Dois mistérios e duas mãos

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Alguns dias depois a menina havia surtado e dado um verdadeiro show digno de aplausos na aula da professora charlatona de adivinhação. Ron não parava de se perguntar sobre os estranhos horários de Hermione.
Então na aula de Hagrid, um hipogrifo chamado Bicuço foi levado para verem o bicho. Harry se voluntariou para ir primeiro, e assim ele foi. Mas, ouve um momento em que o bicho grunhiu, e Hermione agarrou a blusa de Ron, mas o pior mesmo foi quando o bicho fez um movimento brusco. Ela não sabia se foi por instinto ou não, mas ela agarrou a mão de Rony. Quando notou o que havia feito, ela corou violentamente.
Rony sentiu a amiga puxar sua camisa, então o hipogrifo fez um movimento brusco e ele sentiu uma mão quente e macia tocar na sua, era Hermione. O menino corou, não só as orelhas, violentamente.
O quadro da mulher gorda fora rasgado, e era o próprio Sirius Black que havia feito aquilo. Hermione nunca havia ficado tão preocupada na vida. Eles desceram para o salão Principal, onde iriam dormir aquela noite, ou melhor, tentariam. Hermione quase teve de brigar com os professores e fazer um voto-perpétuo, mas no final das contas conseguiu ficar perto de Ron e Harry. Era estranho ver Ron de pijama, definitivamente não era o mesmo que ver Harry de pijama, mas não sabia explicar como. O garoto, por sua vez, pensava o mesmo em relação à ela.
Horas se passaram e a maioria dos estudantes estavam dormindo.
- Ron? Tá acordado ainda? - ela disse, ao ver o amigo se mexer.
- Você também tá - ele disse.
- Ai Ron, estou com tanto medo... E se esse cara pegar você ou o Harry?! - ela confessou. Ron sorriu, olhando naqueles profundos olhos castanhos.
- Mione, relaxa. Estamos com vigia, e não se deve sofrer por antecipação - ele disse.
- Eu sei, mas...
- Mas nada - ele a calou, e ela se prendeu naquela vastidão azul que eram os olhos do garoto - escuta, eu estou aqui, Harry está aqui, está tudo bem, nada vai acontecer, eu te prometo - ele a acalmou.
- Obrigada, Ron, mas mesmo assim eu fico preocupada com vocês... - ela disse, mas uma vez.
- Olha, vamos fazer o seguinte, você me dá uma das suas mãos, aí você vai saber que eu estou aqui - ele propôs. A menina prontamente aceitou. Agora, com aquela mão quente repleta de sardas a menina conseguiu dormir tranquilamente.
No dia seguinte foram um dos primeiros a acordar, o que foi ótimo, porque não seria exatamente agradável ver as pessoas fazerem comentários sobre ele terem dormido de mãos dadas. Hermione corou enquanto pensava isso.
Logo eles tiveram uma prova de D.C.A.T. prática, e Hermione enfrentou seu bicho-papão, que não foi muito surpreendente a primeira vista, mas carregava um significado enorme. A professora McGonagall era quem havia lhe contado que ela era bruxa, e ela lhe dizendo que a mesma havia levado bomba em tudo, segundo Hermione, significava que ela seria expulsa e voltaria para a escola trouxa, e isso sim era apavorante para ela. Essa também era uma das razões pela qual ela se dedicava tanto aos estudos, jamais voltaria para a escola trouxa, jamais.
Então aconteceu. O rato de Rony desapareceu, e eles brigaram feio, pior do que qualquer outra vez. O ruivo deixava um grande vazio na menina, e Hermione deixava um grande vazio em Ron, mas ambos eram orgulhosos demais para se desculparem.
Uma noite, todos da Grifinória foram acordados por Ron, que jurava ter visto Sirius Black com uma faca em seu quarto. Hermione estava preocupada com Ron no momento, e se ele tivesse morrido?! Porém no final ficou tudo bem e puderam dormir, embora a preocupação não deixasse a menina descansar, e Ron também estava angustiado sobre a menina.
