No meu olhar. 》 NJR

capitulo dezesete.

alguns meses depois...

Depois daquele beijo não o vi mais, em canto algum. Mesmo quando ele vinha para ver as crianças, nunca nos esbarravamos. Eu senti uma saudade enorme do meu marido e bom... ele já não era mas tão meu assim, já tinhamos feito o divórcio, passamos as festas do fim de ano separados tanto como casal como de qualquer outra forma. Era e é muito doloroso ver que ele está na reta final de sua carreira, realizando mais um de seus sonhos e eu não iria estar nem de longe para apreciar tudo aquilo e desejar parabéns.

A mídia caiu em cima quando o mesmo soltou uma nota devido as especulações, ele desativou boa parte de nossas fotos do seu perfil, deixando apenas a que estamos juntos com as crianças e uma de quando nos casamos, essa qual foi excluída do perfil há algumas semanas... Eu tranquei meu perfil por conta do alvoroço que as fãs dele e igs de fofocas estavam fazendo. Não fiz questão de retirar nenhuma foto, todas ainda estão lá e assim vão permanecer até que eu tome ciencia realmente da escolha que fiz.

Júlia se mudou junto do pai, ela já se formou no colegial e tudo ficou ainda mais fácil para ela convencer a nos dois do quanto seria bom para ela. Eu fiquei bem tristonha mas aceitei e deixei a mesma criar asas para voar. Matheus ainda mora comigo, mas sente uma falta absurda do Júnior e da irmã, e eu lhe prometi que nas férias do meado do ano iramos passar lá até o último dia. E estamos embarcando hoje para isto, daqui a três dias o Júnior fará o último jogo de sua carreira e eu mal sei como reagir a isso.

Júlia

Minha vida e de meu pai aqui no Rio tem sido ótima, me aproximei mais da minha avó Fe e tenho conhecido muitas coisas novas e também feito bastante amigos no cursinho de moda que eu resolvi fazer apenas para não ficar atoa enquanto meu pai trabalha, já que eu ainda não me decidi em qual faculdade cursar e também esperaria por isso quando voltarmos a morar na europa...

Meu pai mudou bastante desde que separou de minha mãe á quase seis meses atrás, eu sinto muito por eles e agora dói um pouquinho mas já que o mesmo parece estar de rolo com uma tal de Catherine. Eu já a conheci e ela me parece muito tranquila até em relação a minha mãe e a mesma, minha mãe, ainda não sabe de nada.

— Sua mãe vai ficar aqui em casa, Julinha?

— Eu não sei vó, acho que como tem tempo que meu pai não ver o Theus, ela deve ficar boa parte lá em casa.

— Sim, mas acho melhor que ela durma por aqui... Você sabe bem o porque. — minha vó dizia enquanto terminava de me ajudar a secar meus cachos e eu assenti. — Eu não sei filha, mas ainda tenho um pouco de esperança que esses dois se acertem.

— Eu também vovó, eu também. — murmurei e ela beijou minha bochecha quando acabou o que eu lhe pedi. Desliguei o secador e o guardei, saí do quarto dela e passei no que eu havia dormido por esses dias e peguei minha mochila.

— Vamos neguinha? Vou te deixar no cursinho e de lá vou para o Galeão pegar sua mãe e o teteu. — assenti e saímos do apê, entrei no elevador e logo meu celular acendeu com uma mensagem do meu pai.

Xunenhu 🤭

Amor, peça sua mãe para vim jantar aqui em casa com o Matheus.
Beijos, boa aula!
Te amo!

Pode deixar, pai.
Tb te amo.

Suspirei entediada e chegamos ao estacionamento, minha vó desalarmou o carro e depois logo deu a partida, me deixando em minutos depois na frente do cursinho. Me despedi dela e entrei, assinei a folhinha de presença e logo avistei Manu e Renatinha, ficamos conversando, fizemos todas as aulas. Pedi um uber para a casa da minha avó, no caminho tentei falar com minha mãe mas pelo o que estava vendo seu número de barcelona já estava por fora e eu ainda não tinha o do rio. Bufei irritada, estava um calor horrendo e tudo o que eu queria era ficar quietinha depois de um bom banho geladinho. Paguei os vinte reais da corrida e desci do carro, subi direto para o apê da minha avó e entrei com a minha chave.

— Vó?? Mãe?? — gritei um pouco alto e vi algumas malas no canto da sala.

— Julia! Sua mãe já foi para Barra, só trocou de roupa e foi com o Matheus. — engoli em seco lembrando que a Catherine estaria por lá com meu pai. Dei meia volta e desci chamando por outro uber.

Lorena.

Eu havia me esquecido do quanto o Rio é quente, me abanei dentro do uber que mesmo com o ar ligado mal dava vazão, Matheus estava eletrico, ansioso para ver o pai e eu dei um sorrisinho quando ele me olhou. Paguei pela corrida quando paramos, agradeci e descemos já dentro do condomínio e em frente a mansão.

— Será que meu pai já chegou?

— Acho que sim, amor. Os carros estão todos ali. — apontei e o Matheus olhou confuso para a garagem.

— Ele comprou outro, caraca.

— Não sei... nunca tinha visto esse também. Vamos? — balancei as chaves que minha mãe havia me dado e destranquei a porta enquanto falava com o Matheus. — Se ele ainda não estiver chegado, podemos fazer uma surpresa, né?

— Uhm... — ele murmurou e fechou o sorriso assim que olhou para dentro da casa. Neymar estava aos beijos com uma morena bem bonita e atirada em seu colo.

Ok. Não vai ser tão fácil assim...