17 - Paula

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Hoje é a noite do evento, do grande evento, Bella me ajudou a escolher o vestido da noite de gala, a convidei para ir comigo, mas o Saulo fez um jantar romântico, sei que eu deveria ser a prioridade ela, mas tirando a parte egoísta do meu ser, eles estão se dando tão bem, nunca a vi tão feliz e sendo assim, eu aceito.

Cheguei um pouco mais cedo para avaliar com cuidado cada detalhe, Bete já estava lá fazendo isso, mas, ainda assim, fui.

– A senhora está incrível. – Ela me cumprimentou.

– Muito obrigada, e você está deslumbrante. – Ficou vermelha.

– Obrigada! Gostou de tudo?

– Ficou como planejamos, nos mínimos detalhes. – Varri o ambiente com os olhos. – Bom trabalho!

– A nós. – Sorrimos. – Afonso está na sala dele.

Bati na porta da sala dele.

– Tudo está incrível lá fora. – Entrei.

– Incrível está você. – Fui analisada dos pés as cabeça.

Ele estava sentado na mesa, com uma mão no bolso e a outra com o celular. Bem alinhado, primeira vez que o vejo coerente ao cargo.

Aproximei-me.

– Vamos?

– Claro. – Ele se aproximou e fechou os olhos, respirou fundo.

– Que perfume maravilhoso. – Dizia ainda de olhos fechados. – Você deveria ser o meu par. – Falou.

– Não comecemos. – Recuei.

– Eu sei que você sente alguma coisa...

– Você é um homem muito atraente, Afonso, mas só.

– Fica nervosa quando chego perto. – Sorriu.

– Nervosa não. – Avancei em sua direção. – Atraída, feito imã, por isso é importante manter distância.

Ele me segurou pela cintura e me beijou, inflama, chega a queimar a pele de uma forma muito sútil. O corpo inteiro dilata. Ele me encaixou em sua cintura, e me colocou em cima da mesa, o pecado é bom, mas causa estrago, o preço é caro. Coloquei minhas mãos em seu peito, contra nós dois, e pedi para que ele parasse.

– Não precisamos parar. – Sussurrou em meu ouvido.

– Tem batom roxo na sua boca, no seu pescoço... você precisa limpar. – Levantei e me arrumei.

– Paula... – Ele chamou enquanto atravessei a porta.

Fui até o banheiro, retoquei o batom e fui para o espaço do evento.

As pessoas começaram a chegar, estava ficando movimentando. Deparei-me com uma mulher linda vindo em minha direção, cabelos ondulados, olhos claros, dentro de um vestido vinho ideal para o seu tom de pele.

– Paula? – Sabia meu nome.

– Sim. E você? – Estendi a mão.

– Aline. – Cumprimentou-me.

E para minha surpresa Cris a conhecia.

– Aline? – Cris chegou abraçando a moça.

– Cris! Quanto tempo! – Pareciam intimas demais. Fiquei incomodada.

– Paula, ela é a única mulher formidável da vida de Afonso. – Sempre sútil.

Aline sorriu.

– Acabei de sair da sala dele. – Cris piscou e ela se despediu.

– Você está deslumbrante. Eu vou paquerar você. – Ela me abraçou.

– Você quem está deslumbrante. – Sussurrei no ouvido dela.

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