Hermione estava ajudando Hagrid em um caso, para evitar a execução do hipogrifo, e foram indo bem, mas não estavam conseguindo. Um dia Hermione acabou falando sobre o caso com os amigos e não aguentou quando Ron disse que queria ajudar.
- Ah, Ron, eu sinto muito por Perebas - ela disse o abraçando. Ele corou, mas retribuiu o abraço. O calor dos seus corpos ligaram-se por uma fonte, o cheiro de camomila dos cabelos da menina enchiam as narinas do ruivo, e o cheiro de doce que Ron emanava acalmava o coração da menina, eles nunca mais queriam se soltar.
- Ah, bem, ele era um rato muito velho - comentou, quando se lembraram que Harry estava lá e se separaram. Ambos agora estavam sorrindo. Era tão bom fazer as pazes!
Apesar de todo o esforço do trio, o hipogrifo perdeu o caso e iriam executá-lo. Hagrid pediu para não irem lá, mas como sabiam que o gigante adorava o animal eles foram mesmo assim. Mas no caminho encontraram um loiro indesejável.
- Ah, vieram ver o show! - ele comentou. Hermione estava irritada com o fato de terem perdido e estava brava pelos comentários ofensivos de Malfoy durante todos esses anos. Ela já estava farta daquele loiro azedo, e mexer com ela, Ron e Harry agora era uma péssima ideia, sem contar o fato de que o dia também era perfeito, pois Hermione estava sim com tpm, embora ninguém tivesse notado.
- VOCÊ! SUA BARATA NOJENTA ABOMINÁVEL E ASQUEROSA! - ela gritou, correndo furiosa em direção ao sonserino, de varinha em punho apontada para o rosto magro do garoto. Quando estava perto o suficiente para azará-lo, uma voz, ou melhor, a voz que por algum motivo gostava de escutar, disse:
- Hermione, não! Não vale a pena! - e Ron tinha razão. Ela poderia arrumar sérios problemas, e isso significava voltar para a escola trouxa. Um arrepio lhe subiu à espinha só de pensar, e ela repassou mentalmente todas as regras de Hogwarts, que havia decorado. Confirmou que não havia nada sobre, bem, vocês verão, então ela se decidiu. Fingiu que baixara a guarda e, virando, lhe deu um belo de um soco na cara. Nunca havia se sentido tão bem.
Rony estava chocado. Hermione definitivamente mudara, e para melhor.
- Isso foi tão bom! - ela comentou, sorrindo.
- Bom não, brilhante! - disse Ron, a fazendo corar. Talvez ele soubesse que não havia nada sobre agressão física nas regras da escola porque, quem em santa consciência que tivesse uma varinha socaria alguém? Pelo menos devia ser assim que pensavam. Lembrando-se do que tinham ido fazer ali eles desceram a encosta do morro chegaram à cabana de Hagrid. E foi lá que viram, Perebas estava vivo. A raiva de Hermione subiu, e ela agradeceu por ter socado Malfoy, porque era capaz de ter quebrado a mesa de Hagrid com tanta raiva acumulada.
- Acho que você deve desculpas à alguém - ela disse.
- Quando eu encontrar Bichento eu peço desculpas para ele - disse Ron.
- Eu estava me referindo a mim! - bravejou ela, mas antes que pudesse acontecer mais alguma coisa, o vaso de Hagrid quebrou, e Harry reclamou de dor na nuca. Dumbledore, o ministro e o carrasco estavam chegando, então eles saíram correndo e subiram a encosta novamente. Viram a cena tão de longe que não dava pra ver nada, mas não tardou para ouvirem vozes mais vivas e, em seguida o som inconfundível de um machado atingindo seu alvo. Hermione não aguentou a tensão e começou a chorar, procurando abrigo no ombro de Ron, que a abraçou. Mas então Perebas o mordeu, e ele teve de ir atrás do rato.

Love Is The Name - RomioneOnde histórias criam vida. Descubra agora