capítulo três

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Meu pai se dividia em olhar a churrasqueira e me encarar, eu bem sabia o porquê, Davi tinha chamado o Felipe para cá e com isso Samantha também veio atrás. Confirmando mais ainda a fofoca da Vallen.

Respirei fundo outra vez e enfiei um oculos na cara, me ajeitando na espreguiçadeira pronta para dormir por ali mesmo.

— Desfaz essa cara que qualquer um ver que você estar incomodada com eles dois. — ouvi minha tia Rafa sussurar e dei de ombros.

— Não estou, não.

— Está sim! Te conheço Julia, ta aí se mordendo de ciúmes. — revirei os olhos por de trás dos oculos e senti ela bater na minha testa.

— Ai tia!!!

— Revira essa porcaria de novo, que eu arranco fora, sua bobona. — eu gargalhei e ela se levantou indo para perto da vovó e do Matheus.

...

— Ei, jubs, vamos comer? — Matheus me sacolejou e eu despertei mesmo que eu ainda quisesse dormir umas cinco horas.

— Só vou ir jogar uma água no rosto. — dei tapinhas no bumbum dele que saiu rindo.

Puxei minha canga de baixo de mim e amarrei na cintura, formando uma saia, passei por todo mundo e entrei em casa indo na direção do banheiro após a cozinha.

Lavei meu rosto e ajeitei meu cabelo em um coque alto, fiz xixi, lavei as mãos e sai do banheiro me esbarrando com o Felipe que me prendeu na parede.

— Deixa eu passar, Felipe.

— Calma moreninha, fica flex. — bufei entediada e tentou o empurrar o que não deu tão certo como eu queria. Ele me prensou mais ainda na parede e ajeitou uns fios do meu cabelo que havia se soltado.

— Se afasta Felipe, que saco, me deixa passar cara.

— Só depois de um beijinho, é rápido pô. — ele segurou meu rosto com as duas mãos e a nossa distância era mínima.

Soltei minha respiração e ele abriu um meio sorriso canalha o suficiente para minhas pernas fraquejarem. Por impulso lambi o meu lábio, em seguida ele roçou os dele nos meus me dando arrepios.

— MEU DEUS!

Merda! Merda!

Empurrei o Felipe e corri atrás do Matheus na tentativa de tentar segurar ele o que foi totalmente em vão quando eu cheguei ao lado de fora e ele já estava falando com meu pai que logo me olhou bravo e se levantou da mesa, vindo na minha direção.

J Ú N I O R 🧐

Eu já estava comendo e a Júlia não havia voltado da parte de dentro da nossa casa, olhei em volta e também aquele amigo insuportavel do Davi também não estava por ali.

Chamei pelo Matheus e pedi que fosse atrás de sua irmã, o que não demorou em nada para ele voltar correndo e me gritando.

— Para de gritar Matheus, sabe que eu odeio essa porra.

— PAI O FELIPE E A JULIA ESTAVAM DANDO BEIJO!

— Como que é moleque? — ele assentiu várias vezes confirmando e logo atrás vi a Júlia aparecer assustada no batente da porta que dava para a area da piscina.

Que porra é essa denteo de casa, Júlia?

— Pai, pelo amor de Deus, não grita. — ela passava a mão no rosto mostrando sua tensão, cruzei meus braço e aí sim aumentei o tom de voz.

— ENTÃO VOCÊ ACHA QUE ESTOU GRITANDO JULIA RODRIGUEZ SANTOS!

Ela guiou para dentro de casa e eu fui atrás trombando com o tal Felipe pelo caminho.

— Some da minha frente moleque! — apontei e ele deu risada e levantou os braços em rendição.

— Calma tio, nem fizemos nada....ainda. — travei meu maxilar e fechei meu punho pronto para acertar esse moleque todinho.

— Júnior! Nem pense nisso. — bufei frustado por ver a loira da minha mulher me impedindo. Apressei os passos até o andar de cima e forcei a porta do qual estava trancada.

— Júlia! Abre a porta.

— Não quero e não vou abrir nem pra você ou para qualquer outra pessoa.

— Júlia! — esbravejei e a escutei mexer nas chaves, destrancando a porta.

— Porque você sempre tem que fazer isso, pai? — seu rosto estava vermelho e eu senti meu peito apertar. Tentei mexer na mesma mas ela entrou no quarto e se jogou na cama.

Fechei a porta atrás de mim e sentei na beirada da cama.

— Filha!

— Me deixa, me deixa quieta. Você não cansa de me sufocar desse jeito?


Eu só quero te proteger amor.

— Antes fosse só por proteção pai, o que custa você confiar em mim da mesma forma que mantém confiança no Davi? É o que apenas por que ele é homem e eu não?

— Não é assim Ju.

— É assim, sim! Pai, por favor cara, nem aconteceu nada e você sempre surta, tendo visto algo ou não. — ela estava soluçando e havia se sentado na cama, passei a mão pelo cabelo sem saber direito o que dizer.

— Tudo bem, ok? Talvez você esteja certa, mas pô Julia de longe eu vejo que esse zé ruela não vale o prato que come.

— Mas nós não temos nada pai, meu Deus. Você ainda não entendeu isso, não temos nada e você é desse jeito. Só imagino o dia que eu aparecer namorando, você vai morrer.

— Não vou morrer não, até porque namorar você não vai. — ri amarelo e ela revirou os olhos pra mim.

— Você não vai parar de ser desse jeito, não é?

— Me desculpa, amor.

— Tudo bem pai, tá desculpado até o próximo surto. — ela bufou e eu dei risada, bati em sua perna de leve e saí do seu quarto.

Desci e minha mulher conversava com o Felipe, apenas o encarei e ele deu uma recoada.

— Pode ficar Fê, ele não vai fazer nada, não é, preto?

— Nada, até porque se eu fizesse seria preso. — Pisquei para o mesmo e ele engoliu em seco, Lorena se afastou rindo e eu me aproximei mais dele. — Só experimenta outra vez ficar tão próximo dela que eu arranco isso que você chama de pinto e faço você comer.

— T..a ta...ta..ta bom tio.

— Neymar! Pra você é Neymar. — apontei em seu peito e ele assentiu seguidas vezes. — Agora mete o pé e se algo que te falei sair daqui... — abaixei meu olhar e o olhei de volta. — Já sabe né, felipinho?!

hi, people.
juro q vou tentar recompensar com um grande ou uma maratoninha mas ainda nao sei quando vou conseguir faze-la.

No meu olhar. 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora