Enquanto todos os executivos da Lamoncler aguardavam na sala de reuniões, o Presidente entrou, acompanhado por sua esposa com seus trajes elegantes e muito sofisticados. Ambos compunham a bela imagem de gentileza e boa educação.
Eles se sentaram diante da gigantesca mesa no centro da sala e, educadamente, cumprimentaram os demais:
— Como estão, meus caros? Perdoem-nos o atraso — disse ela, com um tom adorável, o qual agradava a todos.
— Creio que poderemos finalmente iniciar esta reunião. Juliana esteve muito ocupada escolhendo os meus sapatos. Por mim eu apenas colocaria o marrom, mas ela insistiu tanto que o preto ficariam melhor, então aqui estão — apontou ele para os pés, fazendo todos rirem.
Enquanto se ajeitava na cadeira, o Presidente percorreu seus olhos para o ambiente, vendo os responsáveis pela administração, desde a Diretora financeira até os produtores de comerciais cosméticos.
O Sr. Ricardo iniciou as falas aos executivos. Todos escutavam atentamente suas petições e principalmente as pautas a serem seguidas. Em suas mãos havia blocos de anotações e canetas sendo deslizadas rapidamente sobre as folhas. Nada era deixado de lado. Não ousavam perder sequer uma vírgula de seu chefe.
De repente, diante das gentis palavras do homem mais velho, seu Vice-presidente, com ar arrogante, cortou as falas para que pudesse dar sua opinião e seus questionamentos como sempre fazia.
— Tio, se me permite, tenho algo a dizer!
— À vontade, Rubens — respondeu Ricardo apoiando seu queixo sobre as mãos.
O executivo se levantou calmante como se todos estivessem ali para esperar no seu tempo. Tinha o hábito de tomar à frente de algumas coisas quando achava necessário, e mesmo sendo sobrinho dos senhores, estava cada dia mais em maus lençóis.
— Enquanto o senhor falava, vi que deve haver algum erro nos cálculos. Isso sem dúvidas foi deixado por nossa Diretora financeira — apontou para a direção de Elisa.
Todos olharam para ela que sentiu seu rosto queimar pelo constrangimento. Sentiu um nó se forma em sua garganta. Não se oporia no esclarecimento de quaisquer dúvidas, porém faria de maneira branda, sem violência ou aspereza como ele estava acostumado a fazer.
— Me perdoe, Dr. Rubens, mas não há nada de errado com os cálculos. Analisei tudo com muita atenção ao lado do Dr. Ricardo, e foi ele quem finalizou os documentos com as assinaturas.
— Exatamente, Rubens! Não há nada de errado com os relatórios, menos ainda com a forma como Elisa os preparou — respondeu o chefe, com um tom mais defensivo em relação ao que se ouviu.
— Então me expliquem o porquê de estarmos estacionados nos negócios?
O Presidente suspirou, recostou-se na cadeira e elevou as sobrancelhas em sinal de tédio para aquela situação chata e desnecessária.
— Fique à vontade para explicar a ele mais uma vez, Elisa!
Ela ficou muito acanhada com o que o chefe pediu naquele momento. Imaginou não ser grande coisa para tomar a palavra do próprio senhor, mas com a insistência do homem, ela aceitou explicar da forma mais clara possível.
— Bem, acredito que não estamos elevando tantos o resultados, pois devemos investir mais no material de produção.
Rubens então franziu a testa e arfou visivelmente incomodado, pois estava em uma luta constante para convencer os tios de que não tinha necessidade de investirem em mais coisas dentro da empresa.
— Outra vez insiste nesse negócio de investimento? Por que isso será o nosso ápice para sairmos do ponto onde estamos? Não vejo isso como um meio viável — respondeu a ela, de maneira ríspida.
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Elisa proibida
RomantikComedida, tímida e muito educada, Elisa é Diretora financeira de uma das maiores empresas de cosméticos femininos do Brasil e Europa, sendo também a maior produtora de comerciais. Por decisões do destino, a jovem executiva conhece a filha dos chefes...