Eu me controlei da melhor forma que consegui, fui ao banheiro e lavei meu rosto, nuca e os pulsos. Me ajeitei e logo peguei minhas coisas dando inicio ao meu trabalho de hoje.
Depois da audiência que teve que ser remarcada já que o individuo teve a patifaria de não aparecer, eu ainda estava atordoada por hoje cedo e preferi ir para casa.
Matheus ainda estava no colégio mas logo chegaria, despensei a nossa cozinheira e eu mesma tomei conta da cozinha, fiz um almoço gostoso e levinho. Arrumei a mesa e deixei tudo tampado enquanto eu iria tomar banho.
— Manhê!!! Mãe!!!! — ri dos gritos do Matheus e saí do banheiro enrolada na toalha, bem quando ele entrou no quarto.— Oi, tia Lu disse que você tava em casa, achei que era mentira só para eu ir logo tomar banho.
— Não amor, vamos passar o restinho do dia juntos tá legal? — ele assentiu e saiu para o quarto dele.
Me vesti e desci indo ajeitar os nossos pratos, Matheus desceu apenas de bermuda e chinelo nos pés. Estava um pouquinho calor, então nem reclamei. Comemos juntos e depois ficamos jogados na sala assistindo filme. Depois o ajudei no dever de casa e ele subiu para se arrumar para a escolinha de futebol, o que o Davi não gostava nem pagando o Matheus era louco, o que fazia o Júnior ser ainda mais doido para ver ele sendo profissional e o nosso combinado era que o mesmo correria com as próprias pernas, sem colher de chá. O que era fácil já que ele era quase uma miniatura do Neymar.
Troquei de roupa, colocando uma calça jeans escura e uma blusa de malha com meia mangas. Matheus desceu já uniformizado e com a chuteira nas mãos.
— Vamos?
— Eu pedi o pai pra ir me ver, não tem problemas né?
— Claro que não amor, sem nenhum problemas. — ri sem graça ao ver que eu estava até o privando do mínimo com o pai dele.
Respirei cansada e saímos de casa, depois de entramos no carro, Theus foi colocando a chuteira e eu dei a partida para o ct que nem era tão longe da nossa casa. Estacionei e de longe vi o Júnior e a Júlia sentados e rindo de algo entre eles dois.
Matheus pulou para fora do carro e correu para o pai dele, saí puxando minha bolsa, travei o carro e caminhei até eles.
— Oi!
— Oi mãe, senta aqui. — Julia se afastoyu deixando um espaço entre ela e o Neymar, quis esganar ela mas me sentei ali. Júnior se virou para me olhar e todo o seu perfume voou para mim, fazendo com que eu inalasse.
— Tudo bem? — assenti e dei um sorrisinho, ele apenas me encarou e voltou a mexer com o Matheus.
— Ele não vai te morder se você falar com ele, amada.
— Júlia, fica quietinha que você ganha mais meu amor. — dei uns tapinhas leves em sua coxa e ela riu e negou.
— Vocês parecem dois adolescentes, como diz a vovó! — escutei ela remungar e resolvi ignorar, cruzei meus braços abraçando o meu próprio corpo e me inclinei para frente, me ajeitando para assistir o jogo-treino do Matheus que começou logo depois.
No fim do treino o Matheus tinha feito dois gols e estava todo bobinho, chamou pela Júlia e a mesma foi até ele dentro do campo e ficaram brincando e tirando altas fotos.
— Você pode conversar comigo, ou tem medo de que eu lhe faça algo? — neguei frustada e olhei o neymar que estava apoiado com as costas no banco, uma das pernas cruzadas em cima da outra e com uma das mãos por cima.
— Não é nada disso Neymar. Eu só tive um dia complicado hoje.
— Você sempre tem dias complicados, é rotineiro essa desculpa. — ele negou e se ajeitou no banco, mudando a posição para a mesma que a minha. Seu rosto estava a centimetros do meu e eu estava tonta com seu cheiro. — Tem três crianças no meio de nos dois e o mínimo que posso fazer é te comunicar que no próximo mês estarei indo para o Brasil.
— Ok, tudo bem. Quer leva-los? Eles já estarão nas férias do fim de ano.
— Lorena, eu vou jogar no flamengo... Eu vou morar lá, no rio. — senti meu peito se apertar e meu corpo foi com tudo para trás, se chocando com o banco. Minha respiração se descompensou e eu entrei em puro desespero. — Cê tá bem?
— Você vai me deixar aqui...
— Caralho, Lorena! Eu não vou te deixar mano, eu vou encerrar a minha carreira. Só. E também foi você quem quis que estivessemos assim. Você quem quis a separação. Você e não eu. Se tem alguém cometendo abandono, não sou eu. — ele dizia sem vacilar o olhar do meu. Senti meu rosto queimar e o choro prender na minha garganta. Sai quase correndo, entrei no banheiro do CT e joguei uma água no rosto. — Lo?
Ele bateu na porta algumas vezes, e eu fiquei quieta, tentando controlar minha respiração que estava quase me sufocando em puro desespero.
— Nena? Abre aqui. Abre, por favor. — destranquei e me afastei da porta, encostei meu corpo na bancada de marmore e ele logo apareceu no meu campo de visão. — Eu não vou te deixar, nunca. Eu só tô seguindo minha vida Lorena. Juro, por tudo o que você quiser que o eu mais queria era que você estivesse lá comigo.
— Isso não vai acontecer, Júnior. — cruzei meus braços abaixo do seio e ele parou bem na minha frente.
— Olha pra mim e diz que tudo que passou durante todos esses anos foi inválido. Lorena, isso é foda cara, estamos nos separando por algo que se fosse conversado não teriamos mais problemas e tudo estaria bem. — assenti magoada e ele mexeu no meu cabelo, chamando minha atenção para ele. — Eu nunca vou te deixar para trás, você é minha e isso também não vai mudar nem se passarmos anos separados. Eu amo você e isso vai permanecer.
A voz dele falha em repetidas vezes, seus olhos se guiavam aos meus, soltei meus braços, Júnior puxou meu corpo com força e nos chocamos, era um abraço quentinho e gostoso. Seu cheiro se misturava com o seu hálito de menta e eu apenas quis curtir aquilo, por menor que fosse o tempo que iria durar.
Seu beijo selou minha testa e suas mãos puxaram meu rosto para cima, abri os olhos e aquelas bolhinhas esverdeadas me encaravam sem dó de mim, um meio sorriso de canto de boca. Me deixei amolecer e fiquei na ponta dos pés, selando sua boca dando á ele liberdade para me beijar.
×××
iaí?!
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No meu olhar. 》 NJR
FanfictionNo meu olhar, você será para sempre minha eterna menina, aquela que quando estava brava eu conquistava com um picolé de morango. aquela que cresceu em um piscar de olhos e isso me intriga, me faz ter um ciúmes e sua mãe dá altas risadas dos meus su...