— Ué, vim te ver já que você não me respondeu desde ontem quando saiu la de casa. — ele deu de ombros e eu continuei o encarando. — Eu trouxe pudim.
— Eu estou cansada, Neymar. Passei o dia na rua e para completar ainda me estressei agora pouco com a sonsa da sua ex. — passei por ele entrando na cozinha, peguei um dos pudins na geladeira e me apoiei no balcão, começando a comer. — Ela foi bem baixa e super grosseira.
— Ela só deve estar chateada com toda essa história do bebê e também por estarmos juntos. — a defendeu e eu neguei decepcionada.
— O que não deveria ser de tanta importância já que foi ela quem quis se separar de você, ou isso te afeta também... eu posso criar essa criança sozinha e você voltar para sua família linda e feliz. — ironizei e vi o Júnior soltar um suspiro pesado. — Eu sei que você ainda a ama Juninho, qualquer um em sã consciencia reconhece isso claramente escrito na sua testa.
— Isso não é verdade.
— Para de se enganar, por favor?
— Cath, eu não quero brigar, para com isso. — eu assenti sem tirar os olhos do meu pudim, senti o beijo do Júnior molhar minha testa e eu ali eu permaneci até terminar de comer.
Meu Deus, onde será que me enfiei.
— Tenho que ir embora, amanhã eu já saio cedo para me preparar para a final. Tá tudo bem?
— Depois conversamos, Júnior. Na quinta a tarde nos vemos na consulta. Eu te mandei a localização. — Me virei de costas para ele, joguei o potinho no lixo e lavei minhas mãos.
— Então você não vai no meu jogo? — neguei e me senti um enorme arrependimento logo em seguida quando encarei aqueles olhos esverdeados. — Ahhh, amor... Sério?
— Se eu estiver me sentindo um pouco melhor eu vou sim, Juninho. Mas não te prometo nada, eu sei que aquele lugar não é bem meu. Eu só... só estou cansando de tudo que fica ao nosso redor e sempre tem que ter resquicios do seu casamento no meio.
— É só de momento pô, ainda temos que nos acostumar com tudo e depois vai ficar tudo bem. — eu dei de ombros e selei sua boca.
— Independente de qualquer coisa te desejo muita sorte e um enorme parabéns por tudo que você trilhou ao longo de todos esses anos. — fiz um carinho em seu rosto e o Júnior me puxou para um beijo calminho e eu não queria mesmo que acabasse.
— Vou te esperar lá e se não for, eu vou entender. — me soltei do seu abraço e ele saiu da minha cozinha e logo do apartamento. Senti minha respiração se soltar com tanta leveza que eu arriscaria dizer que eu estava a prendendo e não tinha percebido. Voltei a sentir o mesmo formigamento na barriga, era estranho mas ao mesmo tempo o meu corpo parecia já conhecer aquela dorzinha insistente. Tratei de encher a banheira e entrei para relaxar meu corpo naquela água morna. Eu acho que acabei até cochilando ali, quando despertei a água já estava ficando fria e eu saí da mesma, me sequei, me enrolei em um roupão. Calcei por uma calcinha de algodão e com as laterais mais largas, vesti, joguei uma blusa do Júnior no corpo. Pedi um pizza pequena pelo delivery e fiquei na sala assistindo 13 desejos, eu definitivamente estou na fossa.
Júlia.
Minha mãe entrou em casa pisando fundo e eu que não iria me arriscar em perguntar o que tinha acontecido, me despedi da minha avó e peguei meu uber indo para a casa da minha avó Nadine.
*
— Acho que meu pai até foi um pouco grosseiro, sabe vó? Mas minha mãe também não deixa nada passar despercebido. — eu disse negando e minha avó riu, dividindo comigo um pote de sorvete de flocos.
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No meu olhar. 》 NJR
FanfictionNo meu olhar, você será para sempre minha eterna menina, aquela que quando estava brava eu conquistava com um picolé de morango. aquela que cresceu em um piscar de olhos e isso me intriga, me faz ter um ciúmes e sua mãe dá altas risadas dos meus su...