Cap.9- Chuva?

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Um mês depois

Mike e eu acabamos nos tornando bons amigos, enquanto Hillary havia se distanciado de mim de mim e ficara ao lado de Angela (Ou Umbridge, como gosto de chamá-la) mesmo depois de tudo. Era um dia comum (se é que haviam dias comuns no Céu, afinal, era o Céu.) e eu e Mike estávamos no corredor pegando nossas coisas quando uma coisa muito estranha aconteceu.
Eu senti um cheiro que não sentia há muito tempo. Que não sentia desde o inverno, quando eu e meu pai fomos até as florestas em Lousiana. Cheiro de... Chuva.
Mas como? Era verão, e verão no Céu não chovia. Aliás acho que nunca choveu.
Mike me olhou de sobrancelhas franzidas, com uma expressão de estranhamento igual à minha, provavelmente reconhecendo o cheiro refrescante de água prestes a cair.
A primira gota caiu em mim. Um trovão verberou, alto e ameaçador, fazendo com que os alunos anjos gritassem, assustados.
As gotas vieram cada vez em maior quantidade e os alunos ficaram aterrorizados com a água, entrando em pânico. Segurei o riso. Eles nunca haviam visto a chuva. Um raio atingiu certeiro em um armário e um aluno gritou que o apocalipse havia chegdo.
A garoa tornou-se dilúvio, encharcando a tudo e a todos, fazendo a água escorrer pelo chão perfeitamente nivelado da escola.
-Vamos todos morrer! - Gritou Angela com o cabelo completamente encharcado e as asas pesadas, correndo de um lado para o outro com seus saltos cor-de-rosa encharcados.-Voem!
Ela tentou inutilmente, já que suas asas estavam muito pesadas e ela se esborrachou no chão molhado, gritando alto, com aquela voz irritante dela.
Olhei para Mike tentando conter o riso. Ele estava tentando contê-lo também, mas não consegui mas segurar e caí na gargalhada.
Mike me pegou nos braços e me girou no ar me fazendo rir mais ainda,ntodos olhavam para nós como se fôssemos loucos, como se tivéssemos alguma sequela mental que não nos permitia encheram o perigo da chuva demoníaca!
Eu e Mike brincamos de nos molhar e percebi que os Perdoados também riam e se divertiam no corredor agora vazio, rindo sem parar.
De repende eu escorreguei para trás por causa do chão molhado e me pegou em seus braços, tipo naquele filmes água-com-açúcar que a Hillary adora e que me dão sono.
-Me desculpe eu sou muito atrapalhada.-Eu digo, envergonhada.
-Não tem problema.-Ele sussurrou, com um sorriso de canto.
Ele fitava meus lábios e percebi quais eram suas intenções, com um sorriso interno é um tremor na barriga.
Não esperei nada e acabei com todo o espaço que havia entre nós, sentindo um fervor por todo meu corpo, com a adrenalina correndo pelas minhas veias incansavelmente, me fazendo não pensar nem por um segundo no que estava fazendo.
Quando nos separamos, eu olhei em seus olhos sem acreditar no que havia acabado de acontecer.
Um teto de vidro fechou a escola e fez com que a chuva parasse gradativamente, apesar de tudo já estar totalmente molhado.
Mike me ergueu levemente e nós fomos andando pelo corredor encharcado.
-Você é ótima, uma dançarina nata.- Disse Mike me reverenciando. Estávamos na porta da escola que era um pouco mais alta que o resto da cidade e tendo-se que voar para chegar até a rua.
Mike estendeu as asas. As nossas apesar de tudo estavam secas, graças à parte demônio de nosso sangue. Nós nos mantemos em silêncio até Mike pigarrear.
-Emma eu... Tenho um presente para você.- Ele diz, pegando uma caixa de veludo e a abrindo.-Foi da minha mãe.- Era um colar de prata com uma grande pedra vermelha. Seu brilho bruxuleava de maneira impressionante, fazendo me apaixonar por ele quase que instantaneamente.
-Mike... Eu nem sei como...-Eu comecei a falar, sem jeito, antes que ele pusesse um dedo sobre meus lábios.
-Shhh, eu não aceito não como resposta.-Ele me olhou, sério.
Okay, meu pior medo se tornou realidade e eu estou presa em uma versão sem músicas do High School Musical. Penso, rindo internamente.
Eu abri a boca para contestar e a fechei novamente, suspirando e colocando o cabelo de lado para que ele pusesse prendê-lo.
Quando ele pôs o colar, pude sentir a frieza do metal, enquanto ele me dava vários beijos no pescoço, justamente onde se encontrava o fecho, me dando agonia.
-Você...Fica muito mais bonita que ela.- Diz ele com a voz embargada, suspirando.
Eu me virei e o abracei. Ele havia me contado a história de sua mãe, ela havia morrido por causa de um maldito demônio durante uma das batalhas final da Guerra Celestial.
Eu o beijei lentamente, colocando meus braços apoiados em seus ombros, dando um sorriso triste pra ele, mesmo ainda chocada de que tudo aquilo realmente estivesse acontecendo.
Eu me separo dele e abro minhas asas.
-Quem chegar por último terá que beijar Angela!-Grito, rindo.
-Mas mesmo se um de nós a beijar, o outro a estará beijando por tabela!-Ele gritou, rindo, enquanto eu já alçava voo, voando na chuva.
-Então não vai se importar se eu ganhar né?-Olho pra ele, ainda rindo, antes de acelerar.
-Até parece que vou perder pra você!-Ele gritou, voando atrás de mim.
Era hora de voltar pra casa e tentar dormir, mesmo com Sixteen na cabeça.

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