Helena On
Confesso que estou receosa por não ter contado a verdade para os meus colegas de trabalho, estamos trabalhando duro nesse caso, e não poderia passar batido. O que eu faço agora?
Peguei meu telefone e disquei o número de Will, ele é a pessoa mais próxima de mim no departamento, e eu estava disposta a contar a verdade.
{Ligando para Will.}
-- Alô, Helena, aconteceu algo? -Ele disse preocupado, já que eu não costumava ligar para ele.-
-- Não aconteceu nada, Will. Só estou precisando desabafar. -Falei em um tom mais baixo.-
-- Helena, pode contar comigo. Eu sei que você anda meio estranha mas, não queria parecer um intruso. Se quiser pode falar, eu estou aqui para te escutar -Ele disse calmo e preocupado-
-- Se quiser, eu vou aí -Ele continuou falando.--- Will... Esquece, é coisa da minha cabeça. Desculpa incomodar. -Falei com medo de contar a verdade para ele.-
Por que eu não conseguia dizer a ele? Isso estava me matando por dentro. Zulema vem a minha mente novamente e posso sentir o gosto de seus lábios, gostaria de beijá-lo outra vez.
-- Você tem certeza? -Ele perguntou preocupado.-
-- Sim. Era coisa de família, mas não preciso te envolver nisso, desculpa por incomodar -Falei, e mais uma vez me senti mal por ter mentido e não contado a verdade.-
-- Tudo bem, fique bem, Helena. Espero que tudo se resolva. E se precisar de um ombro amigo, eu estou aqui, certo? Boa noite. -Ele disse, sempre carinhoso e preocupado comigo.-
-- Tudo bem, Will, boa noite e até amanhã. -Falei e logo em seguida desliguei o celular-
Droga!! Eu tive a chance de contar tudo a ele, mas não consegui. Seria medo? Eu não sei, eu não sei o que estou sentindo, não consigo agir. Isso tá me deixando louca, ela tá me deixando louca, maldito elfo do inferno!
Coloquei uma jaqueta preta, e decido ir para uma boate aqui perto, eu estava disposta a encher a cara. Eu precisava disso!! Precisava sentir o sabor do álcool na minha boca, pelo menos para esquecer tudo aquilo. Não sei até quando iria aguentar.
Eu precisava mesmo dessa noite, precisava beber e tentar esquecer isso.. Pelo menos tentar.
[...]
Chegando lá, fui até o balcão e pedi para o atendente um copo de Whisky, o mesmo me olhou e logo trouxe. Virei o copo de uma só vez, o que fez ele me olhar surpreso.
-- Mais um copo, por favor. -Falei e logo ele trouxe.-
Fiquei ali tomando várias doses, eu precisava disso mais do qualquer coisa, ou não.
Eu perdi as contas de quantos copos tomei, decidi ir a pista de dança, a bebida ainda não tinha dado efeito, então resolvi dançar, dancei sentindo a música.
Dançava, pulava, gritava e chamava atenção de muita gente.
Chamei uma moça que estava me encarando para dançar, a mesma abriu um sorriso, como se já esperasse esse momento.
Dançamos, sentindo a música, ela pegou na minha bunda e me puxou mais pra perto dela, abri um sorriso ao ver essa atitude. Wow que ousada!!
-- Nossa, você dança muito bem -Falei olhando pra sua boca-
-- Você mexeu comigo, e resolvi te impressionar. -Ela falou em meus ouvidos-
Em questão de segundos, aproximei a minha boca com a dela, e logo ela deu passagem para a minha língua adentrar em sua boca, as nossas línguas lutavam uma com a outra, um beijo rápido, parecia que ambas estavam esperando esse momento.
E de repente me veio a lembrança do nosso beijo, meu beijo com a Zulema. Eu já falei que os lábios dela me deixa louca? O beijo dela me fez arrepios.
Droga!! Nem aqui em uma balada cheia de pessoas eu deixo de pensar nela. Droga, droga Helena!
Olhei para a mulher que segundos atrás eu estava devorando, e vi o rosto da Zulema. Pisquei várias vezes tentando afastar essa visão.
Talvez eu tivesse ultrapassado o limite da bebida naquela noite mas, não me importava mais. Precisava sair dali.
-- Desculpa, eu preciso ir. -Soltei a mão da mulher que agora me olhava sem entender o que estava acontecendo.-
Ao sair da boate fui em direção ao meu prédio, como eu disse não era tão longe. Por sorte consegui chegar inteira.
Entrei no elevador, agradeci mentalmente por não ter ninguém ali.. O meu estado estava deplorável.
Entrei no meu apartamento e peguei meu celular, disquei o número da Zulema, deu o primeiro toque, segundo toque, até que no terceiro ela atendeu.
Logo comecei a falar, minha voz estava de uma louca bêbada.. Bom, não era mentira.
-- Por que você tá fazendo isso comigo Zulema? Eu não queria me apaixonar por você, mas aconteceu. O que eu faço agora? -Falei com a voz embargada, com certeza a bebida tinha dado efeito -
-- Helena? -Zulema falou do outro lado da linha.-
***
Putz.. Que capítulo, em?
E ai, o que estão achando? Quero agradecer por estarem acompanhando! Estou muito feliz. ❤
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You always had me. (COMPLETA)
FanfictionDurante todos os anos que Zulema e Macarena assaltavam bancos e lojas, uma inspetora misteriosa começou a investigar a fundo, ela sabia basicamente todos os passos das meninas mas, algo a impedia de entrar em ação. Seria o fato dela estar apaixonada...