— No próximo fim de semana temos o aniversário do cebola. — meu pai comentou e minha mãe assentiu.
— Mari me falou hoje, eles vão ter outro bebê. — me engasguei e o Matheus riu da minha cara.
— Meu deus do céu, mãe, o meu padrinho não desistiu ate conseguir né?
— Aham. — minha mãe riu baixo e vi meu pai dar uma murchada. — Que foi, Júnior?
— Sabe o que é, amor...
— Não! Já lhe falei que nenhum bebê vai sair de mim outra vez! — ela riu para ele sem mostrar os dentes.
— Mas amor...
— Júnior, não! — ela já estava irritada e acabou levantando da mesa. Matheus já tinha saído quando eles começaram a mini discurssão e eu encarei meu pai.
— Que foi, garota?
— Ué, nada, pai.
— Sei, sei. Custava nada tua mãe me dar outro pivete, eu hein, mal vontade do caralho. — ele ficou resmungando e eu preferi ficar quieta na minha ou eu quem iria me irritar com a teimosia do meu pai.
Há alguns meses ele cismou com essa idéia de que ele e minha mãe poderiam ter mais um bebê e como já ficou evidente minha mãe não quer.
E eu não a julgo, Matheus e eu já estamos grandes, ela conseguiu se formar em advogacia e tem trabalhado bastante, meu pai, mesmo depois de ser melhor do mundo por quatro vezes, ainda não se aposentou e com isso... Nenhum dos dois teriam tempo para um mini serhumaninho.
Minha mãe estar sempre batendo o pé, dizendo que não. Pois segundo ela os únicos bebês á entrar pela nossa casa serão seus futuros netos. E eu só faço dar risada.
Terminei meu jantar e meu pai ainda estava naquela lenga-lenga. Subi para o meu quarto e fiquei assistindo série até que o sono batesse na minha porta.
Acordei com meu despertador e tratei logo de desligar ele, me levantei, estiquei o corpo e fui tomar meu banho. Me arrumei com o uniforme da escola e peguei minha mochila, jogando meu celular no bolsinho da frente.
Tomei apenas uma vitamina de morango e minha mãe me gritou, pois hoje eu aproveitaria para ir com ela que iria para o forúm que fica á três ruas depois da minha escola.
— Acredita que seu pai foi dormir no quarto de hóspedes? Olha, vou te contar, ás vezes fico pensando em quando que o Júnior vai parar de ser birrento. — ela negou e deu a partida.
— Mas vocês já conversaram mãe?
— Caralho... desculpa. Já e muitas vezes. E é o que mais me dar raiva porque ele sabe que não existe nenhuma possibilidade de termos um bebê.
— Desde que o vovô morreu ele parece querer sempre a gente por perto, sabe. E eu entendo ele... não é querendo te julgar mamãe, mas desde que você começou a colocar sua carreira em pratica, se afastou bastante de todos nós. — falei meio reciosa e ela suspirou.
— Júlia, você já está se tornando uma mulher e vai entender bem o que vou te dizer. Você sabe toda a minha história com o seu pai, não lhe escondemos nada. Não é?
— Sim, mãe...
— Ok! Então também deve saber que eu nunca gostei de depender de cada centavo do seu pai, mesmo que ele diga aos quatro ventos que ama me mimar e dar tudo que eu mereço. — ela deu um risinho nasalar e eu concordei, vendo que já estavamos perto da escola. — Depois de muitos anos me dedicando com todo amor e carinho á vocês, eu destranquei a faculdade e me formei, não tem nem dois anos que estou atuando no mercado e sabe o que é mais engraçado? Eu me sinto extremamente bem em saber que sou útil e não apenas dona de casa e mãe que estava lá sempre a dispor e vivendo por outras pessoas e não por mim, entende?
— Eu entendo mamãe, entendo. Eu fico ainda mais feliz em te ver bem, com os seus objetivos alcançados e sendo você por você mesma. — beijei seu rosto e ela sorriu, já estavamos em frente a minha escola.
— Não que eu não queria ter mais um bebê por igoísmo meu, mas sabe... É muito complicado, eu comecei agora a me erguer com meu próprio dinheiro, seu pai também não teria tempo... Não existem condições, por mais eu ame demais o seu pai, esse momento é para pensar em mim e não em fazer um mimo para ele. — ela soltou um suspiro pesado e eu senti meu coração ficar pequenininho. — Agora vai, se não vai levar advertência por atraso.
— Vai ficar tudo bem mãe, te amo viu? — ela assentiu e eu a abracei do jeito que dava.
— Também te amo, amor.
oi, confesso que estava sem idéias para aqui, porém já me veio algumas e bom as meninas sabem e outras não, que a demora também é porque estou muito mal pegando no celular rsrsrs
mas não deixarei de atualizar.
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No meu olhar. 》 NJR
FanfictionNo meu olhar, você será para sempre minha eterna menina, aquela que quando estava brava eu conquistava com um picolé de morango. aquela que cresceu em um piscar de olhos e isso me intriga, me faz ter um ciúmes e sua mãe dá altas risadas dos meus su...