[NOTAS INICIAIS: OI, PESSOAL!!!Lembram que eu comentei que em outubro estaria 100% ocupada, porque estaria participando de um processo seletivo? Então, de fato... Ainda estou passando por isso, mas já se passaram as duas etapas mais difíceis (faltam mais duas!), e nesse intervalo eu não me aguentei e tirei esse fim de semana para atualizar a fanfic. Fiquei tão empolgada com o retorno de vocês que fiz esse esforcinho. ESSE É O MAIOR CAPÍTULO DE DIKÉ ATÉ AGORA!!! Tá imenso, eu espero que vocês relevem os errinhos. O título do capítulo e o trecho inicial é uma música da Billie Eilish. Recomendo muito, associei a SasuNaru na primeira vez que ouvi, e particularmente essa passagem que está no capítulo tem muito a ver com a trajetória dos nossos meninos aqui. ENFIM, BOA LEITURA! PS: Por favor, leiam as notas finais, são muito importantes!!!]
I've been watching you
For some time
Can't stop staring
At those oceans eyes
[...]
I'm scared
I've never fallen from quite this high
Falling into your ocean eyes
Those ocean eyes
– Eu estraguei tudo. – Naruto sentenciou, ao fim, num tom muito diferente do que havia usado até então, enquanto narrava todos os acontecimentos do outro dia. As palavras rápidas, e, por vezes, confusas, se embaralhavam enquanto ele contava desordenadamente tudo que se sucedera ontem, na última vez em que tinha encontrado Sasuke. Suas mãos gesticulavam depressa enquanto ele se expressava e se perdia na sua linha de raciocínio e até na própria sequência cronológica dos eventos, o que resultava num amontoado de informações dispersas. Algo a se estranhar, uma vez que Naruto era excelente em sua oratória, quem já o assistiu nos tribunais não teria coragem de negar tal fato, mas naquele momento era como se fosse uma criança balbuciando, tentando encontrar as palavras corretas para se fazer compreensível no que estava tentando passar. Quando encerrou o relato e admitiu – mais para si mesmo do que para quem estava o ouvindo – que ele era o maior responsável por toda aquela confusão, o Uzumaki baixou o tom e as palavras se arrastaram por seus lábios sem pressa, como se ele precisasse daquele momento de martírio para assumir a culpa pra si.
A adrenalina é um hormônio vital para o ser humano, o prepara em situações limites e o auxilia em contextos de riscos, acelerando os batimentos cardíacos e modificando toda a logística do organismo, para que o corpo fique ápto a reagir, fugir ou atacar, fazendo com que os reflexos involuntários de sobrevivência falem mais alto. Não há dúvidas que altas doses de adrenalina corriam pela corrente sanguínea de Naruto no dia em que ele encontrara Sasuke, fazendo com que ele agisse muito menos pelo racional e mais pelo instintivo. Mas a partir do momento que ele se retirou da sala do Uchiha e o tempo fez com que paulatinamente a substância entrasse nos níveis normais e seu corpo voltasse a funcionar como usualmente, sem o excesso de adrenalida, a razão lhe aprisionou sem piedade, mostrando o peso de suas ações, como águas claras e límpidas correndo por um curso d'água.
Sakura escutava Naruto com integral atenção, direcionando os olhos verdes à imagem atordoada do outro a sua frente e observando o nervosismo se mostrando presente até nos mínimos gestos, como nas mordidas intercaladas nos lábios e nas mãos que não paravam quietas. Tinha recebido o convite, ou, mais adequadamente, a intimação do amigo para encontrá-lo ainda ontem, a noite, mas mesmo que Naruto tivesse deixado claro que o assunto era urgente, ela não poderia se ausentar de uma reunião já previamente marcada. Assim, conseguiu reorganizar sua agenda para hoje, e lá estavam eles, sentados numa cafeteria que já era familiar para ambos. As paredes de vidro do estabelecimento permitiam que o fluxo externo fosse observado, diversos transeuntes andavam apressados pela rua movimentada no centro da cidade, banhados pelos últimos raios de sol do crepúsculo em trâmite. O pôr-do-sol nunca decepcionava em seu esplendor, mas mesmo que a imagem fosse bela de ser observada e a calmaria e o aroma do ambiente contribuíssem para o momento de contemplação, nenhum dos dois estava com tal sensibilidade no momento.
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Diké
RomanceEntre os gregos antigos, recorriam ao culto da deusa Diké aqueles que clamavam pela Justiça, sabendo que a divindade impiedosa não pouparia os corações nefastos e traiçoeiros. A musa tornou-se então o símbolo mor daqueles que em seu ofício lutam pel...