51 - Paula

30 1 0
                                    

Nunca vi o tempo passar com tanta velocidade como nesses últimos meses, o Afonso vai se casar, Cris está morando comigo, o quarto já está preparado para receber o bebê e eu estou quase explodindo de tão inchada, a qualquer momento eu posso gritar dizendo que a bolsa estourou.

Hoje, um belo domingo, decidimos fazer uma festinha entre os pais dessa criança sortuda aqui em casa. Contratamos um buffet com carnes e queijos e petiscos deliciosos. Estamos nos dando bem ou estamos todos nos esforçando para isso.

Entrei para pegar um copo de água e fiquei observando Aline e Cris conversando na beira da piscina e de longe me parece uma cena bonita demais para ser real.

– Elas são lindas. – Afonso segurou a minha mão.

– Estamos fazendo a escolha certa? – Cuspi o que estava entre os lábios. – Será que isso não é demais para elas?

– Se fosse demais elas não aceitariam, Paulinha. – Ele descansou a cabeça em meu ombro. – Eu sempre vou amar muito você.

Eu sorri satisfeita.

– Você é o cara mais incrível e eu tenho muita sorte em ter você. – Beijei a testa dele.

Nos abraçamos por alguns longos segundos.

– Vamos... – Ele segurou em minha mão e voltamos para a piscina.

Sentei em uma das espreguiçadeiras acolchoadas e Afonso empurrou as duas para dentro da piscina e se jogou em seguida. Cris se pendurou nas costas dele e Aline ficou lançando água nele e eu fiquei apreciando todos aqueles adultos tão felizes.

Cris saiu da água e sentou ao meu lado.

– Eu te amo tanto. – Tocou em meu rosto e me beijou.

Afonso e Aline ficaram abraçados dentro da água assistindo.

– Meu filho está muito ferrado. Quatro pais nojentos. – Gritou.

Todos sorrimos alto.

Aquela tarde foi incrível, certamente esse dia será contado ao nosso filho. Em nossa despedida Afonso me fez jurar que assim que a bolsa estourasse eu ligaria para ele, como se eu fosse lembrar do celular, mas jurei.

A Cris subiu, tomou um banho, arrumou o quarto de baixo, já não sou capaz de subir as escadas. Tomei banho no banheiro social em baixo e fui para o quarto.

– Você quer alguma coisa? – Perguntou atenciosa.

– Quero. – Disse com dengo.

– O quê, amor?

– Você aqui me fazendo cafuné. – Estiquei os braços para ela.

– Mas é claro.

Cris subiu na cama e me acolheu em seus braços.

Que sorte!

Fica entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora