capítulo trinta e dois/ penúltimo

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três semanas depois...

Eu já estava me sentindo bem depois de toda aquela confusão que o Leonard causou em minha vida, ele estava preso e não sairia nem tão cedo. Eu preferi encerrar os trabalhos no escritório por pelo menos algum tempo, claro que antes eu fiz as audiências que eu já tinha em agenda. Depois de me recuperar o suficiente fui visitar o novo babycebola, Théo é um enquanto de bebê e a Julinha surtou quando soube que ela seria a madrinha daquele gorducho.

Junior já havia resolvido tudo no rio de janeiro e outra vez estavamos todos morando em nossa casa, a não ser pela Júlia que estava junto do Davi e Felipe, no Canadá e nem preciso dizer o quanto o meu amorzinho surtou com isso não é? Falando nisso, já conversamos e tudo estava indo muito bem e até menos conversamos sobre nossos horários de trabalho e logo tudo vai se encaixar.

(...)

— Mas o que você está pensando sobre isso? Você vai ir ver o que ela quer? — Gus estava na minha cozinha e eu estava terminando de fazer um brigadeiro para nos dois, desliguei o fogo e coloquei o doce em um prato. Dei uma colher para o Gus e peguei uma para mim e me sentei perto da bancada, colocando o prato sobre ela e me sentando de frente para o meu amigo.

— Ahn, Gus! Eu tô quase certa que vou sim falar com ela. Sabe, já aconteceu tanta coisa e também de tudo que o marido dela me causou talvez seja apenas por causa dele que ela pediu para conversar comigo. — eu sorri de canto e o Gus assentiu. — Você pode ir comigo?

— Claro, meu amor. — joguei um beijinho para ele e nos dois ficamos comendo e jogando conversa fora até quase o entardecer, apenas me troquei colocando uma calça e peguei meu telefone e a chave do carro. — Vamos Guga?

— Vamos, vai pegar o Theus na escola? — saímos de casa e eu neguei indo para o meu carro.

— Junior já o buscou e vai dá uma passada lá na Nadine, parece que a Rafa e o Henrique querem falar com ele. — dei de ombros e dei a partida.

— Fica á duas quadras daqui, Lore. — resmunguei concordando e segui o caminho que o Gus ia indicando, entramos em um condomínio e eu estacionei na vaga de visitantes. A Bruna ja havia deixado avisado que estava nos esperando e então isso facilitou para que entrassemos no prédio, pegamos o elavador e fomos até o quinto andar, onde descemos e logo de frente era a porta do apartamento dele. Toquei a campanhia e olhei o Gus que se aproximou e beijou minha testa. — Fica calma.

A porta foi aberta por um senhora e ela sorriu o que me fez lembrar da Bruna e logo a mesma se apresentou como a mãe da tal.

— Vem, ela está te esperando no quarto dela. — eu assenti e pedi ao Gustavo que não me deixasse sozinha. Quando a mãe da Bruna abriu a porta do quarto foi de imediato em minhas narinas o cheiro de alcool e aquele aroma de hospital. Respirei fundo e segurei na mão do Gustavo antes de entrar. A Bruna estava reencostada na cabiceira da cama, muito mais magra de quando eu a vi no escritório, seu rosto não tinha um brilho bonito que ela sempre esbanjava. Eu engoli em seco e me sentei em uma das cadeiras que tinha por ali, quando ela começou a falar foi inebitável não reparar em como também a voz dela estava fraca e ela se esforçava demais para mover qualquer parte de seu corpo.

— Lorena... outra vez, eu me senti na situação de te pedir desculpas. Eu sei o quanto foi e é doloroso tudo que o meu ex-marido lhe causou. — eu assenti e estava começando a sentir meu rosto queimar. Gustavo estava fazendo um carinho em minhas costas e eu o olhei dando um meio sorriso.

— Você não tem que se culpar por ter sido esposa de um verme daquele, Bruna. De verdade, não precisava me pedir desculpas por algo que você não tem culpa.

No meu olhar. 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora