OI PESSOAL!!! Último dia do ano e último post do ano!! Espero que tenham uma boa leitura e desculpem os erros. São duas da manhã, não consegui revisar direito haha Leiam as notas finais, por favor!
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A universidade na qual Naruto trabalhava como docente tinha proporções grandes o suficiente para ser completamente inviável cruzá-la de uma extremidade a outra a pé, motivo pelo qual ônibus circulavam durante o dia inteiro realizando os diversos trajetos possíveis para locomover os alunos de um lugar para o outro. Cada curso tinha seu bloco específico, o que dava certa liberdade para que os alunos e os professores se organizassem do seu próprio jeito. Caminhar pelo departamento de Artes e Ciências Humanas, por exemplo, era um verdadeiro deleite aos olhos, pois quase toda parede havia sido tela para algum artista, que deixou impresso suas cores e seus sentimentos em trabalhos belíssimos – por isso que Naruto sempre gostava de, vez ou outra, visitar Sakura em seu departamento de Letras. O curso de Direito, por mais que a área pudesse ser entendida como uma ciência humana, por ter como objeto de estudo o ser social e seu ordenamento jurídico, estava incluso no bloco das Engenharias e suas diversas especificidades. Naruto lamentava o fato, pois seu ambiente de trabalho acabava sendo demasiadamente sóbrio e circunspecto, sem as tantas cores e alegria do bloco onde Sakura trabalhava. Todavia, por mais que ele se lastimasse, não chegava a se surpreender, afinal, esse pequeno detalhe da localização do curso de Direito refletia exatamente a essência da maioria esmagadora dos que o administravam. Por mais que amasse sua profissão, Naruto sabia que tralhava num ambiente hostil, que precisava forjar sua superioridade e não misturar-se a quem os superiores julgavam como "frívolos".
Mas por mais que os prédios que compunham o seu bloco não fossem agradáveis como os outros, existiam algumas partes externas com belos jardins, os quais Naruto ficava feliz de contemplar suas belezas. Naquele dia em especial, o céu estava colorido com um forte azul, sem que nenhuma nuvem atrapalhasse sua imensidão, e, ao mesmo tempo em que o dia estava tão claro e o céu tão limpo, um vento gélido e fresco tocava seu rosto e balançava seus curtos fios de cabelo loiro, deixando seus lábios moldados num singelo sorriso, enquanto ele caminhava sem pressa até o prédio onde ficavam as salas de aula. Particularmente, essa combinação do tempo era uma das suas preferidas, mas Naruto suspeitava que ainda portaria o mesmo sorriso espontâneo mesmo que estivesse debaixo de uma chuva torrencial. É que tudo parecia tão... bom.
"Bom". Gostava de se apegar a este adjetivo para definir a situação, até porque acreditava que não haveriam tantas outras possibilidades para usar, e, na verdade, ele tinha certo receio de pensar demais sobre para buscar outra definição. Tudo estava bom, era como se sentia. Faziam três semanas desde que procurou Sasuke em seu apartamento, em plena madrugada, e tudo aconteceu. Depois disso, ficaram alguns poucos dias sem ter nenhum tipo de contato, e a cabeça do loiro quase explodiu enquanto elaborava todos os cenários possíveis, imaginando se Sasuke teve apenas um lapso naquela noite e retomou a lucidez e, logo, agora o detestava; ou se o Uchiha achava ele um oferecido imprudente e não queria mais trabalhar consigo; ou as tantas outra suposições que Naruto havia pensado e que caíram por terra quando eles se encontraram dois dias depois na universidade e Sasuke o chamou para jantar, mesmo que de um modo um pouco estranho... quase sem jeito.
A partir de então, tudo aconteceu de forma tão espontânea que talvez por isso seja difícil para o Uzumaki acompanhar e agrupar os fatos para tentar construir uma definição para eles. O vínculo profissional entre eles teve algumas melhoras, conversar de cabeça fria já havia sido um grande passo, consultar um ao outro antes de tomar as decisões em conjunto foi um ainda maior. Nem tudo estava exatamente perfeito, obviamente, Sasuke ainda tinha certa dificuldade de comunicar-se, haja vista que sempre havia trabalhado só e que ele, em sua essência, não era a pessoa mais comunicativa do mundo; e Naruto ainda se atrapalhava em suas obrigações e mantinha a cabeça dura e esquentada. Todavia, retomaram o projeto de adaptar-se um ao outro, e os efeitos disso foram evidentes, tanto para os alunos, como para Konohamaru, que os acompanhava mais de perto.
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Diké
RomanceEntre os gregos antigos, recorriam ao culto da deusa Diké aqueles que clamavam pela Justiça, sabendo que a divindade impiedosa não pouparia os corações nefastos e traiçoeiros. A musa tornou-se então o símbolo mor daqueles que em seu ofício lutam pel...