— Daria para gemerem mais baixo? Tem crianças no recinto. — eu quis rir alto da voz da dona Elisete do outro lado da porta mais o Júnior, que agora estava encaixado em mim, frente a frente. Fez shiu com o dedo que tem a tattoagem da mesma palavra e eu deitei meu rosto em seu ombro.
— Foi mal, aê! — meu marido gritou e abafou o riso, ficamos quietos ouvindo os passos da nossa governata se afastar do lado de fora e o Júnior estapeou minha bunda antes de sair de dentro de mim. — Viu só, sua escandolosa?!
— Ah é sou eu, sim. — ri e me vesti bem rápidinho enquanto ele fazia o mesmo.
Sempre foi meio louco mesmo depois de tantos anos a nossa conexão sempre é a mesma, nunca se deixou se perder em meio as nossas brigas ou afastamentos bobos. E eu posso dizer que sou grata por isso, porque além do nosso sentimento tudo o que fazermos ao dar prazer um ao outro me faz sempre querer mais.
Não sou sonsa de dizer que pelo menos á um ano nos dois estamos brigando além do normal e com isso tem até dormidas em quartos separado ou até dias sem trocar uma só palavra, sei que tudo isso não é apenas sobre a minha profissão ou o quanto eu estou focada nisso... tá, talvez eu tenha sim um pouco de culpa, mas o Júnior também vem fazendo coisas que me irritam como por exemplo: insistir em ter mais um filho.
— Você está tomando a injeção?
— Claro que sim. — falei como se fosse óbvio e reprimi a vontade de revirar os olhos em mais uma vez ele estar entrando nesse assunto. — Júnior, você não vai querer voltar a brigar de novo por isso né? — bufei frustada e terminei de abotuar a minha camisa, ele deu de ombros tristonho e saiu do escritório sem dizer mais nada.
PORQUE MEU MARIDO É TÃO COMPLICADO?
Neymar Júnior.
PORQUE MINHA MULHER É TÃO COMPLICADA?
Eu não estou sendo igoísta em pedir um filho a ela, não estou. Se ela soubesse o quanto eu desejo isso e o porquê, já teria mudado de idéia.
Não que ela tenha obrigação em atender e fazer todos os meus pedidos sem questionar ou bater o pé dizendo que não quer.
É foda, irmão. É foda.
Por mais longe que já tenhamos ido, eu ainda assim sinto falta de algo que complete a nossa família e por saber que daqui algum tempo eu já esteja velho demais para correr atrás disso, me sinto frustado e totalmente inútil.
Passei pela dona Elisete e a mesma riu bem baixinho e eu só dei de ombros, depois falaria com ela. Não que seja a primeira vez que ela ouve algo, mas da mesma forma eu deveria dizer algo não é?
Entrei no closet e busquei por um conjunto de moletom, uma cueca e entrei no banheiro, tomei um banho absurdamente quente no ponto de sentir minha pele se esquentar em segundos, esfreguei meu rosto tentando organizar o pouco da zona que estava a minha mente.
Vesti minha roupa e coloquei um tênis, no eclã do celular vi que marcava pouco mais das nove da noite, joguei o mesmo no bolso, junto com a carteira, enfiei um boné na cabeça e desci direto para a garagem.
Dei partida para um restaurante pouco movimentado e estacionei, desci, travei o carro e pedi por uma mesa bem no fundo, com pouco destaque e muito socego.
— O mesmo de sempre, Sr. Santos?
— Sim por favor, mas hoje pode trazer um duplo. — afirmei sobre o meu conhaque ao garçom medeiros que sempre me atendia. Logo ele voltou e me deixou o meu pedido, se afastando em seguida.
Minha mesa mesmo bem distante, tinha em sua lateral a parede sendo de blindex, me dando visão da rua que nem tinha tanto movimento assim, mas me destraía sempre que eu vinha aqui.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No meu olhar. 》 NJR
FanfictionNo meu olhar, você será para sempre minha eterna menina, aquela que quando estava brava eu conquistava com um picolé de morango. aquela que cresceu em um piscar de olhos e isso me intriga, me faz ter um ciúmes e sua mãe dá altas risadas dos meus su...