expressão travessa.
— Ah, obrigada! Saiba que o seu nome também me agrada. Quando D. Juliana me contou que a filha se chama Arabela, achei belíssimo!
Pela primeira vez Viscenza escutou algo desse gênero ser proferido dos lábios da executiva.
Firmou ainda mais que pudesse estar causando algo na Diretora e isso lhe sortiu um efeito totalmente prazeroso.
Diante da empresa, Arabela olhou para o outro lado da rua e enxergou uma cafeteria. Verificou o horário em seu relógio de pulso e viu que ainda tinham dez minutos de almoço. Teve a brilhante ideia de convidar Falcão para um café. Tendo em vista que Elisa adorava essa bebida, aceitou sem pensar duas vezes.
O ambiente era pequeno, mas muito bonito. Havia meia dúzias de mesinhas redondas com duas cadeiras e ao centro dos móveis havia pequenos vasos de suculentas. Era uma decoração retrô e isso encantou os olhos da Presidente. Como o estabelecimento tinha sido inaugurado recentemente, nunca esteve ali.
- Podemos nos sentar naquela mesa do canto? - perguntou para a mais velha.
- Claro, ótima escolha!
Fizeram seus pedidos e seguiram para o lugar escolhido. Elisa observou as plantinhas e deslizou seu polegar na borda do pequeno vaso. Elevou então seus olhos para a moça que fixava os dela em cada detalhe do seu rosto. Sorriu carinhosamente quando viu a expressão serena de Arabela, mas que havia uma essência lindíssima.
Os olhos castanhos de Elisa sequer conseguiram deixar de observar os verdes de Viscenza, pois eram bonitos demais. Fez isso sem se dar conta do ato que cometia, e que poderia deixá-la em situações mais delicadas.
- Gostei muito desse lugar! Achei tão aconchegante - confessou Arabela.
- Sim, aqui é muito bonito e gostoso! Às vezes, Núbia e eu aparecemos aqui, pois gostamos de café com creme de avelã.
- Deve ser delicioso, mesmo . Núbia é a sua secretária? Ainda não decorei o nome das meninas.
- Sim, mas a tenho mesmo como uma grande amiga. Não nos tratamos como chefe e secretária. Nossa relação é bem mais que isso. Além do mais, é uma menina cheia de vida e linda por dentro e por fora.
- Você também é assim, Elisa! Com todo o respeito, é linda por dentro e por fora.
O que Arabela mais gostava era a listra vermelha sobre as bochechas de Falcão. Sabia que aquela mulher era tímida demais e isso a encantava. Estava tendo algumas coisas que sabia muito bem que se tratava de uma deliciosa atração.
- Digo o mesmo à senhorita! Você me disse que seus pais falaram muito de mim, não é?
- Sim, principalmente minha mãe!
- Pois ela me falou muito de você também - confessou com um sorriso doce.
Antes que Viscenza pudesse falar alguma coisa, o pedido delas chegou. Elisa optou por seu café com creme de avelã e Arabela por um expresso sem açúcar com apenas uma colher de creme de leite.
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Elisa proibida
RomanceComedida, tímida e muito educada, Elisa é Diretora financeira de uma das maiores empresas de cosméticos femininos do Brasil e Europa, sendo também a maior produtora de comerciais. Por decisões do destino, a jovem executiva conhece a filha dos chefes...